CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Aos 20 anos, Pedro Malta volta ao cinema e quer mostrar que cresceu

O ator, que ficou famoso aos oito anos como o filho de Fábio Assunção em Coração de Estudante, diz que o público o vê 'quase como um filho'

Kellen Rodrigues Publicado em 05/06/2014, às 15h19 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Pedro Malta com Adriana Esteves e Fábio Assunção em Coração de Estudante e hoje em dia, aos 20 anos - TV Globo e Arquivo Pessoal
Pedro Malta com Adriana Esteves e Fábio Assunção em Coração de Estudante e hoje em dia, aos 20 anos - TV Globo e Arquivo Pessoal

Pedro Malta era apenas um garotinho de oito anos quando encantou o Brasil como Lipe, filho do personagem de Fábio Assunção em Coração de Estudante. Querido pelo público, ele engatou as novelas Kubanacan e Começar de Novo, na Globo, e atuou em várias produções como Os Mutantes e Vidas em Jogo, na Record. Desde 2011, está longe das telas. Mas não por muito tempo. Aos 20 anos, Pedro se prepara para voltar ao cinema – ele está escalado para um filme que será rodado no segundo semestre – e dedica seu tempo à literatura.

Em bate-papo com CARAS Digital, o ator fala sobre a infância, a saudade das novelas e conta que tenta, aos poucos, se desvincular da imagem de ‘ator mirim’. Morando em Recife, sua cidade natal, ele planeja lançar seu primeiro romance. Veja o bate-papo:

- No que você está trabalhando atualmente?

Estou me dedicando às letras. Sempre consumi assiduamente literatura em forma de crônicas e romances, além de escrever meus próprios textos. Decidi levar o que antes era um hobby, à sério. Pretendo continuar a manutenção e desenvolvimento do meu blog de escritos cicutacowboy.blogspot.com e lançar o meu primeiro romance. Também estou escalado para um filme a ser rodado no segundo semestre.

- Sente falta de fazer novelas?

Lógico. Todo profissional sente prazer em desenvolver o ofício que lhe faz feliz. Mas não apenas pelo vínculo empregatício, mas também por, se tratando de algo intenso como arte, uma extensão do seu próprio ser.

- Apesar de você ter continuado na TV, tenho a sensação de que só quando você fez 20 anos as pessoas perceberam que você cresceu. Você sente isso?

Eu acho que meu público, em sua maioria constituído por adultos, muitas vezes se coloca em uma posição paternal. As pessoas testemunharam o meu crescimento nas telinhas, e fica difícil desassociar de uma imagem juvenil, quase um filho. Mas não é algo que me faz mal, é uma honra habitar a memória afetiva daqueles que me acompanharam. E que ao despertar desses 20 anos, mais maduro, surjam novas oportunidades de surpreender esse público.

- Você ficou famoso muito jovem... Como foi sua infância e adolescência?

Posso dizer que desfrutei de situações e oportunidades incríveis para um jovem por ser ator desde muito cedo. Em viagens ou mesmo no cotidiano profissional, vivenciei experiências muito prazerosas e pude aprender o valor da responsabilidade em um ambiente profissional.

- Incomoda ser associado ao título ‘ex ator-mirim’?

Sei que é uma atitude muito drástica romper com todos os vínculos emocionais construídos ao longo dos anos com aqueles que me viram crescer nas telinhas, mas como em qualquer jornada de construção de identidade e afirmação é preciso extinguir alguns rótulos, e o grande "limbo" na vida do jovem ator, é a figura construída previamente do "mirim", que lhe persegue até a vida adulta. Mas creio que estou conseguindo me esquivar desse rótulo aos poucos.

- Por que será que depois de vários anos o público continua lembrando do personagem em Coração de Estudante? Aliás, você tem contato com o Fábio Assunção hoje em dia?

Talvez porque ele representasse a essência de uma infância que hoje é rara de se encontrar por aí, a do garoto que foi morar em uma cidade de interior e se aventurava, brincava na rua e de fato vivia com toda a felicidade que a juventude permite. A história mostrava todos as situações na vida de um jovem rapaz com muita propriedade. E sim, mesmo que não seja frequente o contato em decorrência da vida corrida de ambos, nós temos um ao outro adicionados em nossos perfis pelas redes sociais.

- Quais são seus sonhos profissionais?

Me dedicar integralmente ao cinema e à escrita, minhas duas grandes paixões.

- Mudando de assunto, você se acha bonito? Tem algum cuidado de beleza e saúde?

Me acho dentro dos padrões normais de um rapaz de 20 anos, mas se a gente não se valorizar também, quem vai ? (risos). Tenho uma rotina de exercícios, embora não frequente a academia. Adoro correr, me ajuda a pensar e manter minha vida no ritmo, além de andar de skate, entre outras atividades.

- E quando você sai, você é do tipo que paquera ou é que é paquerado?

Eu costumo ser até meio tímido em público, mas acho que acontece dos dois lados, embora goste bastante de conversar com quem me interessa. Leva alguns minutos até me sentir à vontade, mas quando acontece também não paro de falar. (risos)

- Você está solteiro?

Próxima pergunta? (risos)

- Se você pudesse dar um conselho às crianças que estão começando na vida artística, qual seria?

Perseverança e foco. Que eu continuo ainda sempre tentando desenvolver em mim mesmo, inclusive. E nunca desista da arte. Assim como se referem a música, "o alimento da alma", a arte como um todo, é um alimento. E como todos os alimentos, aliás, de sobrevivência para aqueles que a amam.