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Na Turquia, Antonio Calloni conta que vive seu melhor momento aos 50 anos

O ator Antonio Calloni fala dos segredos para chegar bem aos 50 anos e o que mais gosta em seu personagem na novela 'Salve Jorge'

Redação Publicado em 20/11/2012, às 11h54 - Atualizado às 23h59

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Às margens do Bósforo e diante da Fortaleza da Europa, em Istambul, o ator de Salve Jorge brinda à maturidade. - -
Às margens do Bósforo e diante da Fortaleza da Europa, em Istambul, o ator de Salve Jorge brinda à maturidade. - -

O ator Antonio Calloni assume que tentou fugir do lugar-comum para falar sobre a chegada dos 50 anos. Buscou inspiração até nas lindas paisagens da Turquia, onde conseguiu uma brecha na agenda de gravações de Salve Jorge para passear com a mulher, a assessora de imprensa Ilse Rodrigues Garro (51), com quem está casado há 20 anos e tem um filho, Pedro (18). Mas, rindo, ele admite que não conseguiu. “Vivo meu melhor momento pessoal e profissional. É uma frase superclichê, porém, bastante verdadeira. Sinto-me bem melhor hoje do que aos 30, fisicamente, emocionalmente e mentalmente. Tenho mulher e filho maravilhosos, estou em uma novela com enredo e elenco fantásticos, e, além disso, meu corpo ainda não sente os sinais da idade. Realmente, não tenho do que reclamar”, vibra. Para compartilhar as alegrias da maturidade, Calloni pretende lançar no ano que vem o livro 50 Anos Inventados em Dias de Sol e Algumas Poesias, em que narrará histórias reais e fictícias sobre sua trajetória. “Cinco décadas é uma idade emblemática. Por isso, resolvi escrever uma espécie de diário com fatos verídicos e elaborados, entremeando passado e presente. Conto coisas dos trabalhos, falo sobre minha profissão e minha vida. A graça vai ser saber o que é verdade e o que não é”, diverte-se ele, que também atuou no longa Faroeste Caboclo, com lançamento previsto para 2013.

– Qual é o segredo para chegar tão bem aos 50 anos?

– Mantenho uma alimentação equilibrada, rica em peixe, legumes e verduras. Mas há também o prazer de comer bem, só que de maneira moderada. Me alimento de três em três horas e faço exercícios sempre que posso. Ando de bicicleta no mínimo quatro vezes por semana. Aliás, está aí uma coisa que adoro. O negócio é não ficar parado, e o grande barato é extrair tudo o que a maturidade nos traz de bom, ganhar sabedoria e autoconfiança.

– E sobre a Turquia, o que mais o encantou?

– Fiquei bobo como Istambul é uma grande metrópole, como Nova York ou São Paulo. Exala grandiosidade. Só que tem uma coisa muito charmosa e interessante, a preservação da história. Eles conservam o passado através de monumentos, palácios e mesquitas. A memória é muito viva. As palavras que melhor definem o povo turco são vigor e intensidade. São muito calorosos e espirituosos. Também têm senso prático forte. São excelentes negociantes.

– E que outros lugares você destaca no país?

– Fui ao Grande Bazar quase todos os dias. Como faço um comerciante bem fervoroso e ativo na novela, estudo trejeitos para compor o meu personagem. Acho que os grandes mercados resumem bem o estilo de vida e as tradições dos povos. É possível enxergar a essência das pessoas. É das experiências mais fantásticas que vivi.

– Quais foram os lugares preferidos da Ilse e do Pedro?

– Eles piraram na Capadócia, com o passeio de balão. Realmente, é um momento único. 

– Você já disse que adora comer bem e também é um exímio apreciador de vinhos. O que achou dos dois quesitos turcos?

– Adorei o peixe que eles fazem. Tem um tempero especial. E nunca tinha provado o vinho, me surpreendeu. Não são os melhores porque a viticultura, a produção de uva, não é o forte no país. Mas é bastante honesto. O sabor é bem agradável. Aliás, é um dos programas preferidos do elenco quando não está gravando. Todos saem para beber vinho turco e ninguém reclama. Muito pelo contrário, ficam bem felizes. (risos) 

– Seu núcleo em Salve Jorge discute a questão da adoção. Já pensou nisso para sua vida?

– Não é uma coisa que passa pela nossa cabeça. Até porque o Pedro foi superplanejado e desejado. Não imagino outro filho que não seja ele, que preencheu todo o nosso desejo de ter uma criança. Para nós, pais, filhos são para sempre vistos assim. Estamos muito satisfeitos. Agora é só esperar pela chegada dos netos.

– Isso já é falado em casa?

– Sim, mas em um tom leve, de brincadeira, nada sério. Digo que serei um superavô, daqueles que vai estragar horrores a criança e estará a postos para fazer sempre uma boa bagunça.

– O que mais agrada no personagem Mustafa?

– É um cara maravilhoso. Ele ama profundamente a filha. Não deseja que a mulher, personagem da Zezé Polessa, nem a menina, vivida por Dani Moreno, sofram. É generoso, moderno e liberal... Permite que a filha cuide da própria vida, saia à noite... Um homem muito positivo.

– Em O Clone, de 2001, você fez o Mohamed, que levava a criação da filha, papel da Sthefany Brito, com mãos de ferro. Agora, é novamente pai de uma mulher. Daria uma educação diferente da que Pedro recebe caso tivesse uma menina?

– Com certeza, não. Eu seria absolutamente compreensivo e companheiro, mas claro, impondo limites que independem do sexo. É assim que faço com Pedro. Até acho que meninas têm necessidades diferentes dos meninos em alguns aspectos. No entanto, é óbvio, o companheirismo e amor seriam exatamente iguais.