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TV / Roda viva!

Glória Maria revela que sofreu racismo na carreira: ''O homem preto não quer a mulher preta''

Apresentadora Glória Maria participa pela primeira vez do 'Roda Viva' e fala sobre casos de racismo e a recuperação de um tumor no cérebro

Redação Publicado em 15/03/2022, às 14h04

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Glória Maria participa do 'Roda Viva' e fala sobre casos de racismo em sua carreira e a recuperação de um tumor no cérebro - Foto/Reprodução
Glória Maria participa do 'Roda Viva' e fala sobre casos de racismo em sua carreira e a recuperação de um tumor no cérebro - Foto/Reprodução

A apresentadora Glória Maria (72) concebeu uma entrevista ao Roda Viva, na última segunda-feira, 14, e aproveitou o momento para fazer uma sequência de relatos sobre racismo, preconceitos e sobre a luta contra um tumor no cérebro.

Recuperação de um tumor no cérebro:

Em uma bancada composta apenas por mulheres, a apresentadora falou sobre a recuperação de um tumor no cérebro e contou que a doença não era, como muitos imaginavam, um câncer e que a mataria em 15 dias:"Não pensei no fim nem por um segundo. Eu estava viva, com um tumor no cérebro terrível que se eu não tivesse descoberto ele me mataria em 15 dias. Esse tumor formou um edema em volta e inflamou, me fez ter uma convulsão", disse ela.

"Eu tinha a possibilidade de 30% ou 40% de sobreviver e só 20% de não ter sequelas. O ser humano quer viver no mundinho cor de rosa, nuvem azul, mas a vida não é assim. A vida é feita de nuvens rosas e cinzas e eu aprendi a conviver", relembrou.

Casos de racismo envolvendo as suas filhas, Laura e Maria:

Durante a conversa, Gloria Maria revelou que mesmo sendo famosa e bem sucedida profissionalmente, não está blindada do racismo e preconceito: "Nada blinda preto de racismo, ainda mais a mulher preta. Nós somos mais abandonadas, discriminadas. O homem preto não quer a mulher preta. Você tem que aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o blindamento universal, você está perdida", declarou.

Por fim, ela também relatou dois episódios racistas sofridos pelas filhas Laura e Mariana escola. A primeira ouviu de um amigo que "a cor dela era feia". Já a segunda escutou, também de um colega na escola que "você, sua macaca, não fala nada". "Isso não vem da criança, vem da família. E a família não vai mudar. Quando ele (amiguinho) falou, queria machucar. E a maneira que tinha é para machucar era ofender racialmente. Isso que acho uma coisa trágica. Se ele sabe que chamar de macaca é uma ofensa racial, é porque foi ensinado", afirmou ela.