CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Felipe Roque fazia cover de Felipe Dylon antes da fama: "Sempre me confundem"

O ator, que interpreta o Kim em 'A Regra do Jogo', deixou a faculdade de engenharia civil para se dedicar à carreira artística

Kellen Rodrigues Publicado em 16/12/2015, às 11h15 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Felipe Roque - Globo/João Miguel Júnior
Felipe Roque - Globo/João Miguel Júnior

Felipe Roque tinha apenas 13 anos quando pisou no palco pela primeira vez e descobriu a paixão pelo teatro. Mas, como muitos atores em início de carreira, foi conciliando a arte com outras profissões - chegou a cursar engenharia civil para agradar os pais. Até que a vocação falou mais alto.

Hoje aos 28 anos, não se arrepende da escolha. Ele está no elenco do filme SOS Mulheres Ao Mar 2 e interpreta o Kim na novela A Regra do Jogo - personagem que se envolve com uma mulher mais velha e em condições financeiras melhores que a dele. "Eu gostaria que ele servisse de exemplo para as pessoas que sofrem preconceito por se relacionar amorosamente com pessoas diferentes", conta.

Em bate-papo com CARAS Digital ele lembra do início da carreira - quando fazia cover de Felipe Dylon em festas infantis - e diz que até hoje é confundido nas ruas com o cantor e com o modelo Marlon Teixeira. "Já estou super acostumado", garante. 

Confira!

- Conta um pouquinho sobre o início de sua carreira... quando soube que queria ser ator e como foi o caminho até aqui?
Comecei a fazer teatro como atividade extracurricular ainda na escola, aos 13 anos. Foi a primeira vez que eu pisei num palco, me deparei com aqueles olhinhos que brilham no escuro alguns metros abaixo dos refletores que ofuscavam minha vista, era tudo novo, era tudo mágico. Resumindo, fui picado pelo bichinho do teatro. Daí pra frente eu sempre quis ser ator, e fui levando o teatro paralelamente em minha vida. Aos 17, fiz vestibular e passei para algumas faculdades federais. Resolvi cursar engenharia civil na UFRJ, agradando meus pais. Comecei a me dedicar a estudar interpretação à noite. Daí aconteceu muita coisa legal, estudei em diversos lugares, comecei a me envolver em produções independentes, morei um ano na Itália e conheci muita gente interessante. Com 25 primaveras, junto com dois amigos atores, Luca Pougy e Gui Scarpari, fundamos a agentejuntofilmes.com e eu tranquei a faculdade de engenharia de uma vez por todas para me dedicar integralmente ao que me move.

- Muitas vezes passamos por perrengues ou situações engraçadas em início de carreira. Aconteceu com você?
Eu me divirto muito com as pessoas que me param na rua para falar sobre a novela ou o filme, mas sempre me confundem com o Marlon Teixeira e o Felipe Dylon. Já estou super acostumado, na adolescência eu trabalhava em uma casa de festas infantis como animador e eu fazia cover do Dylon, sei as músicas, e aproveito pra soltar a voz quando isso acontece. Sempre acaba em risadas e gargalhadas.

- Como surgiu o papel na novela? 
Eu fiz o teste pra novela dois dias antes de embarcar para as gravações de S.O.S. Mulheres ao Mar 2. Fui chamado pelo produtor de elenco, Gui Gobbi.

- Tem algo em comum com o personagem?
Acho que a gente se parece em poucos quesitos.  Em comum a gente surfa, curte praia e somos alto astral. Somos diferentes em relação à visão sobre trabalho, sobre relacionamentos, gostos pessoais, alimentação, música...

- O que você gostaria que acontecesse com ele?
Eu gostaria que ele servisse de exemplo para as pessoas que sofrem preconceito por se relacionar amorosamente com pessoas diferentes, no caso ele se envolve com uma mulher mais velha. Mas a questão do preconceito é muito mais abrangente. Gostaria que a Ligia (Christiane Alves) se aproximasse da família Stewart e estivesse vivendo esse caos familiar ao lado do Kim bem de perto para mostrar que o amor é o caminho certo, sempre.

- Você continua com a peça 'Crônicas do Amor Mal Amado?'
Nossa peça volta aos palcos dia sete de janeiro, com texto de Raul Franco e direção de Bia Oliveira, no Teatro Fashion Mall (Rio de Janeiro) quintas e sextas às 21h30. Essa peça fala sobre amores mal amados, picuinhas e causos de amor. Me identifico com algumas das esquetes, acredito que esse é o grande barato da peça, todos em algum momento se identificam de alguma forma com as situações. De uma forma divertida tentamos mostrar que o que vale a pena realmente é o amor.

- Está solteiro?
Estou solteiro em gênero, número e grau (risos).

- Uma novela das nove na Globo traz bastante visibilidade. Como tem sido com o público? O assédio aumentou?
Tem sido maravilhoso, o público tem sido muito carinhoso e generoso comigo. O assédio não incomoda, é o reconhecimento de um trabalho.

- Recebe aquelas cantadas indiscretas?
Não, só pela internet que as cantadas são mais acintosas, por trás de perfis que a gente nem sabe se são reais.

- O que você toparia e o que não faria de jeito nenhum em cena?
Não sei meu limite, acreditando no projeto eu faria de tudo em cena.

- Que tipos de personagens você ainda gostaria de fazer?
Gostaria de fazer todos os tipos de personagens possíveis em minha carreira. Mas para ontem, gostaria de fazer um vilão, sou aficcionado por vilões tipo o Joker (Coringa). Um homossexual, um personagem de ação com muita arte marcial e um personagem atleta.