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Revista / Moda

MET Gala: moda e toda a sua magnitude

Com soirée cancelada em 2020, museu mantém exposição fashion

Tainá Goulart Publicado em 15/05/2020, às 15h43 - Atualizado às 17h02

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Em 2015, Jennifer Lopez, de Versace; em 1999, Gwyneth Paltrow; em 2003, Nicole Kidman, de Gucci e em 1981, Bianca Jagger - Getty Images
Em 2015, Jennifer Lopez, de Versace; em 1999, Gwyneth Paltrow; em 2003, Nicole Kidman, de Gucci e em 1981, Bianca Jagger - Getty Images

Dos primeiros ingressos, que custavam cerca de 50 dólares para um pequeno jantar, ao apogeu, com o título de um dos maiores eventos de moda do mundo e com o preço de 30000 dólares cada convite, o baile do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, o MET Gala, também cedeu ao distanciamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. Porém, a influência da solenidade, criada em 1948 e, atualmente, realizada dentro da própria instituição, em Nova York, é tanta que os convidados ilustres fizeram questão de relembrar seus looks icônicos e dos momentos na escadaria do museu. A estilista Donatella Versace (65), cujas criações já vestiram inúmeras estrelas do entretenimento, ressaltou a importância do baile para arrecadar fundos para o Instituto de Figurinos do museu. “São momentos mágicos que passamos durante essas noites do baile”, escreveu ela, que já desenhou para a cantora Jennifer Lopez (50), Katy Perry (35), Lupita Nyong’o (37) e Naomi Campbell (49).

Sempre realizado na primeira segunda-feira do mês de maio, o MET Gala teria como anfitriãs Emma Stone (31) e Meryl Streep (70), ao lado da jornalista Anna Wintour (70), grande organizadora da festa. O estilista Nicolas Ghesquière (49), diretor artístico da grife francesa Louis Vuitton, também integraria o time. Quanto ao tema, o qual guia a exposição aberta com o baile e, claro, os looks da lista de vips, a concepção estava toda voltada para uma viagem pela história da moda, com reinvenções, fragmentações e seus impactos sociais. “Sobre o Tempo: A Moda e a Duração é o nome da exibição. Tudo começou com a celebração dos 150 anos do museu. Foi um processo de olhar para as obras que pertencem ao MET e fazer uma análise completa. Afinal, a moda é, basicamente, a cultura do tempo”, disse Andrew Bolton (53), curador-chefe do instituto. Devido ao surto, a abertura da mostra deve ser em outubro.

Assim como a fala do curador, muita história passou pelo tapete vermelho da gala, desde nobres como a princesa Diana (1961–1997), em 1996, até produções excêntricas, especialmente na última edição, cujo tema foi Camp: Notes on Fashion, baseado no ensaio de 1964 da escritora e ativista Susan Sontag (1933–2004). Entre elas, a do cantor Jared Leto (48), que chegou segurando uma réplica da sua própria cabeça, passando pelo ator Ezra Miller (27), com diversos olhos maquiados em seu rosto, chegando a Lady Gaga (34), anfitriã da noite com quatro looks, todos vestidos como se ela fosse uma boneca russa. “Eu tenho uma alma Camp. Isso é um fato! Lembrei-me da minha infância, como se todo o baile fosse um poema e eu estivesse contando toda essa história por meio das minhas roupas naquela escadaria”, revelou Gaga, na época. Até pedido de casamento já aconteceu, como em 2004, quando Donald Trump (73), atual presidente dos EUA, decidiu pelo enlace com a mulher, Melania (50).

Outros ícones da música também são figuras centrais na trajetória da soirée, como Cher (73), Céline Dion (52), Diana Ross (76), Rihanna (32), Cardi B (27) e Madonna (61). Aliás, a dona do hit Like a Virgin fez até um protesto em 2016, com um vestido que deixava partes do seu corpo quase à mostra. “Nós sempre lutamos pelos direitos civis dos homossexuais no mundo inteiro, mas quando se trata dos direitos das mulheres, nós ainda estamos no escuro. Meu vestido no MET foi um protesto sobre isso, porém, de um jeito artístico”, disse ela nas redes sociais. As modelos brasileiras representaram muito bem o País, com produções elegantes. A top Gisele Bündchen (39) teve seu début em 2003 e, desde então, empolga os olhares do público ao redor. Em 2017, ela e o marido, o jogador de futebol americano Tom Brady (42), foram anfitriões da noite, cujo tema foi o trabalho conceitual da grife Comme des Garçons, fundada pela estilista japonesa Rei Kawakubo (77). Além de Gisele, as modelos Caroline Trentini (32), Adriana Lima (38), Alessandra Ambrosio (39) e a influenciadora Camila Coelho (32) já passaram pelo famoso tapete vermelho nova-iorquino.

Mesmo que a 72ª edição tenha sido cancelada, o MET Gala continua com sua arrecadação de fundos. “São tempos de luto e reclusão. Porém, tenho aprendido que o senso de comunidade é essencial para evoluirmos. A indústria da moda e toda sua força de trabalho foi atingida por esta pandemia. Por isso, peço o apoio de todos para mantermos os mais necessitados”, revelou Wintour, que criou um fundo de doação, em uma live no dia em que seria realizado o baile neste ano.