O jornalístico da Band e outros programas tidos como "humorísticos" foram vetados de fazer perguntas para os jogadores durante as coletivas de imprensa da Seleção
Thiago Azanha Publicado em 27/05/2014, às 14h01 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Os jornalistas do CQC estão barrados de fazer perguntas para os jogadores e comissão técnica durante as coletivas de imprensa da CBF durante a Copa do Mundo da FIFA.
Felipe Andreoli, escalado para cobrir o dia a dia da Seleção Brasileira, será um dos "barrados" nas entrevistas coletivas. "A determinação, segundo nos foi passado, é que programas que não são jornalísticos não perguntam na coletiva", explicou Andreoli para a CARAS Digital na tarde desta terça-feira, 27.
O repórter, que já participou da cobertura da Copa do Mundo em 2010, na África do Sul, e da própria Copa das Confederações em 2013, conta que usará o bom relacionamento que tem com os jogadores para conseguir gravar material para o CQC.
"A tentativa aqui vai ser na base do meu bom relacionamento com os jogadores. Tenho boa amizade e conheço bem a maioria deles. O CQC seria ainda mais barrado se fosse outro repórter", disse Felipe.
O Pânico da Band é outro programa que não deverá ter voz durante as coletivas oficiais.
Rodrigo Paiva, assessor da CBF, contou que o veto deve-se à "reclamação dos programas jornalísticos".
"O CQC foi credenciado pela CBF. Eles têm o mesmo acesso que 1900 jornalistas credenciados por nós até agora tem. Eles inclusive participam das entrevistas coletivas, apenas não fazem perguntas a pedido da própria imprensa, principalmente aqueles que transmitem nossas coletivas ao vivo, porque o foco desses programas é outro. Por diversas vezes no passado essa convivência entre eles, infelizmente para nós, se mostrou inviável. Não foram poucas as vezes em que a CBF foi criticada por permitir certas 'brincadeiras' durante as entrevistas ao vivo", explicou Paiva para a CARAS Digital.