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Após 'Pega Pega', Julia Mendes faz sucesso com vídeos de humor

A atriz conquista fãs com vídeos bem-humorados sobre relacionamentos, vida fitness e perrengues do dia a dia no 'Juju Me Conta Tudo'

Kellen Rodrigues Publicado em 28/09/2017, às 12h20

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Julia Mendes - Ana Rovati / Divulgação
Julia Mendes - Ana Rovati / Divulgação

"Me conta tudo!". A frase é uma das que a atriz Julia Mendes se acostumou a ouvir em rodas de amigos. Comunicativa e extrovertida, ela sempre escutou que deveria investir na comédia. E foi o que fez! Há alguns meses criou uma série de vídeos para as redes sociais chamada Juju Me Conta Tudo e desde então vem conseguindo bons números: soma mais de um milhão de visualizações por semana.

"Comecei fazendo de uma forma totalmente despretenciosa e fui percebendo qual lugar as pessoas me colocam na vida deles: como alguém que trouxe alegria. Tem gente que me conta que ajudei a recuperar sua autostima, eu não tinha ideia disso. A internet tem isso de bom", comemora.

Formada em teatro, Julia tem as novelas Salve Jorge e Fina Estampa no currículo, além de participação recente em Pega Pega. "Foram dez capítulos, fazia parte da imprensa como uma repórter que cobria o roubo do Carioca Palace. Foi ótimo, tinha essa parte da comédia, do humor", festeja.

Em bate-papo com CARAS Digital, a carioca de 28 anos conta de onde vem sua inspiração para os vídeos, as curiosidades por trás do canal e os próximos passos.

Confira!

- Como surgiu o Juju Me Conta Tudo?
Sempre fui bem comunicativa, engraçada, no meu grupo de amigos todo mundo sempre falava isso. Desde os cinco anos faço teatro, sempre quis ser atriz, nunca tive uma segunda opção. Todo mundo sempre falava que eu tinha que fazer alguma coisa relacionada a comédia. Daí eu pensei: 'cara, vou criar um canal no Instagram, só depende de mim: eu filmo, edito, escrevo... e vou falar de tudo que eu gosto'. É um mundo muito louco, internet traz muitas coisas boas e muitas pra gente refletir, é uma avalanche de informações que a gente recebe. Eu não levanto bandeiras, eu simplesmente busco uma reflexão. Então criei duas personagens, uma mais centrada e a outra que seria nosso alterego, que fala tudo que a gente pensa e não tem coragem de dizer por pudores que a sociedade nos traz. 

- Com qual das duas você se parece mais?
A da voz fina não deixa de ser um alterego meu. Mas não sou eu, porque ela fala coisas absurdas. A outra é mais controlada, tem mais discernimento, acho que pareço mais com ela. Mas eu tenho mais simpatia pela doididnha por admirá-la. O humor é o que permeia todos os vídeos, é leve e você ri de si mesma, então consegue levar na brincadeira mesmo se for um assunto que tenha mais profundidade.

- Como surgem os temas?
Sou uma pessoa extremamente observadora, pessoas sempre me interessaram muito. Vejo muitas coisas e acho que tenho muita criatividade, muita coisa borbulha. Às vezes vou para o bar com as amigas e saio com oito mil ideias. O ser humano tem camadas infinitas. Relacionamento é um tema que dá muito pano pra manga. E tem as neuroses que o mundo virtual trouxe pra gente: o tempo de responder whatsapp, o tamanho do áudio...

- E tem as sátiras sobre 'vida fitness'...
Isso é desesperador (risos). Até onde essa coisa da boa forma não leva a gente à loucura? Eu amo fazer exercícios, tento ligar atividade física a bom humor e alto astral e não a um corpo perfeito. Mas hoje em dia tem muito culto a essas musas fitness na internet, ao que é vida real e vida no Instagram, isso traz desespero! Claro que o que faço é uma sátira, uma crítica a esse esteriótipo perfeito. Quando você vê alguém que fala que tem celulite dá uma paz no coração (risos). E tudo tem que caber em um minuto, é mega difícil. Às vezes fico seis horas por dia na frente do computador para escrever, editar. Trabalhar com inspiração é muito louco. Só que é trabalho, você não pode deixar de fazer. 

- Você diz que seu apelido é 'rivotril', como surgiu?
É muito por conta dos comentários nos vídeos. Minha mãe é socióloga, ela diz 'você virou um antidepressivo humano'. Achei a metáfora divertida, amei. 

- Que tipo de depoimentos você recebe? Teve algum que mexeu mais com você?
Comecei fazendo de uma forma totalmente despretenciosa e fui percebendo qual lugar as pessoas me colocam na vida deles: como alguém que trouxe alegria. Tem gente que me conta que ajudei a recuperar sua autostima, eu não tinha ideia disso. A internet tem isso de bom. Já teve quem me contou que terminou o casamento e meus vídeos a ajudaram a se reerguer. Teve uma menina que sofreu abuso e estava há seis meses em casa, mas a partir dos meus vídeos ela tinha decidido que ia fazer uma viagem, mudar de vida. Por aquela mensagem tudo que eu faço já valeu a pena. Chorei, escrevi um texto enorme para ela. Não tem coisa melhor do que ser motivo de alegria para as pessoas.

- Acontece de alguém do seu convívio ter 'medo' de virar personagem?
Tenho amigas que foram temas, elas pedem pra ficar anônimas. Tem muita gente que vou pescando, unindo varias histórias. As pessoas se identificam com facilidade extrema. Recebo mensagens de homens dizendo que começaram a entender o universo louco feminino, a complexidade que são as mulheres. E tem mulheres que falam que estou contando tudo que a gente faz escondido dos homens (risos).

- Quais são seus planos?
Desejo continuar com meu canal, acho que é só o começo. Mas sou atriz, tenho milhões de planos, quero fazer televisão. Tenho a vontade de entrevistar pessoas comuns, dar voz a pessoas esquecidas, algum projeto em relação a isso, um programa de humor. 

- Já é reconhecida nas ruas?
Está começando a acontecer, fico sem graça. É muito curioso porque como faço muitas stories e as pessoas acompanham, parece que são minhas amigas de infância. É uma delícia e é muito louco como o negócio realmente se espalha. E já aconteceu da pessoa ficar com vergonha de vir falar comigo e mandar direct depois.