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TV / Revelações

O passo a passo da luta de Demi contra as drogas:''Perdi o controle a primeira vez que usei cocaína"

Cantora abriu o coração sobre as dificuldades que enfrentou na vida

CARAS Digital Publicado em 25/07/2018, às 16h10 - Atualizado em 26/07/2018, às 10h50

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Demi Lovato - Getty Images
Demi Lovato - Getty Images

Desde muito nova, Demi Lovato está sob os holofotes. Começou a trabalhar na TV aos 9 anos e ficou mundialmente famosa aos 15, quando estreou Camp Rock. Com histórico de depressão e distúrbios psicológicos na família, a pressão e tentações da fama acabaram sendo demais, e a garota viveu uma adolescência e vida adulta cheia de drogas e episódios de depressão. 

Em 2017, lançou o seu documentário Simply Complicated, no qual falou sobre suas experiências de vida dentro do contexto do show business e todas as dificuldades que enfrentou: vício, violência e superação. 

Nesta terça-feira, 24, porém, a garota foi internada por overdose.

Relembre alguns dos principais pontos do documentário:

1- Drogas

A cantora admitiu que começou a usar drogas desde muito cedo. "A primeira vez que cheirei cocaína eu tinha 17 anos. Estava com alguns amigos e eles me introduziram. Eu estava com medo porque minha mãe sempre disse que seu coração pode disparar. Mas eu cheirei de qualquer jeito e amei. Me senti fora de controle na primeira vez que cheirei cocaína."

Ela ainda falou que começou a andar com pessoas que se drogavam para se enturmar, e experimentou os narcóticos com uma antiga amiga. "Éramos adolescentes e todo mundo fazia isso. Mas não sabíamos que seria tão difícil parar", admitiu a colega.  

Ela ainda disse que seu pai, com quem sempre teve uma relação complicada, era viciado em drogas e alcoólatra. "Acho que sempre procurei [nas drogas] o que ele encontrou lá. O satisfazia, e ele escolheu isso em vez da família", confidenciou.

2- Problemas em família

Com seu pai sempre drogado, ocorreu o afastamento da família. A mãe da cantora admitiu que ela se sentia muito triste com isso. O pai mentia constantemente, dizendo que tinha câncer ou que ia morrer em breve, mesmo não sendo verdade.

Depois de um tempo, ele começou a ficar violento. Gritava e quebrava móveis. Isso fortaleceu o relacionamento de Demi com a mãe, as irmãs e o padrasto. Em um vídeo feito em casa quando criança, a cantora chegou a comentar "Ele [o padrasto] é um pai legal. Não é como meu outro pai"

3- Pressão e violência

Depois de Camp Rock, a garota entrou nos holofotes do mundo inteiro. "Me senti pressionada a me vestir de certo jeito e cantar algo que as outras pessoas iam gostar, e não o que eu gostaria. Era mais pressão para ter sucesso", disse ela. 

De repente, Demi precisava ser um modelo a ser seguido, mas não se sentia pronta para isso. E foi quando todos em volta começaram a perceber que ela estava indo para um caminho estranho, com uma mudança drástica de comportamento. Seus pais e empresários davam a desculpa de que "ela é apenas uma adolescente, está sendo dramática, mas é só uma fase". Cada dia mais ela começou a se rebelar e ter crises de raiva. Tornou-se manipuladora e solitária. Em fotos da época, é possível ver marcas de automutilação e transtornos alimentares.

Em tour com os Jonas Brothers em 2010, Demi e Joe Jonas tinham terminado o namoro recentemente, e Nick mediava a situação, mas a notava sempre agitada. Até que um dia a cantora perdeu o controle e se alcoolizou, fumou maconha e usou drogas psicoativas. Uma de suas amigas ficou preocupada e contou para os pais dos Jonas, e Demi fez com que ele dissesse quem foi por meio de manipulação.

Então, ao descobrir que havia sido uma de suas melhores amigas, foi até a menina e deu-lhe socos. Isso foi o empurrão para mandá-la para a reabilitação e conseguir ajuda psicológica.

4- Depressão e transtorno bipolar

"Fiquei deprimida quando era muito, muito nova. Era fascinada com a morte e ficava pensando no meu enterro. Eu não sabia o porquê de ter pensamentos tão sombrios, e demorou para entender o que realmente estava acontecendo", relembra ela. 

Muitos anos depois, quando a garota tinha 18 anos, ela foi diagnosticada com transtorno bipolar. "Aí tudo fez sentido. Quando era mais nova não sabia por que eu virava a noite escrevendo e tocando. Aí aprendi que isso era mania", comenta. Pessoas bipolares alternam entre períodos depressivos e de mania, em que ficam animados e produtivos. "Eu sabia que aquilo não era mais culpa minha. Alguma coisa realmente estava errada", comentou. 

5- Batalha eterna

Depois de socar uma colega e ser internada, a atriz começou a se tratar. Passado um ano de internação e em recesso, a garota foi morar em um "apartamento de sobriedade". São pessoas lutando contra vícios morando juntas e recebendo assistência. "Ela fazia tarefas, não tinha celular e estava completamente submissa ao processo de recuperação", disse seu orientador de sobriedade. 

Durante alguns anos, tudo pareceu estar bem. Desde 2012, a garota não usava mais álcool ou drogas. Mas, em junho de 2018, a garota lançou uma música como apelo. Sober tem trechos como "Mamãe, sinto muito, não estou mais sóbria / E, papai, me perdoe pelas bebidas derrubadas no chão / E peço desculpas para os fãs que me veem cair de novo / Eu queria ser um exemplo, mas sou apenas humana".

E, nesta terça-feira, 24, um mês após o lançamento da música, Demi Lovato sofreu uma overdose de heroína e segue internada.