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Revista / Saúde

Fique atento aos possíveis sinais do câncer de pele

Mais uma edição do Dezembro Laranja chega para ensinar as melhores práticas de prevenção.

Redação Publicado em 06/12/2019, às 13h45

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Dezembro laranja alerta população sobre os sinais de câncer de pele. - Paulo de Deuz
Dezembro laranja alerta população sobre os sinais de câncer de pele. - Paulo de Deuz

O verão está chegando e todos querem aproveitar os dias de sol, mas muitos não se lembram de fazer isso com segurança. Pensando nisso, o Dezembro Laranja — campanha criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) — entra em ação para alertar a população sobre os sinais do câncer de pele. O objetivo é reduzir o número de casos, que chegam a 180 mil por ano no Brasil com base em dados do Instituto Nacional do Câncer.

De acordo com Sérgio Palma, Presidente da SBD e Membro da Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Federal de Medicina, o principal fator que leva a este câncer é a exposição excessiva ao sol e a falta de proteção contra os raios ultravioleta. “O carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC) são as formas mais comuns do câncer de pele e têm 90% de chance de cura se forem identificados rapidamente. O melanoma é mais agressivo e sua taxa de ocorrência é menor, porém ele pode se espalhar para outros órgãos caso seja detectado tardiamente”, comenta o especialista.

Para ajudar a identificar os sinais do melanoma, siga o critério “ABCDE”. A letra “A” é de assimetria, ou seja, quando metade de uma pinta não é semelhante à outra. “B” é de borda irregular e alerta para bordas que não são regulares. O “C” é para a cor, quando há presença de diferentes tons escuros, castanhos a negro, na mesma pinta. O diâmetro é a letra “D” e deve-se prestar atenção se for maior que seis milímetros. A letra “E” é de evolução, alertando para mudanças anormais em pouco tempo. Faça o autoexame em casa usando esse critério com a ajuda de um espelho ou de parentes e amigos, mas é importante ir ao dermatologista regularmente.

A prevenção deve começar na infância, pois os efeitos da radiação solar são acumulados ao longo da vida e causam envelhecimento e outras alterações da pele. “Esses fatores podem levar ao câncer de pele — que é o crescimento anormal de uma célula na camada da epiderme. Assim, os cuidados com o sol devem abranger todas as faixas etárias, incluindo os bebês, que podem usar protetor solar específico a partir dos seis meses de idade”, explica Sérgio

Hoje, há roupas que protegem contra os raios ultravioleta que podem ajudar muito. Usar óculos escuros com filtro UV é recomendado, pois a região dos olhos não deve ser esquecida. O protetor solar com FPS 30 ou maior deve ser aplicado uniformemente, inclusive nas áreas como nuca, face, ombros, mãos e pés. Além disso, ele deve proteger contra os raios UVA e UVB e ser reaplicado se houver transpiração excessiva ou se entrar na água. Para os lábios, o protetor labial ou um batom com filtro solar é essencial.

O principal tratamento do câncer de pele é a cirurgia, mas há outras formas, como a quimioterapia, a radioterapia, imunoterapia, medicamentos de uso tópico e a terapia fotodinâmica, que usa cremes junto a uma luz específica para destruir as células cancerosas. “Mesmo após a cura, é preciso manter uma rotina de cuidados e consultar o dermatologista ao menos uma vez por ano”, alerta o presidente da SBD.

Com a devida proteção, a luz solar pode ser benéfica para a saúde, ajudando na produção da vitamina D e regulando o nosso relógio biológico. Sabendo aproveitar o que sol tem de melhor, não há motivo para deixar de curtir bons dias ao ar livre o ano inteiro.