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Rita Elmôr: 'Ter um pai que não conheci é algo que carrego para o resto da vida'

Rita Elmôr estreia no Rio de Janeiro o monólogo 'Pai', descrito por Paulo Autran como 'um triunfo do teatro brasileiro'

Renan Botelho Publicado em 20/04/2012, às 14h47 - Atualizado às 15h01

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Rita Elmôr - Rodrigo Lopes / Divulgação
Rita Elmôr - Rodrigo Lopes / Divulgação

Rita Elmôr(37) vai deixar um pouco de lado a excentricidade de suas últimas personagens na televisão – a ex-modelo bêbada Venetta de Macho Man e a carente Anete de Separação – para abordar um tema ‘universal’, como ela mesma define. No monólogo Pai, co-dirigido e produzido por ela, a atriz vive Alzira, uma filha que quer muito ser vista pela figura paterna.

“A peça gira em torno de uma decisão que ela toma de ter uma conversa definitiva com seu pai, de falar tudo que ela pensou e não teve coragem de falar a vida inteira. De jogar na cara tudo que causa a paralisia dela – ela se diz uma paralítica de ideias, pensamentos e ações”, explica Rita, em entrevista à CARAS Online “Ao mesmo tempo, tem momentos engraçados, no sentido de que ela se dá conta de como ela ficou patética. É quase um processo psicanalítico e poético. É um vômito de sensações”, diz.

A atriz acabou identificando a própria história com a da personagem, mesmo não tendo tido uma relação tão complexa com seu pai na vida real. “O pai da peça definitivamente não é o meu pai. Na verdade, eu tenho dois pais: o que me gerou e morreu quando eu tinha quatro meses e outro que me criou. Eu nunca identificava o ponto da peça que batia em mim. Depois do processo de montagem, eu entendi que você ter um pai que você não conheceu é algo que eu carrego para o resto da minha vida. De alguma maneira eu identifico essa necessidade de querer ter sido vista por esse pai”, comenta.

Pai é uma peça escrita por Cristina Mutarelli (56) e foi encenada pela primeira vez em 1999 por Bete Coelho (49), com direção de Paulo Autran (1922 - 2007),em São Paulo. "O Paulo disse uma coisa muito bonita sobre a peça na época, ele falou: 'Meu deus, como é que ela (Cristina) sabia aquilo a respeito do ser humano? Que talento, que peça, que triunfo! O teatro brasileiro está de parabéns. Pai é uma grande peça em qualquer país'", lembra Rita.

Esta é a primeira vez que o espetáculo é montado no Rio de Janeiro. “É um projeto pessoal, há anos tenho vontade de fazer esse texto. É um texto muito forte. Tem pontos universais. Pai e mãe a gente carrega pra sempre, não precisa ter uma vida conturbada como a da personagem para se identificar”, diz.

O monólogo estreia neste sábado, 21, no Centro Cultural Midrash, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Rita também voltará em breve à televisão interpretando a versão feminina de Agustinho Carrara, em A Grande Família. A atriz ainda participa do filme Até Que A Sorte Nos Separe, que deve estrear nos cinemas em 2013.