Talula faz um balanço desta edição do BBB e comenta os últimos dias do programa, como a surpresa na semifinal em que Fabiana se tornou líder. A ex-BBB fala ainda do favoritismo absoluto de Fael
Redação Publicado em 28/03/2012, às 02h29 - Atualizado às 04h32
Chega ao fim nessa quinta-feira, 29, o BBB 12. Assistir foi uma sensação, no mínimo, estranha. Julgar quando se assisti é bem mais fácil. Quem esta lá dentro não tem idéia de como as coisas são passadas aqui fora. Viver na casa é viver num mundo a parte. Durante toda a minha coluna, sempre defendi que não existem mocinhos e vilões nessa edição. Existiram, sim, jogadores. Alguns inteligentes, outros nem tanto. Porém, cada um fez seu jogo como achou melhor e pagou por isso. Infelizmente, essa edição ficou “manchada” por ter mais assuntos fora da casa do que dentro dela. Muitas vezes o tédio para quem estava lá dentro só não foi maior do que para quem estava assistindo. A divisão prematura de grupos levou o programa para um caminho sem volta. Com isso, adivinhar os prováveis finalistas com semanas de antecedência não foi tão difícil assim.
As eliminações de João Carvalho (46) e Kelly (28) não mudaram em nada o rumo do programa. A semifinal, sim, foi uma surpresa. Fael (25) e Jonas (26) se enfrentaram num paredão que para muitos - inclusive eu - seria o paredão da final. A saída de Jonas foi uma grande perda e seria interessante assistir a disputa entre dois amigos do início ao fim do programa e também dois lideres da Praia.
A final acabou sendo entre Fabiana (35) e Fael e para falar de ambos vou usar citações de dois discursos de Bial em paredões dos quais participaram os finalistas. Para Fabiana, vou usar uma parte do discurso da eliminação de Ronaldo (31) logo nas primeiras semanas: ”Como no teatro e nas cortes européias antigas, quando a platéia ia para ver quem estava nos camarotes e não no palco'Por falar em palco, Fabiana e Ronaldo se acusaram mutuamente de um crime que seria imperdoável: fazer teatro. Não adianta mesmo chorar, atuar, representar. Big Brother não é teatro. Longe disso. É televisão”. Fabiana passa uma imagem aqui fora de uma pessoa "exgerada" em seus atos e suas atitudes. Mesmo sendo ou não exagerada, uma coisa não pode faltar num jogo: sorte. E isso não lhe faltou quando ela pegou lideranças em momentos importantes como os que a levaram até a final. Mas não basta ter só isso. Há de se ter equilíbrio em momentos chave e nos últimos dias foi o que faltou.
Fael já era carta marcada pelo o público há muito tempo e para falar dele vou recorrer ao texto do Bial na eliminação de João Carvalho: “Vamos tentar pensar do ponto de vista de quem assiste ao programa. A linha reta pode ser chata, um desenho monótono, a história de alguém que entrou na casa de um jeito, e desse jeito permaneceu, manteve a linha reta, meio tremelicada, às vezes, mas reta. Pode ser uma chatice. Ou não. Pode ser um sinal de coerência, integridade. Ou... Não...”. Fael foi um jogador tranqüilo, sem muitos altos e baixos e não fez nada que comprometesse seu favoritismo perante ao público no jogo. E ainda para ajudá-lo engatou um romance relâmpago com a espanhola Noemi nas semanas finais. Isso foi o suficiente para que ganhasse mais ainda as graças do público. No fundo, Fael e Fabiana têm a cara do BBB 12.
E, já que os grupos foram rotulados, vou usar a mesma linguagem: uma final praiana. Agora, que seja feita a vontade do público: Fael x Fabiana - quem será o grande campeão do BBB 12?
Aproveito para deixar aqui meu agradecimento a todos os leitores que estiveram comigo nessa jornada. Tentei, da melhor forma possível, analisar somente o jogo. Foi muito bom essa troca de experiência com todos e ter tido a oportunidade de analisar - agora como telespectadora e através dessa coluna semanal - um dos programas de maior audiência da TV e que mexe tanto com as pessoas.
Um grande abraço e sorte a todos os participantes do BBB 12!
