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Chris Ubach celebra sucesso da série 'A Garota da Moto'

A atriz comenta a importância de ter uma personagem forte e não-romântica na TV atual

Letícia Santiago Publicado em 08/08/2016, às 11h06 - Atualizado em 17/04/2017, às 13h55

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Chris Ubach - Rael Rael
Chris Ubach - Rael Rael

A série A Garota da Moto, do SBT, está conquistando o público e aumentando os índices de audiência da emissora. Feliz com a repercussão, a protagonista da trama, Christiana Ubach, que interpreta a personagem Joana, sentiu-se motivada com a oportunidade de dar vida a uma personagem forte e destemida. "A Garota da Moto é uma série que mostra um empoderamento possível da mulher nos dias de hoje", comenta Chris.

A atriz, que  ficou conhecida ao participar de Malhação, em 2009, também se dedicou a projetos como seu primeiro livro, Zoológico de fogo, e o filme Galã.

Em um bate-papo exclusivo com a CARAS digital, Chris Ubach fala sobre o sucesso inesperado da série, comenta sobre feminismo e revela como foi a preparação para interpretar uma motogirl Joana. Veja a entrevista na íntegra:

Como você analisa a importância de trazer um personagem forte e valente na televisão?

Acredito que esta foi a motivação maior deste projeto para mim. Poder viver a realidade de milhares de brasileiras que criam seus filhos sozinhas, trabalham, se protegem, convivem com o machismo, com salários menores e assédios diários. Se pararmos para comparar o número de mulheres que são mães e pais com o de pais que criam seus filhos sozinhos, a diferença é gritante. A Garota da Moto é uma a série que mostra um empoderamento possível da mulher. Fico muito feliz que isso esteja inspirando e motivando as mulheres a se colocarem sem medo na sociedade.

Como foi a preparação para interpretar a personagem?

Foi fisicamente muito intensa. Não sabia andar de moto e tive que aprender a pilotar com certa agilidade. Também tive que ter noções de luta e artes marciais. Fiquei dois meses criando musculatura para levantar a moto e mais força nas cenas de brigas com personagens masculinos.

Você se identifica com alguma característica da Joana?

Me identifico com a Joana no seu senso de justiça e na sua maneira correta de ser. Assim como ela, também tenho um temperamento forte quando o assunto é fazer somente o que se acredita e o que se quer.

Você já imaginava o sucesso da série? 

Realmente não imaginava a repercussão. Como nunca tive um trabalho exibido no SBT,  não conhecia o público. Tínhamos receios de como que a série seria recebida por causa do formato e por ser tão diferente da grade de programação deles. Felizmente, hoje, vemos que as pessoas estão gostando muito e se identificando bastante com a Joana. Elas falam comigo, dizem o que a personagem deveria ter feito e dizem que adorariam fazer o que ela faz. E é um público abrangente formado por crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres em peso. Estou bem contente com o trabalho.

Sentiu alguma dificuldade para gravar as cenas de luta?

Ficava exausta, mas me divertia demais! Aos poucos, fui ficando à vontade para propor alguns golpes e ir mais além. Era uma grande brincadeira e as mulheres no set vibravam! Me sentia um pouco lavando a alma de todas (risos). A luta mais difícil, sem dúvida, foi com a Fang, personagem da Luana Tanaka. Tínhamos uma preocupação técnica muito grande para não nos machucarmos.

Como é contracenar com a Daniela Escobar e com o Enzo Barone?

Por incrível que pareça, não contracenei tanto com a Daniela, mas nos demos muito bem. Ela tem uma experiência grande em televisão, onde me formei praticamente. Brincávamos e nos divertíamos muito em cena. Sobre o Enzo, foi um prazer e um aprendizado enorme trabalhar com ele. É uma criança que foi, de fato, meu filho. Acabei assumindo essa função materna para tudo! Além de estimular, eu explicava as coisas para ele e, dentro de um sentido mais explicativo, educava mesmo! O mais importante para mim foi deixá-lo feliz fazendo aquilo que nos propomos a fazer desde o início.

Quais são seus planos para a carreira?

Não costumo planejar muito. Vou me apaixonando pelas personagens e vou seguindo. Acredito no meu compromisso comigo mesma, de fazer trabalhos que me deixem feliz e que eu possa conviver com pessoas que me agreguem, principalmente, no sentido humano da coisa. Posso dizer que meus planos são continuar alimentando minha motivação de fazer arte e trabalhar com cultura, seja atuando, escrevendo e dançando.

Você está no longa Galã, ao lado de Thiago Fragoso, e irá lançar, ainda esse ano, o livro Zoológico de Fogo aqui e em Portugal...

Estar em Galã foi uma delícia! Nunca tinha participado de um filme de comédia. Foi muito leve e gostoso de fazer. O Thiago foi um grande parceiro e fiquei muito feliz de conhecê-lo e trabalhar com ele. Sobre o livro, é um sonho de criança que estou realizando agora, prestes a fazer 30 anos. Escrever e expor ideias no papel é um exercício de entrega muito grande. Fiquei bem reclusa e concentrada enquanto escrevia. Nesse período, não conseguia fazer nada muito além disso! Estou muito feliz com o resultado e posso dizer que é uma realização que não tem medida. Esse ano, escolhi fazer coisas que sempre tive vontade e somente agora tive coragem para fazer.

Quais são seus segredos de beleza?

Tomo muito cuidado com sol e me hidrato bastante. Sempre que possível, também corro ou faço alguma atividade que me faça bem. Cuido para que a qualidade do meu sono seja sempre boa, o que é difícil e, ao mesmo tempo, o mais importante.