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Após novela, Lucy Alves retorna feliz para casa

Depois da estreia em Velho Chico, ela visita paraísos na Paraíba

por Marcos Salles Publicado em 14/11/2016, às 07h43 - Atualizado às 09h10

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Lucy segura um cabrito em Lajedo de Pai Mateus, formação rochosa na cidade de Cabaceiras, Paraíba - MARCOS SALLES
Lucy segura um cabrito em Lajedo de Pai Mateus, formação rochosa na cidade de Cabaceiras, Paraíba - MARCOS SALLES

Dona de uma beleza agreste e natural, a paraibana Lucy Alves (30) adora seu jeito mais “desencanado” de ser: acordar, tomar café, jogar o cabelo e ir para a rua. Figurino incrementado e maquiagem, ela deixa para os palcos, nos shows e, claro, na TV, onde, depois de ser finalista da segunda edição do The Voice, em 2013, estreou como atriz em Velho Chico, na Globo, sagrando-se revelação.

Apesar do talento reconhecido, na infância ela nem chegou a brincar de teatro. Recebeu o trabalho e mergulhou até sair da experiência com a autoconfiança renovada. Depois do último capítulo, voltou à sua cidade natal, João Pessoa, para visitar a família e os amigos, a convite de CARAS, do Governo da Paraíba, da MGM Operadora e da GOL. “Na reta final da novela, já estava louca de saudade e pedi para acharem uma brecha para a viagem. Precisava me reenergizar. Consegui três dias antes de nossa última gravação no sertão, pois não vinha desde o Réveillon”, explica, com sorriso no rosto logo que desceu no aeroporto da cidade. “Meu corpo respira e diz ‘estamos em casa’. Aqui fico tranquila e sei que tudo vai funcionar. Minha pele fica mais bonita, tem aquela comidinha de mainha que eu amo, meus amigos de infância, os músicos que tocam comigo há 1000 anos. Enfim, aqui em João Pessoa é só felicidade”, afirma.

O reencontro com os pais, Maria José (59) e José Hílton (62), e a irmã Lizete (26) também foi marcante. Lucy também visitou lugares que apresentaram a Paraíba para o mundo por meio de filmes como Auto da Compa decida e Romance, e novelas como a global Aquele Beijo: Lajedo de Pai Mateus e Saca de Lã, em Cabaceiras, mais conhecida como a Roliúde Nordestina, na região do Cariri. Ao fim das férias, a artista entra em estúdio para gravar seu segundo CD, a ser lançado em 2017. No dia 18 de novembro, vai ao Grammy Latino, onde concorre na categoria Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras, com o CD Lucy Alves & Clã Brasil no Forró do Seu Rosil, concorrendo com Elba Ramalho (65), Almir Sater (59) e Alceu Valença (70).

Como é voltar para casa?
É muito bom estar com eles, pessoas que estão sempre mentalizando, orando para que tudo saia bem. E tem os aromas que não esqueço. O cheiro do meu quarto é especial. O cheiro da cozinha, dos temperos de mainha, do rubacão, do arroz de leite, da carne de sol, do queijo de coalho, dos frutos do mar. Mainha me trata como bebê, me chama de Lucyanne, pois não se acostumou com apelido. Parece a galinha com os pintinhos, que cuida para sempre. Falta a minha irmã Larissa, que está em SP, fazendo residência em Oftalmologia. Por painho, todos seguiam na música, mas ela vai na medicina e toca nos tempos vagos.

Teve medo ao estrear como a Luzia nas novelas?
Tive muito medo. Não sabia se conseguiria construir essa personagem com a minha bagagem pessoal. Expliquei que não tinha experiência com teatro, que nunca tinha atuado nem lido texto algum. Nem no colégio. Foi desafiador e passei a me cobrar muito. Eu duvidei de mim. Até eu entender como tudo funcionava, foi um dia de cada vez mesmo. Cresci muito profissionalmente e pessoalmente. Aprendi e troquei com esses artistas. Mergulhei de cabeça e descobri essa porção atriz que tinha e nem sabia, mas que já exercitava com a música. Nunca esquecerei desta experiência.

Como cuida do corpo?
Ai, meu Deus! Toda mulher sofre um bocado com isso! E nesse processo da novela não tem horário. Sempre fui muito ativa. Mais nova, fiz atletismo, handebol, natação, futsal. E sinto falta de fazer pilates, que me ajudou muito na postura, pois tocar sanfona não é moleza. Essa branca aqui (mostra o instrumento) tem 11kg. Tenho uma de madeira que pesa 10kg e uma outra com quase 13kg. Então, me imagine de pé, tocando por uma hora, de salto, maravilhosa!

Está casada, solteira?...
Ai, meu Deus! Coloque aí: “Feliz”. Status feliz demais! (risos)

O que você guarda do Domingos Montagner?
Ele era muito querido por todos. E me chamou a atenção desde o início o fato de estar sempre preocupado com o coletivo. É o que levo para a minha vida. Ele não tinha pressa para a vida, as pessoas. Ele tinha tempo para passar o texto comigo, escutar o outro que chegava. E era o protagonista! Esse olhar para a vida, a sua família, seus espetáculos... Ele estava em outro tempo e, ainda assim, conseguia fazer tudo.