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Marcos Palmeira repensa a carreira: "Passei um período mais reflexivo"

Na Ilha de Caras, o ator de 'Babilônia' revela como vem arejando a vida de forma orgânica

CARAS Publicado em 07/04/2015, às 12h11 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Relaxado, ele enfatiza  a sua ligação com a natureza. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO
Relaxado, ele enfatiza a sua ligação com a natureza. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO

Na Ilha de CARAS, Marcos Palmeira(51) lembra-se com carinho de um conselho do avô Sinval Palmeira (1913–1993): não assuma compromissos com a eternidade. Foi por isso que ele recebeu com alegria o convite para viver um personagem bem diferente dos tipos que marcaram sua carreira, o político e ser humano inescrupuloso que vem trazendo humor à trama de Babilônia. Mas as sábias palavras arejam outros campos também.

Cada vez mais, o ator vem se dedicando à fazenda em Teresópolis, na serra fluminense, e ao armazém no bairro carioca do Leblon, onde, respectivamente, produz e vende alimentos orgânicos como frutas, hortaliças, legumes, queijos e iogurtes. “É uma atividade que me estimula muito”, assume, feliz por contar no tema com a total cumplicidade da filha, Júlia (7), da relação com Amora Mautner (39).

Marcos, que desde o início do ano assumiu romance com a diretora Gabriela Gastal (41), sócia da Samba Filmes, fala a Marcos, que estrelou o filme A Noite da Virada, vai rodar após a novela o documentário ambiental Manual de Sobrevivência do Século XXI. seguir sobre as transformações que vem experimentando e que o deixam aberto à vida, como tanto queria seu avô.

Você cada vez mais busca atuar nas questões ambientais?
Não é que eu me dirija para isso, trabalho bastante em outras coisas, mas minha tendência em lidar com o tema é muito forte. Abro mão de muita coisa para tocar a fazenda e o armazém, mas não me arrependo, não. Até porque há um entrosamento com a Júlia. Ela tem esse pai com espírito ambiental e curte isso. Brincamos e conversamos sobre o assunto.

Como é a alimentação dela?
Ela consome em casa o que a gente come. Não tenho restrições, só não bebo refrigerante, porque é 100% químico. Dou exemplo. Isso, então, já faz com que naturalmente ela tenha outro paladar. Não é de comer muito doces, balas, essas bobagens...

Você é otimista em relação à questão ambiental?
Enquanto tiver energia para fazer alguma coisa, serei otimista. Creio que o mundo caminha para dar essa virada. Orgânico não é só opção filosófica, mas de viabilidade econômica. Não temos como ficar brigando com a natureza o tempo inteiro, inventando o veneno do veneno do veneno, e o corpo humano sofrendo com isso, com o câncer...

É verdade que você já pensou em abandonar a carreira de ator?
Posso até ter feito um comentário brincando que iria largar tudo, morar no mato, ter uma casinha e um violão. Mas não é real. Adoro o que faço. Passei um período mais reflexivo sobre o direcionamento da carreira. Mas voltei com mais ânimo, recuperei o gás.

O que mudou?
Estou bem mais maduro, seguro e com domínio do trabalho. O tempo ajuda também. Gosto muito de ser ator.

É verdade que poderia se candidatar a prefeito do Rio?
Estamos carentes de líderes. Mas não sou esse cara. Não tenho temperamento, perfil político. Posso estar em um grupo, participar. Sou guerreiro. Prefiro fazer o movimento de apoiar a Rede, partido que a Marina Silva organiza. Acredito na formação desse novo cidadão que ela propõe.

E como é a troca com Júlia?
Filho é mudança de paradigma. A vida fica muito melhor, fortalece conceitos, ideais, a gente.

Deseja outros filhos?
Sim. Não sou fechado a nada. Nem um pouco. Lembro o meu avô: viver é estar sempre aberto. É o que traz juventude. Esse é o espírito. Pode ser que com 60 anos vire um velho careta, mas estar aberto é o que me mobiliza hoje.