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Autor de Império, Aguinaldo Silva revela: 'O comendador José Alfredo sou eu'

O autor de Império confessou que usou suas próprias características para criar o personagem, incluindo a mania de arrumar meticulosamente a própria cama

CARAS Digital Publicado em 27/10/2014, às 11h27 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Alexandre Nero e Aguinaldo Silva - Globo/Renato Rocha Miranda
Alexandre Nero e Aguinaldo Silva - Globo/Renato Rocha Miranda

Aguinaldo Silva, autor de Império, revelou que se inspirou em suas próprias características para criar o comendador José Alfredo, o protagonista interpretado por Alexandre Nero que está fazendo grande sucesso com o público. Segundo o autor, ele usou muitas de suas manias pessoais para dar vida ao personagem.

"Eu pensei 'quero que ele seja como eu: tenha os cabelos brancos e eriçados e só se vista de preto”, contou em seu blog. "A partir daí fui acrescentando ao personagem outras características minhas. O hábito de acordar cedo; a mania de arrumar meticulosamente a própria cama antes de sair do quarto; o prazer de preparar o próprio café da manhã e depois degustá-lo numa boa, sozinho, antes que os outros acordem; os rompantes que podem se tornar violentos e assustadores esporros (não se enganem com este meu sorriso bobo); a determinação e a vontade de fazer bem as coisas, a voracidade e o prazer de ser o melhor e o primeiro, de nunca se conformar com o trivial, de reger a própria vida sem medo de cometer os maiores erros… E de achar que não vai morrer nunca, e que por isso pode fazer planos para os próximos duzentos anos", explicou Aguinaldo.

A revelação surgiu após Aguinaldo ser questionado por um garçom em um restaurante se José Alfredo existia de verdade. "Sim, o comendador José Alfredo Medeiros sou eu… Mas, como todo bom personagem, é multifacetado, e é também vários outros. E são estes os que eu não revelo".

Aguinaldo contou ainda que todos os seus personagens masculinos até hoje tiveram algo de si. "Desculpem se parecer arrogante, de todos os meus personagens o maior que eu criei fui eu mesmo. Não pensem que foi fácil", disse. "Não posso esquecer minhas origens… Nem aquele menino magro, desengonçado, feio e pobre que fui, e que, submetido a todo tipo de preconceitos, sofreu horrores… Assim como não posso deixar de dizer a mim a mesmo, todos os dias, com suprema satisfação e supremo orgulho, que tive muito mais do que merecia, já que aquele garoto de Carpina, destinado a ser no máximo um  homem do terno cinzento qualquer, vestiu-se todo de preto, traçou uma linha reta, foi sempre em frente e acabou indo muito longe".