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Entre dois amores em 'Malhação', Gabriel Calamari confessa: "Já passei por isso"

O intérprete de Felipe fala sobre a torcida para o personagem, solteirice, assédio e perrengues de quem mora sozinho

Kellen Rodrigues Publicado em 06/06/2017, às 14h47

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Gabriel Calamari é Felipe em 'Malhação' - Globo/Ramón Vasconcelos
Gabriel Calamari é Felipe em 'Malhação' - Globo/Ramón Vasconcelos

Era véspera de Natal quando o telefone de Gabriel Calamari tocou com a notícia: ele foi aprovado para interpretar Felipe em Malhação Viva a Diferença. Aos 23 anos, o ator mergulhou em aulas de bateria, grafite e mountain bike e se mudou para o Rio de Janeiro para seu novo desafio - o primeiro em TV aberta.

"Eu fiz o teste e acharam que eu estava um pouco velho para o personagem", conta Gabriel. "Quando o telefone tocou e eu vi '021' já imaginei que era da Globo, já deu uma tremedeira. Abracei meus pais, saímos para jantar, abri um belo vinho para comemorar", lembra ele, que vive entre dois amores - a namorada Clara (Isabella Scherer) e a melhor amiga dela, Lica (Manoela Aliperti) - na trama. "Já passei por isso, de acabar gostando da melhor amiga da pessoa que eu estava ficando, foi bem chato", confessa.

Gabriel se apaixonou pela arte aos nove anos ao fazer teatro na escola e buscou na Oficina dos Menestreis, de Oswaldo Montenegro, sua profissionalização. "Eu sempre brinco que eu nunca decidi, foi acontecendo", afirma ele, que protagonizou a primeira produção nacional do Disney Channel, Que Talento!, e integrou o elenco de 3%, série de língua não inglesa mais assistida da Netflix.

Para dar vida ao Felipe em Malhação, Gabriel trancou a faculdade de cinema. A 'sétima arte', no entanto, é seu próximo passo - ele vai co-produzir e protagonizar nas telonas a peça Alice e Gabriel. Em bate-papo com CARAS Digital o ator revela a torcida para o personagem na novela da Globo, fala sobre solteirice, assédio e perrengues de quem mora sozinho.

Confira!

- Seu personagem faz grafite, mountain bike, toca bateria... Qual foi o maior desafio na preparação?
A preparação em São Paulo foi de um mês e meio. Acho que a bateria foi o mais dificil porque é mais erudito, exige mais estudo, ler partituras, acompanhar ritmo. Como já estudei música tive uma noção, mas mesmo assim é muito dificil.

- O Felipe namora a Clara, mas se apaixona pela Lica. Sua torcida é para que ele fique com quem?
Ele namora a Clara, que é a melhor amiga da Lica, que namora o melhor amigo dele. Ele se apaixona pela Lica, mas ela descobre que é filha do mesmo pai que a Clara e despreza ele por causa da irmã. Eu gosto muito das duas parcerias de trabalho, mas acho que com a Lica tem uma coisa da personalidade dela: ela fala o que pensa, está no auge da rebeldia jovem. Isso me parece mais interessante porque é um contraste com o meu personagem, um cara todo correto e calmo.

- Já passou por uma situação assim de ficar entre dois 'amores'?
Já passei por isso, de acabar gostando da melhor amiga da pessoa que eu estava ficando, foi bem chato. Tomei uma decisão, disse que não dava mais e acabei ficando com a outra pessoa. É uma coisa não prevista, mas isso foi na adolescência, época que a gente faz besteiras, faz tempo. 

- Você mora sozinho desde cedo, já passou por algum perrengue?
Estou morando sozinho no Rio, mas na verdade tenho uma vida meio nômade, já estou acostumado. Passei um perrengue aqui no Rio, comi algo que não me fez bem, passei mal, me vi sozinho. Liguei para uns amigos, mas tinha uma distância grande de onde eles estavam até a minha casa. Morar sozinho é ficar sozinho nas horas boas e ruins. É chegar em casa às vezes e não ter nada para comer, minha mãe nunca me deixaria passar fome (risos).

- Seus colegas de Malhação brincaram sobre fazer uma campanha para encontrar uma namorada para você. Está em busca de alguém?
Estou solteiro, mas não que esteja fazendo campanha para encontrar alguém, não estou botando faixa na varanda, nem estou em aplicativos (risos). Estou bem focado no meu trabalho, e sou um cara muito caseiro.

- Mas após a estreia de Malhação sentiu que o assédio aumentou?
A gente sempre sente, nas redes sociais, em shopping... Eu sempre lidei muito bem com isso, nunca me iludi, nunca me senti mais que ninguém por causa disso. Com a TV o assédio aumenta naturalmente.

- Nas redes sociais as pessoas ficam mais desinibidas, né? Já aconteceu alguma situação engraçada?
Muitas. Tem pessoas que mandam fotos peladas, é bem doido (risos). Uma vez aconteceu uma coisa curiosa: estava no Uber e comentando com o elenco sobre uma cena mais picante que iria fazer. Esqueci minha carteira no carro, daí olho meu Instagram e o motorista tinha enviado mensagem dizendo que que tinha deixado a carteira na portaria e desejando boa sorte na cena. 

- Já tem planos para depois da novela?
Tenho um grande projeto que pretendo rodar depois de Malhação. Aos 14 anos eu ganhei do meu pai os direitos da peça Alice e Gabriel, quando saí do Disney Channel eu falei que queria muito que isso virasse um filme. Me juntei ao Daniel Caselli e ao André Rodrigues, estamos nessa luta do cinema nacional. Mas está tudo encaminhado. Vou protagonizar e entrar como co-produtor. Também tenho vontade de ir para o exterior, estudar interpretação, atuar fora. Não penso pequeno, não.