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Novelas / Bastidores

Pantanal: Conheça Zuleica, a segunda mulher de Tenório

A atriz Aline Borges entrará na novela Pantanal para interpretar a personage Zuleica e conta mais detalhes sobre a segunda esposa de Tenório (Murilo Benício) na história

CARAS Digital Publicado em 10/06/2022, às 14h06

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Zuleica (Aline Borges) e Tenório (Murilo Benício) na novela Pantanal - Foto: Globo / João Miguel Junior
Zuleica (Aline Borges) e Tenório (Murilo Benício) na novela Pantanal - Foto: Globo / João Miguel Junior

A atriz Aline Borges já está na contagem regressiva para suas primeiras cenas no remake da novela Pantanal, da Globo. Ela interpreta Zuleica, que é a segunda esposa de Tenório (Murilo Benício) e mãe de Marcelo (Lucas Leto), Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Cauê Campos). A artista destaca a sororidade de Zuleica com Maria Bruaca (Isabel Teixeira), que é a primeira esposa de Tenório e com quem ele é realmente casado, e também a decisão do autor de abordar temas relacionados ao preconceito. 

As primeiras cenas de Zuleica vão ao ar no capítulo de sábado, 11. 

Saiba mais sobre quem é a personagem Zuleica

A atriz Aline Borges deu mais detalhes sobre a história de Zuleica na novela. "A Zuleica é uma mulher como tantas e tantas mulheres, cheia de conflitos, dualidade permeando a vida dela o tempo todo. É uma mulher íntegra, criou os três filhos praticamente sozinha. Muita coisa vai acontecer ao longo do caminho, no arco dramático dela. Ela é uma mulher muito forte, que reconhece suas dificuldades, seus limites, mas que não entrega o jogo. Segue na resistência", disse ela. 

E completou sobre a relação de Zuleica e Maria Bruaca. "E é bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno não ter ido para o caminho da rivalidade entre essas mulheres. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana", contou. 

Então, a artista contou que o núcleo de sua personagem vai abordar temas sobre racismo e preconceito. "É uma benção ter um dramaturgo como ele [Bruno Luperi], um homem branco que tem esse olhar afinado, apurado para questões raciais, de entendimento para as necessidades de discutir essas questões. Para descontruir a gente precisa discutir, colocar uma lupa para olhar para o racismo, que segue excluindo, oprimindo e matando o povo negro todos os dias. Então, é maravilhoso ter a oportunidade de dar vida à essa personagem, que é uma mulher negra, com uma família preta, numa relação inter-racial, que é até complicado falar sobre isso no Brasil, existe tanto preconceito, tanto julgamento... Acho importante ele ter a coragem e peitar, trazer essa mudança. Porque esse papel foi vivido pela Rosa Maria Murtinho lá atrás, brilhantemente vivido por ela, uma mulher branca. Bruno fazer essa mudança para que a Zuleica seja uma mulher preta e trazer essas questões raciais é de um valor primoroso, muito especial e a gente precisa olhar para isso. Abraçar isso com todas as forças. Não é uma tarefa fácil, mas a gente está caminhando junto. E é lindo observar o quanto o Bruno tem a escuta aberta para essa transformação", declarou. 

Gravações de Aline Borges no Pantanal

Aline Borges também contou sobre os bastidores de sua gravação no Pantanal. "Não conhecia o Pantanal e quando fui na primeira viagem para gravar, tive uma crise de pânico antes do avião decolar, no Rio de Janeiro. Eu nunca havia tido nada parecido. Não entendi bem na hora, mas hoje, olhando o que aconteceu, entendo que não se tratava apenas de estar sozinha, viajando de avião, mas sim de tudo que esse momento significa. Estou dando um grande passo na minha carreira, fazer parte dessa novela é um marco que vai ficar para sempre. Então, entendo que foi um somatório de coisas. O medo desse passo novo, o uso das máscaras, a gente veio de uma pandemia muito traumática, enfim, foram vários fatores. Cheguei a sair do avião, chorei muito lá fora, mas decidi voltar. Olhei pra ele e decidi que seguiria meu caminho. A gente tem medo de crescer na vida, então olhar para esse medo, colocar luz nele, já foi o início da cura. Não é só sobre o medo de andar de avião, mas o medo do novo passo. Isso bate em todos nós, em todo mundo que é humano", afirmou. 

E continuou: "Agora estou aqui (no Pantanal) pela segunda vez e é um lugar que me deixa muito sensível, num bom sentido. Choro ouvindo uma arara, choro vendo um pássaro bebendo água. Onde estou, antes estava cheio, e agora está seco. A gente se conecta com a origem tudo, com a mãe terra, com os animais, a gente silencia a mente e reconstrói nosso olhar pro mundo. Ressignificar tudo. É uma oportunidade imensa, de cura e de expansão de consciência estar no Pantanal"

Família de Zuleica e Tenório na novela Pantanal