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Aumenta a incidência de câncer na boca e faringe relacionado ao HPV

Redação Publicado em 05/03/2013, às 10h50 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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As pesquisas mostram que aumenta o número de casos de carcinoma espinocelular (CEC) na cavidade oral e região orofaríngea, ou seja, na que vai desde a parte de trás da boca até o início da laringe, relacionados ao papilomavírus humano (HPV). Estudo do Centro de Oncologia do Hospital Johns Hopkins, de Baltimore, no Estado de Maryland, nos Estados Unidos, detectou a presença do HPV, por exemplo, em 25% dos casos de CEC orofaríngeo e aumento desta incidência de infecção pelo vírus nos últimos anos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), de outro lado, estima que aumenta a incidência de câncer na cavidade oral e na laringe no Brasil. Esses tipos de câncer estão entre os 10 mais comuns no País.

Existem vários tipos de HPV, como 6, 11, 16 e 18. Esses vírus são os que mais infectam a pele e as mucosas humanas, principalmente nas áreas genitais e na boca. A maioria causa doenças benignas, como verrugas e condilomas. Mas alguns estão relacionados ao câncer de colo de útero, vulva, ânus e pênis. O HPV-16, enfim, está relacionado ao CEC de orofaringe.

O CEC orofaríngeo pode manifestar-se em qualquer pessoa, mas é mais comum em homens de 60 a 70 anos e em quem apresenta predisposição genética. Os fatores de risco para o surgimento do câncer de cavidade oral e orofaringe incluem tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, higiene bucal inadequada, má alimentação, deficiências nutricionais e infecção pelo HPV, cuja transmissão ocorre por via sexual. Ferimentos crônicos causados por próteses dentárias mal ajustadas também podem evoluir para câncer. A incidência desta doença aumenta também nas mulheres, porque nas últimas décadas elas assumiram muitos hábitos masculinos.

Os sintomas iniciais em geral são: dor de garganta e aftas ou feridas na boca que persistem por mais de 15 dias, ardência e queimação. Outros sintomas, sobretudo nos casos mais avançados, são: sangramento, aparecimento de nódulos no pescoço, emagrecimento e dificuldade para se alimentar, falar e respirar.

O câncer de cavidade oral e de orofaringe pode dar metástase, ou seja, espalhar-se tanto para os gânglios linfáticos do pescoço quanto para órgãos distantes, como pulmões e fígado. Nas situações mais graves e avançadas, frequentemente é fatal.

O ideal, claro, é prevenirse, ou seja, não se expor aos fatores que favorecem o desenvolvimento da doença e fazer visitas de rotina ao dentista e ao médico. Já pessoas com sintomas que persistem por mais de 15 dias devem consultar logo um especialista, que pode ser tanto seu dentista, quanto um clínico geral, um otorrinolaringologista ou, mais comum nas capitais e grandes cidades País afora, um cirurgião de cabeça e pescoço.

Outras alternativas, em especial para aqueles que não têm seguro de saúde, são a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou os departamentos das especialidades citadas nas Faculdades de Medicina Federais ou Estaduais existentes nas capitais e em muitas cidades grandes Brasil afora.

Também o dentista tem papel importante no diagnóstico precoce do câncer de cavidade oral e faringe. Quanto mais rápido for diagnosticado e tratado, maior a chance de cura e menores os riscos de sequelas. Prevenção e rapidez no diagnóstico são fundamentais para a manutenção da vida.