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Ana Flávia Cavalcanti fala sobre empoderamento feminino: "Precisamos discutir mais"

No ar em Malhação, ela exalta que a representatividade negra também precisa ser discutida: "Precisamos quebrar com uma estética que já foi muito repetida"

Letícia Santiago Publicado em 22/06/2017, às 10h28

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Ana Flávia Cavalcanti - Ramón Vasconcelos/Globo
Ana Flávia Cavalcanti - Ramón Vasconcelos/Globo

Malhação - Viva a Diferença chegou à tela da Globo para quebrar padrões e enaltecer questões como feminismo, racismo e estereótipos impostos pela sociedade. Interpretando a diretora Dóris, a atriz Ana Flávia Cavalcanti tem a missão de zelar pelos alunos do Colégio Estadual Cora Coralina e ainda lidar com as diferenças com o marido Bóris, interpretado por Mouhamed Harfouch.

Dóris é uma personagem que mostra as relações da mulher moderna, dedicada ao trabalho e que não pretende ter filhos. A atriz Ana Flávia comenta a importância de abrir uma discussão sobre maternidade e a liberdade de escolha da mulher em ter filhos ou não. "Confesso que abrir a discussão sobre maternidade me interessa mais do que a Dóris ter um filho. Acho que precisamos usar os veículos de comunicação pra discutir a nossa sociedade, nossa cultura e nossos padrões, falar sobre maternidade é falar sobre a descriminalização do aborto também", disse a atriz que ainda complementou abordando a relevância em dar voz às mulheres e deixá-las livres de julgamentos. "Falar de políticas públicas que protejam as mulheres em seus desejos e necessidades antes de mais nada. Eu quero muito usar meu trabalho pra dizer: não julguem. Seja lá o que for. Julgamento não leva a nada. Precisamos discutir mais e respeitar as escolhas individuais", esclarece Ana.

Com sua personagem, Ana representa o dia a dia de muitas mulheres brasileiras e ainda dá destaque para a luta diária que é comandar uma escola estadual sem os recursos e estrutura necessária. Além disso, a violência contra a mulher e a representatividade negra são outros temas abordados na trama de Cao Hamburguer. "A Dóris é uma mulher batalhadora, que vai atrás dos seus sonhos, que sabe o que quer. Veio bem a calhar essa personagem, até porque não dá mais pra gente reproduzir certos padrões, a não ser que seja pra fazer uma crítica contundente aos excessos e violências que as mulheres sofrem em diversos âmbitos", exalta.

A atriz diz se identificar principalmente com uma das características da personagem Dóris: "Me identifico com o lado batalhador, de quem não tem medo de lutar pelos sonhos". Ela se sente privilegiada por interpretar esse papel e garante que o mérito é do autor Cao Hamburguer. "Ele quem criou essa mulher, diretora, namorada, amiga, forte assim. Ele é um homem pra frente, e seus colaboradores também. Inclusive temos a primeira autora negra na rede Globo que faz parte do time de colaboradores de Malhação, a Renata Martins", enaltece Ana.

Os projetos da atriz não param só em Malhação, em agosto ela estreia o filme Corpo Elétrico e também está preparando um curta-metragem com roteiro próprio em andamento, o filme vai se chamar . "Estou muito feliz com esse trabalho", comemora Ana.