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Noivas / Anuário 2009

Betty Faria

No Castelo, em NY, ela diz como se reinventa

Redação Publicado em 03/11/2009, às 12h10 - Atualizado em 03/10/2019, às 14h36

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Diante da fachada da propriedade em Tarrytown, a atriz alegra-se com um novo desafio: deve anunciar sua ida para o SBT nos próximos dias. - FOTOS: MARTIN GURFEIN AGRADECIMENTOS: ROGERIO FIGUEIREDO
Diante da fachada da propriedade em Tarrytown, a atriz alegra-se com um novo desafio: deve anunciar sua ida para o SBT nos próximos dias. - FOTOS: MARTIN GURFEIN AGRADECIMENTOS: ROGERIO FIGUEIREDO

Com mais de 40 anos de carreira, Betty Faria (68) orgulha-se de sua capacidade de renovação. "A vida proporciona muitos altos e baixos e também dá a chance de se acomodar em um status, é uma tentação. Não sou assim, sou inquieta, rebelde. Gosto de experimentar novas propostas e manter esse sonho de representar", explica ela, no Castelo de CARAS, em NY. E para Betty, os últimos meses vêm sendo de renascimento. Longe das novelas desde Duas Caras, em 2008, a atriz nos próximos dias deve assinar contrato com o SBT para estrelar o remake de Uma Rosa com Amor, do autor Tiago Santiago (46). Há dez anos afastada do teatro, comemora o retorno triunfal aos palcos com a peça Shirley Valentine, em turnê pelo Brasil. "Não sei por que fiquei tanto tempo longe. Shirley tem me dado uma felicidade imensa, me trouxe um público que nunca tive no teatro. Sou tão mimada no Brasil que tenho que levantar as mãos para o céu e agradecer", reconhece a atriz, que, no momento, dirige mesmo seu foco para o campo profissional. Solteira há três anos, ela se diz preenchida pelo trabalho, pela família e pelos amigos. Mas não descarta viver um novo amor. "Estou viva, sujeita a chuvas, trovoadas e beijinhos do planeta", diverte-se Betty, mãe de Alexandra (39), com o ator Claudio Marzo (69), e João (34), com o diretor Daniel Filho (72). - Como avalia seu momento? - É maravilhoso. Estou tão feliz que não posso deixar nenhum tipo de negatividade atrapalhar. Quem tem o prazer de representar sabe muito bem como esse momento é mágico. Isso é que dá vitalidade ao artista, puxa para a vida. - O que mais seduziu no convite apresentado pelo SBT? - É uma boa proposta de trabalho. Já conhecia o texto. Vou ser a grande matriarca, um ótimo papel. O Tiago e o diretor Del Rangel sempre quiseram trabalhar comigo. Nada melhor do que estar com quem aprecia sua atuação. - Por que você permaneceu tanto tempo longe dos palcos? - Aconteceu. Situações da vida. Minha ficha só caiu quando estreei Shirley. A felicidade de atuar com o personagem de que você gosta e acredita é mágico. Digo mais: hoje só faço papéis que me interessam, senão vou achar chato. Tenho credibilidade com os fãs, sabem que não minto. Daqui a dois anos ainda pretendo estrelar um musical. Estou negociando os direitos e vou me dar de presente. - Você é uma atriz de quase 70 anos e muito vigor... - Eu pareço criança. Cada pessoa tem seu jeito de levar a vida. Tenho espírito libertário. Na juventude, nunca deixei qualquer religião ou dogma influir na minha rotina. Não acredito em punição. Sou rebelde, roqueira, sempre soube envelhecer mantendo meu estilo rock. Não tenho mau humor e sim alegria de viver. Sou budista desde 1992, mas levei um tempo para assumir. O que me agrada é a filosofia da causa e do efeito. Você é o que pratica. E minha preocupação é ser uma pessoa do bem. - Os seus dois filhos herdaram a rebeldia? - Meu pai era general do Exército e fui educada de uma forma bem rígida. Consegui dar um equilíbrio na criação da Alexandra e do João, que são duas pessoas muito legais e conscientes. - Consegue lidar bem com essa passagem do tempo? - Eu negociei isso muito bem (risos). Hoje eu olho e falo: puxa, era bonitinha e não sabia. Me preparei. Com minha idade, tenho o corpo que queria ter com 30 anos. Não existe neurose, obsessão. Foi degrau por degrau, fui fazendo aniversários e vivendo. Não deixei de fazer as coisas que a vida me apresentou, as boas, as ótimas, as ruins. Tenho alimentação saudável e sempre fiz exercício, tenho o peso de dez anos atrás, 58 quilos. - Você não sente falta de ter um companheiro? - Não aconteceu e não estou procurando. Mas sei que, de repente, pode aparecer alguém que vai me fazer virar de cabeça para baixo... a gente nunca sabe. - O que achou da viagem? - Não vinha a New York desde 2000. Eu amo esse lugar, tem tudo de que eu gosto: exposições, shows, peças, filmes, gente de todos os tipos.