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TV / Relato

Irmão de Luciano Huck compartilha desabafo após participar da parada LGBTQI+

Irmão do apresentador Luciano Huck falou sobre o preconceito que sofria no colégio

CARAS Digital Publicado em 10/06/2019, às 17h02 - Atualizado em 20/06/2019, às 21h41

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Fernando Grostein Andrade e Luciano Huck - Reprodução/Instagram
Fernando Grostein Andrade e Luciano Huck - Reprodução/Instagram

O irmão de Luciano Huck, Fernando Grostein Andrade, usou as redes sociais para fazer um desabafo após participar da parada LGBTQI+ em Los Angeles, nos Estados Unidos.

17 anos mais jovem que o apresentador da TV Globo, o cineasta falou sobre o preconceito que sofria na época da escola.

"[...] Por que é importante? Quando eu era estudante ouvia piadas contra nos LGBTQs em todas escolas onde estudei. Vera Cruz, Santa Cruz e tambem na FGV onde me formei. Não eram todos, mas eram muitos alunos e até alguns “professores”. Na época em que dirigia publicidade, lembro de uma reunião numa época em que dirigia publicidade, lembro de uma reunião numa grande agência onde a diversão de alguns publicitários foi passar um bilhete falando: “o diretor é viado”. Em outra, me demitiram de comercial de cerveja com o tema futebol depois de escutar me voz e me acharem muito delicado na reunião. Anos depois me assumi aqui na Internet, nos jornais e na TV, justamente por acreditar que não devemos e não podemos mais nos calar e precisamos nos posicionar", disse.

Em outro momento, ele ainda relembrou as mensagens ofensivas que recebeu. "Recebi mensagens públicas e anônimas de apoio, mas também outras dizendo que deveria apanhar ate a morte. Levando em conta que sou branco e nasci cheio de privilégios, imagino o quanto aqueles que não tiveram os escudos que eu tenho sofrem. Uma vez entrevistei um grande banqueiro que disse que privilegio deve ser exercido com responsabilidade. Por isso continuo e vou continuar a levantar a bandeira LGBTQ com orgulho. Parada não é farra, não é só festa. Parada é para mostrar: estamos aqui, somos fortes, não vamos recuar e vamos avançar. Incontáveis anos em que a Igreja Católica promoveu uma sangrenta perseguição a nos pelas palavras de Paulo de Tarso, o Sao Paulo, institucionalizaram a homofobia na politica, educação e no esporte. Com o avanço dos promotores de ódio, deixo claro nossa posição: somos muitos e não vamos nos curvar", concluiu.

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