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Camilla Camargo: "Sempre tive vergonha de cantar na frente do meu pai"

Aos 30 anos, ela fala sobre amor, carreira, sonhos e não descarta uma parceria com a irmã, Wanessa

CARAS Digital Publicado em 03/11/2015, às 12h44 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Camilla Camargo - Carlo Locatelli/Divulgação
Camilla Camargo - Carlo Locatelli/Divulgação

A chegada dos 30 anos foi recebida sem crise por Camilla Camargo. Pudera: ela acaba de encerrar a bem-sucedida temporada da peça Caros Ouvintes, na qual interpreta uma cantora decadente, e encara uma personagem densa com direito a cenas de sexo e drogas ao lado de Caio Castro no filme Travessia - que estreou na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e chegará aos cinemas em 2016.

A vida amorosa também vai bem. Apaixonada, ela conta que prefere a discrição no namoro, mas não poupa elogios ao eleito. "Ele é incrível, me apoia, me ajuda em tudo, é muito especial", declara.

Em bate-papo com CARAS Digital a atriz conta o que mudou com a nova idade, confessa que tem vergonha de cantar na frente do pai, Zezé Di Camargo, e da irmã, Wanessa, mas não descarta algum projeto em família. "Quem sabe no futuro?".

Confira!

- Vamos começar falando sobre Caros Ouvintes. Qual a sua avaliação sobre a peça?
Foi uma oportunidade muito bacana, fiquei muito feliz porque sou formada em Rádio e TV e foi a primeira vez que consegui juntar minha formação acadêmica com teatro. Retomei alguns livros que tinha lido, foi muito gostoso fazer essa junção. Minha personagem é uma cantora de rádio, desquitada, que bebe e fuma. Isso era super mal visto na época. É gostoso fazer uma mulher muito distante de mim. Sem contar que são atores incríveis, pude aprender demais com cada um ali. 

- O que você tem em comum com a Leonor?
Temos em comum a questão de ser uma mulher idependente, que corre atrás, trabalha. Ela tem o sonho dela, ama o que  faz. O mundo está caindo lá fora, mas ela está firme e forte fazendo o trabalho dela. É muito determinada independente do que aconteça, me identifico com isso.

- Você encontra dificuldades na profissão?
Por questão de ser mulher, não. A gente sabe que no começo ser atriz não era uma coisa bem vista, mas isso mudou. Na minha profissão as coisas são bem iguais. Não sinto uma cobrança maior em relação a isso. Eu tenho 30 anos, por mais que eu já faça teatro há mais de 10 anos, o que existe é a cobrança interna de querer evoluir.

- Falando nisso, você completou 30 anos em outubro, bateu a famosa 'crise dos 30'?
Olha, para mim só foi a idade mesmo que mudou, porque de resto está tudo igualzinho. As pessoas lidam de uma forma diferente, existem brincadeiras do tipo "vai ter que casar". Mas é gostoso, é uma idade bonita da mulher. Quanto mais os anos vão passando mais coisas a gente vai querendo realizar. O tempo é menor para essas coisas. Mulher tem a questão física, se quer ser mãe, por exemplo, tem que escutar o tempo do corpo também. Mas tudo tem o tempo certo, não sou uma pessoa ansiosa. Sei que as coisas são conquistadas degrau por degrau, não me cobro muito não. Acho que estou no caminho certo. Minhas coisas estão acontecendo em um tempo bacana.

- Vi em um programa de TV que você tem vergonha de cantar na frente do seu pai. Por quê?
Desde nova tenho muita vergonha de cantar. Quando passei para meu primeiro musical, em 2005, as pessoas foram me convencendo de que eu podia. Sempre tive vergonha de cantar na frente do meu pai e da minha irmã, até por admirá-los muito profissionalmente. A cobrança não é nem deles, é minha mesma. Mas converso muito com eles em relação a profissão como um todo.

- Por ser de uma família de artistas, é mais fácil lidar com a exposição como a publicação de boatos ou notícias negativas, por exemplo?
Sempre lidei muito com a exposição da minha família. Como eu cresci com isso, a gente acaba se acostumando, não se afeta como uma pessoa que começou agora. Existem criticas incríveis e maldades que temos que deixar de lado, senão a gente não vive. O importante é ver cada um bem, fazendo o que gosta, indo de acordo com o coração. Quando a gente respeita aquilo que realmente gosta de fazer, metade da batalha profissional é ganha. Problema todo mundo tem em todas as profissões. Se você ama aquilo que você faz, fica muito mais fácil.

- Já pensou em cantar com a Wanessa?
Tem pedidos dos fãs para fazermos alguma coisa juntas, mas nunca falamos sobre isso. Quem sabe no futuro?

- Você está namorando?
Estou, mas não exponho ele, nunca falei nem o nome. Ele é super tímido, reservado. Uma hora não vai ter jeito, vai ter foto, não vou esconder. Eu vou no tempo dele, respeito sua privacidade. Mas não deixo de sair, não deixo de ir a algum lugar. Estou apaixonada. Ele é incrível, me apoia, me ajuda em tudo, é muito especial.

- Você fez cenas de sexo no filme Travessia, fica tímida em imaginar as pessoas assistindo?
Não parei para pensar nisso. Essa cena é só um pedaço do filme, tem tanta cena forte. Estou tão feliz de poder contar essa história, isso não me deixa encabulada. Tem atores tão incríveis. Estou ansiosa para que as pessoas vejam. É um filme muito bonito, mais de interpretação de reação do que de texto, que você você faz meio mexida, sabe? Eu digo que foi um presente. 

- O que você ainda sonha em fazer?
Fiz pouca coisa ainda no cinema. Tem tanta coisa que quero fazer... personagens de época para voltar no tempo ou algum totalmente o oposto de mim. Acho que todo ator tem vontade de fazer um vilão. Também gostaria de fazer alguém com algum tipo de distúrbio. 

- Quais os próximos projetos?
Talvez a peça Caros Ouvintes continue ano que vem em outras cidades. Tem também um projeto meu de uma peça que quero produzir, se chama Quarto 77 e se passa em um quarto de hotel. É do Leonardo Alkmim e terá direção do Roberto Lage. Estou correndo atrás, esperando sair aprovação da lei para poder produzir no ano que vem e levar para o Rio.