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TV / Entrevista

Aos 70 anos, Marília Gabriela reflete: ''Virei um animal solitário''

Jornalista abriu o coração durante o 'Conversa com Bial' e fez uma análise de sua carreira e vida pessoal

CARAS Digital Publicado em 04/09/2018, às 09h21 - Atualizado às 10h37

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Marilia Gabriela - Globo/Ramón Vasconcelos
Marilia Gabriela - Globo/Ramón Vasconcelos

Marília Gabrielaserá a convidada doConversa com Bial desta sexta-feira, 7.

Reconhecida como uma grande entrevistadora, ela conta que decidiu encerrar seu programa quando o amigo, José Wilker, faleceu em 2014. “Depois da morte do Wilker, conversei com o meu psicanalista na época, Contardo Calligaris, e disse a ele: ‘Se eu morrer em um fim de semana, em casa, só vão me descobrir na segunda-feira à tarde (por estar sempre sozinha). A não ser quando faço teatro’. E ele falou ‘ótimo, vão te descobrir na própria sexta!’”, lembra Gabi. 

Assim como a vida profissional, a vida pessoal da jornalista e atriz também foi mudando ao longo do tempo. “Quando me casei, sabia que aquilo não era bom pra mim. Casei porque eu gostava demais, queria estar junto em tempo integral”, analisa. “Mas eu virei um animal solitário mesmo. Leio, vejo série, fico em silêncio. Meu celular não toca mais. Fui afunilando as minhas amizades frequentes, os encontros, fui ficando sozinha e descobri que o trabalho era a minha vida social. Voltar para casa era minha hora de ficar sozinha”, confessa. 

A atriz tem dois filhos, Theodoro e Christiano, frutos de seu antigo casamento com Zeca Cochrane. Ela também é avó de Valentina, filha de Christiano com a atriz Dani Valente.

Aos 70 anos, ela atualmente interpreta uma figura ousada na peça Casa de Bonecas – Parte 2 e se compara com sua personagem, Nora Helmer, uma mulher que decide romper com o papel de esposa submissa e vai embora de casa, deixando para trás o marido e os filhos. “Me identifico muito com ela, com os sonhos, os discursos, nas ideias, nas vontades. Sou de família com papéis bastante estabelecidos e fui invadindo espaços sem me aperceber disso. Eu nunca parei pra pensar se estava bem, se estava aceita, se estava adequada. Fui metendo o pé na porta”, afirma ela.