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Revista / Canonizada

1ª santa brasileira: Irmã Dulce

Autoridades do país participam da canonização no Vaticano

Revista CARAS Publicado em 22/10/2019, às 14h28 - Atualizado às 14h33

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Papa é ovacionado ao circular entre fiéis na cerimônia - Getty Images
Papa é ovacionado ao circular entre fiéis na cerimônia - Getty Images

Agora é oficial. Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914–1992), mais conhecida como Irmã Dulce, é a primeira santa brasileira. A canonização reuniu milhares de fiéis na praça São Pedro, no Vaticano, onde o papa Francisco (82) realizou a cerimônia. Uma das religiosas mais populares do País, ela agora passa a se chamar Santa Dulce dos Pobres, por seu trabalho social prestado aos mais necessitados ao longo de sua vida na Bahia. “Em honra da Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e para incremento da vida cristã, com autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, os santos apóstolos Pedro e Paulo, depois de haver refletido longamente, ter invocado a ajuda divina e escutado o parecer de muitos irmãos do episcopado, declaramos e definimos santa a beata Dulce Lopes Pontes”, disse o papa, em latim. O vice-presidente, Hamílton Mourão (66), e sua mulher, Paula Mourão (43), assim como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (49), e demais autoridades, estiveram presentes. “Os que se dedicaram aos pobres fizeram um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo”, completou Francisco, na homilia de canonização.

Antes da cerimônia, a cantora baiana Margareth Menezes (57), o padre Antônio Maria (74) e o sanfoneiro cearense Waldonys (47) tocaram e cantaram no altar a música oficial da canonização.

O primeiro milagre de Santa Dulce dos Pobres reconhecido pela igreja católica foi em 2011, quando ela recuperou uma paciente que teve grave hemorragia pós-parto. Sem intervenção médica, o sangramento parou repentinamente. Na ocasião, ela foi beatificada pelo Vaticano. Mas o segundo milagre, necessário para a canonização, só aconteceu em maio desse ano. O maestro José Maurício Bragança Moreira (51) voltou a enxergar após orar por ela. Outros milagres atribuídos à santa ainda estão sendo analisados pelo Vaticano. Uma graça só é considerada milagre pela Igreja após atender quatro exigências: ser preternatural — a ciência não consegue explicar —, instantâneo — acontecer imediatamente após a oração —, duradouro e perfeito.

A apresentadora Astrid Fontenelle (58) e seu marido, o secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco (40), também acompanharam a cerimônia na Itália. “Foi emocionante, intenso e eu pude viver isso com a minha família. Trazer o Gabriel era como se eu estivesse agradecendo, mais uma vez, ao universo de amor que nos colocou juntos! E, de agora em diante, que Santa Dulce proteja este meu menino baiano”, disse ela, referindo-se ao filho de 11 anos. “A Igreja ficou lotada de baianos na primeira missa de Santa Dulce dos Pobres”, completou.