O ator se mostrou feliz com um dos prêmios mais importantes de arte no Brasil, mas disse que o fracasso é inevitável para quem faz
CARAS Digital Publicado em 03/12/2015, às 11h22 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Alexandre Nero venceu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) na categoria de melhor ator por sua atuação na novela A Regra do Jogo, na Globo.
Mesmo com a vitória em um dos principais prêmios de arte do Brasil, o ator desabafou sobre a questão do sucesso e fracasso.
"Prêmio de arte nunca é pra se levar tão a sério. Aprendi isso com o mestre-mór Antonio Abujamra: 'Eu tive mais de cem fracassos e pra mim não tem a mínima importância. Para um artista o sucesso e o fracasso são iguais. Os dois são impostores'. Não estamos ali correndo para ver quem chega primeiro. Não é em cima disso que construímos nossa história e obra. Mas eu estaria aqui cheio de falsa modéstia, completamente blasé e sendo hipócrita (a grande epidemia das redes e que não faz muito a minha linha) se eu não dissesse que estou FELIZ PRACARALEO de ganhar um APCA. Aquele prêmio que conheço desde piá e que nunca imaginei que ganharia um algum dia. Que eu estava acompanhado ali de queridos amigos e fodásticos colegas que muito me honram e enobrecem ainda mais o prêmio. 2014 o 'Comendador levou quase tudo de voto popular. 2015 'Romero Romulo' me agracia com o principal prêmio da crítica. Que venha um mágico e maravilhoso 2016", disse Nero em sua conta no Instagram.
Na sequência, o ator agradeceu a Associação, o autor João Emanuel Carneiro,a diretora Amora Mautner e a equipe de A Regra do Jogo. "Aos meus e minhas colegas de cena que me aturam, e que eu amo tanto, aos que torcem a favor, o meu muito obrigado pelo doce olhar sobre meu trabalho. Às 'inimigas-vida longa' (ehehe), fiquem tranquilas... Pra quem faz, o fracasso é inevitável (para quem FAZ), e eu tenho muito o que fazer ainda. Já tive, tenho e terei muitos fracassos para percorrer", desabafou o ator.
Mesmo feliz com o prêmio recebido, Nero mostrou consciência sobre o momento crítico do país. "Mas enquanto ele [o troféu] não vem, bóra festejar? PS: Claro, dentro dos limites de festejos que um Cunha impune, uma Vale amarga, uma polícia agredindo estudantes e matando negro-pobre gratuitamente nos permita", completou.
