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Gabriel Stauffer revela o que mais o atraiu em A Força do Querer

Estreante nas novelas, Gabriel Stauffer conta sobre a preparação para fazer parte do núcleo que fala sobre a transexualidade na novela 'A Força do Querer'

Priscilla Comoti Publicado em 20/06/2017, às 18h13

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Gabriel Stauffer - Thiago De Lucena
Gabriel Stauffer - Thiago De Lucena

O ator Gabriel Stauffer é uma das revelações da novela A Força do Querer, da Globo, e promete muitas emoções até o final da trama. Ele interpreta Cláudio, o rapaz que é apaixonado por Ivana (Carol Duarte). Em conversa com a CARAS Digital, Gabriel contou sobre a preparação para o personagem, a importância de abordar o tema da transexualidade na TV e ainda sobre o desafio de fazer a sua primeira novela. 

Confira:

-Como você tem percebido a reação do público ao casal Cláudio e Ivana?
-A reação tem sido muito boa. Na internet, nas ruas, todos dizem estar torcendo pelo casal.

-O que mais te atraiu neste personagem?
-Foi a complexidade do drama que ele e Ivana viverão. Algo novo na teledramaturgia brasileira. Ele se depara com o amor da vida dele dizendo que não se identifica com o próprio gênero e que pretende fazer a transição para o sexo masculino. É uma questão complexa que requer cuidado, entendimento.

-Qual é o grande desafio deste personagem em sua carreira?
-Acho que o desafio maior é o fato de ser minha primeira novela. Faço teatro há algum tempo e interpretar para a televisão é diferente. Tenho aprendido muito. Também tem sido interessante poder me moldar à esse novo tipo de trabalho. O ambiente muda e o tempo pra fazer as coisas também. O alcance do veículo, a exposição da imagem, o tanto de gente que é impactada pela trama e vê o seu trabalho. É muita coisa nova e estou adorando.

-Como é a sua relação nos bastidores com a Carol Duarte?
-A relação é excelente e nos damos muito bem! A gente se conheceu durante a preparação da novela. Temos trajetórias parecidas, viemos do teatro, então fomos lidando com situações novas juntos. O jeito de pensar a cena é parecido também. Tem sido muito bom trabalhar com ela.

-Como foi a sua preparação para interpretar o Cláudio?
-O elenco teve uma preparação de duas semanas nos estúdios da Globo com o Eduardo Milewics. Foi um tempo incrível juntos, mesmo com outros atores que não encontro tanto em cena. Para o Cláudio, especificamente, vi muitos filmes, séries documentais e videos no youtube. Esses vídeos de internet e documentários ajudaram muito, pois são pessoas de verdade contando histórias reais. É possível ver como reagiram ou como tem sido o processo de transição para eles e para as pessoas que estão por perto. É incrível ver os depoimentos, a força de vontade, as transformações... Na realidade, é tudo muito bonito. “Liberdade de gênero”, série transmitida pela GNT, me ajudou muito e foi bem importante pra mim.

-O que mais te chamou a atenção durante a preparação para o Claudio?
-Acho que o dado mais importante foi poder entender melhor a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Pude conhecer todos os termos (cisgênero, trans, binário/ não binário, travesti, gênero fluido). Foi fascinante conhecer todas as histórias e, principalmente, a força que as pessoas tem para transformar o ambiente que elas vivem. Para transformar o macro, é preciso transformar o micro primeiro.

-Para você, qual é a importância de contar uma história sobre a transexualidade em uma novela?
-Os números dos crimes cometidos contra transexuais no Brasil são alarmantes e, pra muita gente, esse tema ainda é desconhecido. Acho que o fato de um tema como esse ser mostrado com profundidade e delicadeza numa novela das nove vai ajudar as pessoas a conhecerem melhor esse universo e a verem que somos iguais. Claro que com questões diferentes, inquietudes diferentes, mas essencialmente iguais! Ninguém merece ser desrespeitado ou agredido por isso. É importante conhecermos sobre o que estamos falando, gerar discussões sadias e esclarecedoras, para podermos respeitar, admirar e amar.

-Você tem algo de semelhante com o Claudio? E de diferente?
-O Cláudio é um cara que gosta de praticar esportes, como eu. Sempre que posso jogo vôlei, futebol, frescobol... Vou me jogando. De diferente acho que temos só a relação com a família. O Cláudio tem um pai ausente e que mal o vê. Ele sente essa falta! Já os meus pais sempre me deram muito apoio e estão juntos em todos os momentos importantes da minha vida.

-Qual é a sua torcida para a história de Claudio e Ivana?
-Torço pra que eles se ajudem, entendam um ao outro, se amem, se respeitem e, quem sabe, acabem juntos.