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Música / REPRESENTATIVIDADE

Iza reflete sobre representatividade após entrar em lista de líderes da nova geração

Após ser nomeada uma das líderes da nova geração por revista americana, Iza fala sobre representatividade

Natalia Queiroz Publicado em 04/06/2021, às 15h33 - Atualizado às 17h58

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Iza reflete sobre representatividade na indústria da música - Rodolfo Magalhães
Iza reflete sobre representatividade na indústria da música - Rodolfo Magalhães

No último dia 30, Iza (30) entrou para a lista de líderes mais influentes da nova geração da revista americana, TIME.

Segundo a publicação, a cantora brasileira usa sua visibilidade para combater o racismo no Brasil, traçando um panorama sobre a desigualdade racial no país.

Em coletiva de imprensa da sua nova música de trabalho, Gueto, a artista comentou sobre a indicação e ainda refletiu sobre a sua representatividade.

"Com essa nomeação da TIME é que realmente entendi que eu estou no caminho certo. Eu costumo dizer para as pessoas que eu sou a bandeira, eu estar sentada no horário nobre, eu já estou falando muita coisa, só de estar ali, ocupando. Então, nada do que eu falo é proposital, eu acabo falando sobre racismo, porque eu vivi, não tem como esconder, faz parte da vida dos brasileiros, não tem como eu fugir disso, seria hipocrisia da minha parte", disse ela.

A carioca declarou que por mais que não faça a sua arte para receber prêmios, se sentiu muito honrada: "É muito doido isso, eu sou formada em comunicação, então a cabeça explode quando você recebe uma indicação como essa. Eu me sinto muito feliz, a gente costuma dizer que não trabalhamos para ganhar prêmio, mas é óbvio que quando recebemos um 'tapinha nas costas' desses, dizendo que estamos no caminho certo, tudo muda. É muito lindo e importante receber esse reconhecimento, principalmente em um momento que é tão difícil fazer arte", pontuou.

Em sua nova música de trabalho, Gueto, Iza resgata as suas memórias de Olaria, no norte de Rio de Janeiro, onde nasceu e cresceu. No bate-papo, ela falou sobre as suas origens e ancestralidade.

"Eu aprendi que não tem como falar para onde eu estou indo se eu não souber de onde eu vim, a gente se perde no caminho não souber de onde veio. Por isso é muito importante fincar o pé no chão, nas suas raízes e deixar claro para as pessoas que debaixo das nossas tranças tem muita história para contar. Precisamos contar nossas histórias já que não estão falando sobre", disparou. E completou dizendo que Gueto também foi feita para os fãs: "Abrir os olhos das pessoas que também veem desse lugar, significa trazer esse sentimento de pertencimento nas pessoas, significa ter orgulho de onde eu vim, significa que brotar ouro de onde eu vim e mostrar que o que mais faz sucesso nesse país hoje veio do gueto. Podemos não nos ver na televisão, mas o que as pessoas vêm consumindo vem desses lugares. Nós somos a base de tudo e deveríamos ocupar mais".

Por fim, a cantora falou da representatividade que traz para crianças, jovens e até adultos pretos e pretas: "Eu queria que as pessoas entendessem que não é legal ser exceção, eu não quero que as coisas sejam assim. Não é sobre aceitação! Acho que é a primeira vez que eu fico falando de mim na música, mas não é sobre essa coisa do primeiro lugar, é sobre abrir as portas para tanta gente incrível, que faz diferença na arte do país, que é vetor de mudança musical e que não tem lugar, não tem visibilidade", finalizou.

Confira o videoclipe de Gueto: