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João Emanuel Carneiro responde tudo sobre o sucesso de sua novela, 'Avenida Brasil'

Em entrevista à CARAS Online, João Emanuel Carneiro, o autor de 'Avenida Brasil', fala sobre os temas de sua novela e garante fortes emoções para os próximos capítulos

Laís Barros Martins Publicado em 03/05/2012, às 01h53 - Atualizado em 03/07/2012, às 22h36

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João Emanuel Carneiro - TV Globo / Estevam Avellar
João Emanuel Carneiro - TV Globo / Estevam Avellar

Avenida Brasil já era comentada antes mesmo de estrear. Grande parte da expectativa deve-se ao fato de ser mais um trabalho assinado por João Emanuel Carneiro (42) , que provou ter tido acesso à fórmula do sucesso com Da Cor do Pecado (2004) e A Favorita (2008).

Pode ser que o público tenha gostado de algumas inovações compartilhadas pelo autor, como núcleos mais restritos, tramas mais rápidas e toda uma estética diferente em contraponto às novelas tradicionais que seguem reafirmando figuras e temas tão enraizados no imaginário popular - histórias feitas de mocinhos e vilões. Então, o exercício do autor é se colocar no lugar de seu telespectador: "Procuro escrever novelas que eu gostaria de assistir e procuro atingir todos os tipos de público. Não há uma fórmula ideal, o processo é muito intuitivo. Sempre gostei de tramas enxutas, com personagens suficientes para que eu possa contar as minhas histórias. O público está cada vez mais exigente e entende muito de novela, é preciso se superar a cada trabalho para segurá-lo em frente à TV", comenta.

Também há a característica em suas tramas de os grandes mistérios serem revelados muito antes do último capítulo e a introdução de novas histórias igualmente instigantes nos capítulos mais "ordinários": "Gosto de ganchos e procuro evitar as chamadas 'barrigas'”, afirmando em seguida: "Muita coisa ainda acontecerá na relação de Nina e Carminha, e posso garantir que virão fortes emoções daí".

João Emanuel revela uma preocupação em explorar temas próximos de seu público e aborda nesta novela o futebol, "um esporte altamente popular, o brasileiro ama. Está no nosso sangue, então procurei entender um pouco mais este universo". O mesmo aconteceu com a decisão de trazer o Kuduro para a abertura de Avenida Brasil: "Na minha opinião, é um ritmo atualíssimo, tem um forte apelo popular e tem uma 'marca' inconfundível. Essas características são imprescindíveis para uma música ser escolhida como abertura de uma novela".

A música também funciona como comentário das ações de suas vilãs - o tango dá o tom para o drama: "Em Da Cor do Pecado, tínhamos Gotan Project na trilha e fiquei muito satisfeito com o resultado. Desde então, eu opto pelo tango eletrônico em cenas dramáticas, nas cenas das vilãs, sobretudo", disse.

Outro grande destaque na fase inicial desta novela foi, sem dúvida, a atuação da Mel Maia (8). Como descobrir novos talentos e reconhecer seu potencial? O autor responde que "descobrir novos talentos é uma tarefa difícil, é preciso ter sensibilidade e olhar clínico. Geralmente os diretores têm tudo isso, e o Ricardo Waddington (diretor de núcleo de Avenida Brasil) é um craque nesta tarefa, já lançou vários talentos".