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Revista / Agora é Moda

O OURO DE MAURREN MAGGI: SOPHIA

Ela diz na ilha como virou campeã olímpica com apoio da filha

Redação Publicado em 23/04/2009, às 15h47 - Atualizado em 03/05/2009, às 12h29

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Na piscina, Maurren, medalha de ouro no salto em distância em Pequim, se emociona com o beijo da menina. - LEANDRO PIMENTEL
Na piscina, Maurren, medalha de ouro no salto em distância em Pequim, se emociona com o beijo da menina. - LEANDRO PIMENTEL
Como no esporte, Maurren Maggi (32) também enfrenta com precisão os obstáculos em sua vida. Medalha de ouro no salto em distância nas Olimpíadas de Pequim, em 2008 - a primeira de uma mulher brasileira em um esporte individual - ela não vibra só com as conquistas, mas também com as superações. Na Ilha de CARAS, ao lado do que considera seu maior troféu, a filha, Sophia (4), da relação com o piloto de Stock Car Antônio Pizzonia (28), de quem se separou em 2006, ela não esconde a emoção diante de seus triunfos. A menina nasceu no período em que Maurren ficou afastada das pistas, cerca de três anos, por acusação do uso de doping, em 2003. "Achei que não suportaria. Por outro lado, foi uma bênção já que Sophia só nasceu porque tive que parar. Parece coisa do destino", acredita, orgulhosa da simpatia da menina. "Ela é minha maior torcedora. Vibra com os saltos e até quando erro, aplaude", conta Maurren. Com o apoio da herdeira, a atleta vem se dedicando integralmente aos treinos. A partir de maio, participa de torneios internacionais no Qatar e no Brasil. Em agosto, estará no Mundial de Atletismo, na Alemanha. E o maior desafio será defender seu título olímpico nos jogos de Londres, em 2012. "Agora é mais fácil, sei como chegar, o que pensar na hora. Se estiver bem preparada, com a cabeça no lugar, será difícil alguém chegar mais longe do que eu", afirma. - Em que se apegou para superar os momentos difíceis? - Sou católica. Só retornei ao atletismo porque tive fé. Agradeço a Deus por tudo de bom que me aconteceu e tento tirar lições das coisas ruins. Quando fui afastada do atletismo, foi muito difícil. Mas tive a grande surpresa da minha vida, o nascimento da Sophia. - O que ela significa? - É tudo. Está na fase de trocar ideias, de igual para igual (risos). E puxou a mim, tem personalidade forte. Mas acho isso bom. Ninguém tira vantagem dela. É também companheira, participa do dia-a-dia na pista. Brinca na caixa de areia, virou mascote do grupo. - Como são os seus treinos? - Exige dedicação e determinação 100%. Já pensei e acho que sei quando parar. Quero brigar pela medalha nas Olimpíadas de Londres e fazer minha despedida lá. Mas minha técnica fica brava, diz que posso ir mais longe ainda. Mas quando parar, continuarei trabalhando com atletismo. É uma paixão sem sinais de terminar. - Vaidade tem lugar na pista? - Na realidade, fui pega no doping por causa da vaidade, ao usar uma pomada depilatória. Por ser atleta, a mulher perde um pouco da feminilidade. Por isso estou sempre preocupada com a beleza. Não entro na pista sem lápis e gloss. Nada de cara lavada. - E como está seu coração? - Sou uma pessoa que se entrega aos amores. Quando gosto, gosto mesmo. Terminei há um mês um relacionamento e estou solteira. Minha prioridade agora é o esporte. Mas é uma fase difícil, de dedicação aos treinos. É complicado encontrar alguém que me acompanhe e entenda isso. Mas sei ficar bem sozinha. Conquistei tudo que tenho sem estar com um companheiro. Então, para ficar comigo, precisa ser especial. Isso não quer dizer que eu não saia de casa. Eu me divirto, dou beijo na boca...