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"Atores sempre estão aflitos com o desemprego", diz ex-estrela de Pantanal e Mulheres de Areia

Giovanna Gold está no ar como a vilã Carmem, em 'Chiquititas', no SBT

Thiago Azanha Publicado em 24/03/2014, às 12h01 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Giovanna Gold - Lourival Ribeiro/SBT
Giovanna Gold - Lourival Ribeiro/SBT

A atriz Giovanna Gold estrelou diversas novelas de sucesso na década de 90, como Pantanal e Mulheres de Areia.

Hoje no ar como a vilã Carmem, de Chiquititas, a atriz revelou para a CARAS Digital as dificuldades para um ator se manter no ar e dicas que têm passado para a nova geração na novela teen do SBT.

Por que ficou afastada das novelas antes da estreia em Chiquititas?

Das novelas? Desde Por Amor, por falta de oportunidades. Mas estava no Show do Tom, que é TV e humor, as duas coisas que mais gosto de trabalhar.

Como está sendo a experiência de atuar ao lado de jovens talentos na novela do SBT? Você costuma dar dicas para eles?

Como se eu fosse trabalhar no céu com anjos! E voltar para minha casa no paraíso. São profissionais e temos uma relação de coleguice deliciosa, torcemos uns pelos outros. E quanta ternura em tê-los por perto! Dou dicas sim, técnicas, porque eles têm preparadores, o Beto Silveira e Ariel Moshe. Detalhes como  olhar  para a pessoa com quem está contracenando melhorando para a câmera. Todos dançam e cantam, podemos usar o vocabulário de ballet, se posicione "èffacé". Não jogar fora nem uma palavra, dê sua opinião  sobre o personagem. Falar mais articulado para ficar mais tempo no ar. Exemplos. Eles perguntam mesmo, como me preparo, como crio, como me concentro. É muito bom este processo de trabalhar com artistas em formação.

Após o fim da novela, pretende continuar fazendo TV, tem algum plano de filme e/ou teatro?

Por mim, não terminava. Corro atrás do mesmo jeito, como se não estivesse contratada, contatos, material na mão, testes. Atores são como "Tootsie", sempre aflitos com o desemprego. Prefiro fazer bem feito a adorável Carmen de Almeida Campos e crer que o próximo trabalho será consequência.

Quais lembranças guarda das novelas Pantanal e Mulheres de Areia, na década de 90? Mantém contato com alguém de elenco hoje em dia?

Contato? Acho que não, só via comunidade virtual. As lembranças do Pantanal são da intimidade de todos em morarmos numa fazenda juntos. Eu, Marquinhos Palmeira e Angelo Antonio andando à cavalo. Um dia o meu se enroscou num arame farpado largado no campo e tive a destreza intuitiva de frear o bicho sem cair e sem ele se machucar. Da delícia que era contracenar com as pantaneiras e as noites à moda de viola. De ficar 'jacarezando', quase que literalmente, nos banhos de rio e comer pacu. E em Mulheres de Areia, depois de um dia de gravação, pegamos um barco, Glória Pires e Marcos Frota, largados numa ilha, areia, águas de Angra. Me desculpem as outras, mas, acho que é a melhor profissão do mundo!

Qual o segredo para manter a boa forma aos 49 anos?

Creio na verticalidade da vida. Amadurecer é natural. Faço exercícios que busquem esse eixo imaginário como ballet, yoga, power strech de Cristina Bucher, pilates. Sempre que posso, idealmente, todo dia. Gosto de tomar suco de luz, mas é complicado germinar. Alimentar-se com a vida em si, me sacia mais que uma jacada numa churrascaria. E aquilo tudo que todas as revistas falam, muita água, pouco excesso, um cru por dia.