RETORNO DE HEBE A SUA QUERIDA PORTUGAL

por Paulo Castro Carvalho Apaixonada por viagens, Hebe Camargo (78) este ano já esteve em Nova York, Paris e, agora, em Portugal, um de seus destinos favoritos. Durante a visita de quatro dias, a convite da Companhia Real Portuguesa e do restaurante paulistano A Bela Sintra, ela entrevistou d. Duarte de Orleans e Bragança (61), chefe da Casa Real Portuguesa, para seu programa no SBT, e passeou por Azeitão, Fátima, Porto, e o Douro, onde adorou a Quinta das Carvalhas e o Palácio de Cidrô, local de sua hospedagem. Lá, ela falou à CARAS. - Há dois anos não visitava Portugal. O que achou desta vez? - Conhecia Lisboa e agora me deslumbrei com o Porto, que não conhecia bem. A ponte d. Luís é uma obra extraordinária. Venho pela paixão que tenho pelo país e pelos amigos que tenho aqui. - Gostou da região do Douro? - Falamos da beleza do Rio de Janeiro, criação de Deus. Aqui, com os vinhedos feitos pelo homem, fiquei sem fôlego em ver como isso parece obra da natureza. E tudo entre montanhas incríveis. Também amo a comida, os vinhos. Aliás, nunca bebi tanto quanto dessa vez. Quero ser porta-voz no Brasil dos vinhos do Porto. Provei todos e sei o que tomei. (risos) - E de novo foi à Fátima... - Não viajo sem as N.S. de Fátima e Aparecida na bolsa. Tenho fé absoluta nelas. Hoje não peço nada para mim, só para amigos. E sempre sou atendida. Sou até meio petulante: quando uma pessoa querida está com algum problema, digo: "Sou muito amiga de N.S. de Fátima." (risos) Dessa vez me emocionei tanto que cheguei em frente à imagem e comecei a chorar muito. Sempre tenho a sensação que ela olha nos meus olhos. Agradeci por tudo o que ela tem feito para mim. - O que achou de d. Duarte? - Encantador. Fiquei emocionada por entrevistá-lo e meio constrangida, não sabia como tratá-lo. Mas sua naturalidade me deixou à vontade. Parece que ele vai ao Brasil em julho de 2008, ser homenageado em São Paulo. Quero recebê-lo em casa com honras reais. (risos) - Qual é o seu segredo para manter tanto pique e energia? - Acho que é me emocionar sempre. Quando entro no palco, faço o nome do Pai e fico nervosa como na primeira vez. Se há segredo é este: saber que sou querida e tentar levar alegria ao público. Fico encantada quando quem admiro vai ao programa. Não me sinto apresentadora, mas uma fã. - Quais as próximas viagens? - Esta semana vou a Miami assistir à estréia do show do Roberto Carlos. Depois vou a Nova York e a Nova Jersey, onde entrevistarei Liza Minelli, que atravessa momento difícil, pelos casamentos infelizes. Gosto de estar junto das pessoas nesses períodos, dar força. Em seguida vou passear em Las Vegas. Não jogo, mas acho fantástico o país que tem jogo; gera empregos. O Brasil deveria liberar o jogo. - Costuma aconselhar as suas amigas em crise? - Quando me separei do meu primeiro marido, Décio Capuano, disse: 'Nos separamos numa boa, somos amigos'. E nunca falei mais disso. Digo para as amigas que se separam: 'Anunciou, chega. Não fale mais, mesmo que o ex fale. Não responda, não entre em disputa'. - Aos 78 anos, é feliz? - Sempre fui. Sou bem-sucedida, pé no chão, sei o que quero na vida, seja decidir o que comprar, seja escolher os meus amigos. - Estava em Paris ao perder a amiga Nair Bello. Como ficou? - Nair não se foi, continua aqui. Recebeu homenagens dignas da estrela que ela realmente foi. FOTOS: JOAQUIM NORTE DE SOUSA