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Música / nova fase

Karin Hils celebra a chegada dos 40 anos e revela planos após fim do Rouge

Em entrevista exclusiva, a artista falou sobre os desafios da carreira de atriz e o fim da girl-band

Mariana Millan Publicado em 07/02/2019, às 14h02 - Atualizado em 08/02/2019, às 10h11

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Karin Hils - Reprodução Instagram
Karin Hils - Reprodução Instagram

Karin Hils assopra as velinhas de 40 anos nesta quinta-feira, 7. Para celebrar, a cantora embarcou na última semana para Curaçao, no Caribe. 

O mar de águas cristalinas e as paisagens paradisíacas afloraram a reflexão da artista sobre a nova fase de sua vida. "Já rolou vários momentos de crise. Acho que eu ainda não tenho maturidade de 40", afirmou ela, em entrevista exclusiva para a CARAS Digital.

"Existe um relógio biológico, uma pressão da sociedade e família porque eu não sou casada, não tenho filho. Às vezes me incomoda, eu não sou igual a todo mundo, cada um tem sem tempo. Acho que deve ser algo natural, tenho pensado em formar uma família, mas ao mesmo tempo penso que tenho muita coisa para conquistar ainda, quero ter uma vida mais estável artisticamente. Não sei se dá para conciliar, estou um pouco dividida. Essa é a crise dos 40", completou. 

A nova idade, além de trazer amadurecimento para Karin, também lhe proporcionou a realização de diversos sonhos. "Eu fui além do que eu podia imaginar. Eu não almejava tudo isso, mas hoje almejo muito mais. Foram tantas conquistas e vivências. Eu olho para trás e falo: ‘parabéns para mim’", brincou ela, que apontou o encontro com Whoopi Goldberg como um dos pontos auges da vida. "Ela está em outro patamar. O musical Mudança de Hábito (inspirado no filme) foi o trabalho mais marcante da minha carreira. Foi onde eu tive consciência da minha missão nessa terra: eu quero fazer as pessoas felizes. Quero compartilhar o presente que eu recebi na vida, meu dom de cantar e ser artista". 

Além de integrar a banda Rouge e atuar em peças e musicais no teatro, Karin já mostrou seu talento na TV e atuou na novelas Carinho de Anjo e Aquele Beijo, e nas séries Sexo e as Negas e Pé na Cova. Para 2019, ela almeja mais espaço como intérprete: "Já tenho projetos, mas por enquanto não posso adiantar nada. Estou louca para falar, mas acho melhor guardar para quando estiver tudo assinado (risos)", revelou.

O padrinho e grande incentivador da carreira de atriz, segundo ela, foi Miguel Falabella."Eu não tenho estudo, eu aprendi fazendo. O Miguel foi meu anjo da guarda. Ele acreditou em mim e criou histórias para que eu pudesse atuar. Ele é essa pessoa que ensina a gente a ser generoso com o outro. Ele me colocou como protagonista de um série da TV Globo (Sexo e as Nega). Eu não sei explicar o amor que sinto por ele, é muito grande, de outras vidas", afirmou. 

Os fãs que admiram a voz de Karin não precisam se desesperar! Nesse novo ano, eles também a verão nos palcos, cantando. "Eu quero investir na música. Quero lançar um álbum solo e nesse momento estou trabalhando para isso. Acredito que eu esteja devendo isso para mim, como cantora. Todo esse tempo eu percebi que estava perdida em relação a minha identidade musical. No trabalho que eu pretendo desenvolver, eu quero mostrar quem é a Karin Hils cantora. Eu até hoje, nunca fiz nada meu", desabafou.

E por falar em música, não tem como não citarmos o Rouge, que revelou o talento da artista, em 2002. Para Karin, a girl band brasileira, formada por ela, Aline Wirley, Fantine Thó, Li Martins Lu Andrade, será para sempre um marco em sua história, mas não é a única coisa que lhe define.  "Com o Rouge, eu consegui ver o quanto eu amadureci como artista e como pessoa. Voltei ao grupo com toda uma bagagem. Nesse meio tempo, fora do grupo, eu fiz teatro, musical, televisão. Ouço comentários maldosos, que me entristecem, afirmando que nós só voltamos, em 2017, porque o dinheiro acabou. É assim que as pessoas nos enxergam? Verdade seja dita, eu consegui muito mais conquistas financeiras fora do Rouge. Eu consegui ter uma vida muito boa, estável, consegui comprar uma casa no Rio de Janeiro. Coisa que, infelizmente, a banda não me proporcionou, essa é a verdade!", revelou ela. 

Sem papas na língua, a carioca ainda colocou um fim nas especulações e contou os motivos para o grupo ter chego ao fim, pela segunda vez. "Cada uma estava no seu mundo e se encontrava para fazer o Rouge, mas o grupo requer uma demanda enorme. As coisas hoje em dia acontecem muito rápido e exigem planejamento. Então nós entendemos que não dava mais para seguir dessa maneira. Eu ouço que o Rouge acabou por minha causa, não é verdade. O grupo acabou por causa de um sistema falho. A banda exige muita demanda e nem todo mundo estava disposto e tinha possibilidade de entregar o que ele demandava. Todas precisavam estar no mesmo foco, e eu sempre chamei atenção para isso. Então para fazer mais ou menos, não faz. Eu encaro como um fim, e não um hiato. Não vejo a possibilidade de voltarmos. Espero que a gente consiga continuar trilhando nosso caminho com dignidade e amor. Eu tenho absoluta admiração pelas meninas, tenho respeito. Não foi fácil para nenhuma de nós, as pessoas não tem noção. Fomos até onde deu, é isso", concluiu.