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Cleo Pires revela seus mistérios na Capadócia

Surpreendente, mas com humor, Cleo Pires diz que foge dos padrões, é esquisita e tem lado masculino forte

Redação Publicado em 11/09/2012, às 13h36 - Atualizado em 12/09/2012, às 00h32

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Em um intervalo das gravações de Salve Jorge, próxima novela das 9 da Globo... - João Miguel
Em um intervalo das gravações de Salve Jorge, próxima novela das 9 da Globo... - João Miguel

A atriz Cleo Pires (29) admite, rindo, que é “um tanto esquisita.” Enigmática, calada, introspectiva, sabe que há uma aura de mistério em torno dela. E tudo isso fica ainda mais evidente em passeio pela Capadócia, com suas formações geológicas únicas que remetem à paisagem lunar. Na Turquia, onde grava cenas de Salve Jorge, trama global das 9 que estreia em outubro, sentiu-se confortável para mostrar-se de verdade. Apesar da voz suave, assume a personalidade forte, inquieta e até exibicionista. E, mais surpreendente, diz que seu lado masculino é dominante. “Agora, às vésperas dos 30 anos, sou quase um rapaz”, diverte-se mais uma vez Cleo, que faz aniversário dia 2 de outubro. O fascínio pelo universo dos homens começou cedo. A filha de Gloria Pires (49) com o cantor Fábio Jr. (58) lembra que na infância começou a colecionar maçaricos, lanternas e armas brancas por influência de um primo. “Fujo dos padrões. Mas não me importo com a imagem que criam de mim”, avisa ela, que está casada com o empresário João Vicente de Castro (28). “O importante é a troca de energia entre duas pessoas. Vivo isso”, celebra.

– De quem herdou esse lado mais audacioso e surpreendente?

– Acho que do meu pai Orlando Morais. Ele é muito revolucionário, faz o que acha certo.

– Como é a relação de vocês?

– Ele é muito presente na minha vida. Ama dar orientações. (risos) Faz de tudo para saber das minhas coisas, mas não conto. (risos) Não gosto de seguir conselhos...

– Você tem uma relação muito forte com o Orlando. Isso incomoda Fábio, seu pai biológico?

– Talvez. Ele é muito ciumento. Mas me respeita. Isso nunca foi um assunto entre nós dois. 

– Lembra da primeira vez que chamou o Orlando de pai?

– Foi depois de velha, quando eles (Gloria e Orlando) começaram a ter um filho atrás do outro e chamá-lo de papai virou coisa comum em casa. Acabei acostumando. Antes, o chamava de Lando

– Por ser mais fechada, deve ter poucos amigos...

– É verdade. Não sou de galera. Tenho um lado dark muito forte, em minutos curto uma deprê. Sou intensa, choro muito. Tem momentos que a porta do inferno se abre e quero ficar sozinha. (risos)

– E as pessoas mais próximas entendem isso?

– Não sacam, mas explico: ‘Por favor, me deixem em paz.’ (risos) E todos acabam me respeitando.

– Há um peso em ser famosa?

– Me acostumei. Sou reservada, mas, ao mesmo tempo, superexibicionista, adoro atenção. Até com pessoas mais próximas sou assim.

– Após nove anos de carreira, você desvinculou sua imagem da de sua mãe. Isso foi uma preocupação?

– Nos últimos tempos, os mais velhos me chamam de Gloria Pires na rua. Alexandre Nero, que trabalha comigo em Salve Jorge, chegou a presenciar uma cena assim e morreu de rir. Mas se isso fosse uma preocupação, não teria escolhido esse sobrenome profissional. Até pensei em usar Navega, do meu tio, acho lindo. Mas quis homenagear minha mãe, ela é genial. 

– O que mais destaca nela?

– Os cinco anos em que ela ficou solteira, antes de casar com meu pai Orlando, foram duros. Éramos sempre as duas. Por isso nunca me preocupei em não ser ‘linkada’ com a minha mãe, um exemplo na minha vida. Mas é claro, e não vou negar, qualquer pessoa quer ter sua autonomia, sua identidade e ser reconhecida pelo seu potencial. Não sou diferente. 

– Salve Jorge é a sua terceira novela de Glória Perez, com quem fez Caminho das Índias e América. Sente um carinho especial dela?

– A gente não tem uma relação muito pessoal, mas eu sinto que existe uma conexão não estabelecida verbalmente. Pode ser algo romântico da minha parte.

– Fica ansiosa com a estreia?

– É normal, nunca muda, tem o processo de achar o personagem. Mas, com certeza, quando há pesssoas generosas por perto, fica mais fácil. Com Glória, me sinto segura.

– Por isso ousou no visual?

– Já queria ficar loira. Meus padrões são temporários e tinha a vontade de mudar. O fato é que não consigo ficar muito tempo parada. (risos)

– Você tem um lado místico?

– Sim! Sou muito sensível quanto a isso. Gosto de sentir a energia. Já estudei astrologia cabalística. E nessa viagem me senti muito viva, muito ligada. Parecia que estava meio drogada na Capadócia. (risos) Difícil explicar o motivo...