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José Mayer estreia musical em São Paulo

Ao lado de Soraya Ravenle e da sua filha, Julia Fajardo, José Mayer leva o musical ‘Um Violinista no Telhado’ – sucesso em temporada carioca – para São Paulo

Redação Publicado em 02/03/2012, às 20h46 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h22

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José Mayer na peça 'Um Violinista no Telhado' - Orlando Oliveira/AgNews
José Mayer na peça 'Um Violinista no Telhado' - Orlando Oliveira/AgNews

Quarenta e três atores, 160 figurinos e 17 músicos. Esses são os números do musical Um Violinista no Telhado, protagonizado por José Mayer(62) e Soraya Ravenle (48), que vai estrear em São Paulo no dia 16 de março, depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, com mais de 85 mil espectadores.

“Tinha vontade de fazer musical. Claudio Botelho, Charles Möeller (produtores) e eu já flertávamos com isso há cerca de três anos. Estou feliz de estar aqui nesta família musical, aprendendo com toda essa equipe que tem muito esmero. Mas entrei em pânico quando aceitei o papel. Pedi para colocar um isopor no estúdio que tenho em casa para ficar ensaiando”, disse Mayer durante coletiva de imprensa da peça, que se passa na Rússia czarista.

Pai de cinco filhas, Tevye (personagem de Mayer) é o leiteiro de um vilarejo judeu.  Sempre em conflito para sobreviver e honrar as tradições religiosas, ele enfrenta problemas tanto dentro – as filhas se rebelam contra os casamentos arranjados – quanto fora de casa, em uma época em que ataques russos expulsariam milhões de judeus da região.

A montagem do musical em São Paulo ganhou atores paulistas e a participação de Julia Fajardo (27), filha de Mayer com a atriz Vera Fajardo (59). “Apenas ensaiamos juntos, já que ainda não estreamos. Me abrigo na sacralidade da relação que a paternidade cria e que os atores têm neste ofício. Vejo a Júlia como uma colega e esse momento no palco nos protege. Ela é uma atriz e está aqui comigo, precisamos respeitar o espaço do ator”, explica.

Júlia, por sua vez, se diz muito feliz de atuar ao lado do pai. “Estou felicíssima, nunca tinha trabalhado com ele e queremos trabalhar eu, meu pai e minha mãe, os três juntos. Tudo rolou de forma inesperada e estamos aqui", relembra a jovem atriz, que entrou no lugar de Júlia Bernat (22), filha de Soraya, que interpretou Chava na temporada carioca.

“Sou judia e, pra mim, fazer esse musical foi especial. Foi um mergulho na minha ancestralidade. Durante os ensaios, relembrei de coisas que aconteciam na minha família. Pela primeira vez, pude utilizar esse meu passado em um trabalho. E, como toda mãe judia, só não apertei as bochechas da Júlia porque ela não deixa. Trabalhar com a minha filha foi interessante, a gente estabeleceu uma distância positiva e conversávamos sobre nossa origem”, explicou a atriz, que aprovou a escolha de Júlia Fajardo para substituir sua filha.

“As duas são sérias, profundas, inteligentes. Charles e Claudio trocaram seis por meia dúzia (risos) e o Zé vai ver como é a experiência de se trabalhar com uma filha. No dia da estreia no Rio, antes de começar a peça, fui dar um beijo nela e comecei a soluçar”, completou Soraya, que interpreta a personagem Goulda, mulher de Tevye.

“Em nenhum momento, vi esses dois atores fazendo diferença entre suas filhas e os outros atores. Na peça, eles são pais de cinco filhas e estão entregues como intérpretes”, revelou o produtor Charles Möeller.

O lado cantor do galã
José Mayer, que é conhecido do grande público por seus papeis de homens sedutores nas novelas da Rede Globo, surpreende cantando neste musical.

Pianista, ele nunca havia atuado em uma peça musical, apenas cantado no espetáculo Um Boêmio no Céu (2007), segundo ele, “na tentativa de que alguém me visse”.

Para Mayer, estar no elenco de um musical é uma honra. “O principal de se fazer um musical é trabalhar muito e repetir. O grande truque é que, quem canta, não deve ter vaidade. Quando é personagem e não o ator que canta, você alcança o coração do telespectador”, disse o ator, que faz aulas de canto há cerca de três anos.

Um Violinista no Telhado, baseado nos tradicionais contos judaicos de Sholom Aleichem, estreou na Broadway em 1964.

O espetáculo fica em cartaz no Teatro Alfa, em São Paulo, até 15 de julho.