CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Música / Adaptações!

Em entrevista exclusiva, Camilla Camargo fala sobre as mudanças durante isolamento social

Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, Camilla Camargo fala sobre as adaptações da rotina com o isolamento social

Deborah Kövesi Publicado em 06/08/2020, às 14h28 - Atualizado às 14h52

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, Camilla Camargo fala sobre as adaptações de seu cotidiano neste momento tão delicado - Divulgação/ R+R
Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, Camilla Camargo fala sobre as adaptações de seu cotidiano neste momento tão delicado - Divulgação/ R+R

A pandemia do novo coronavírus trouxe muitas mudanças para o cotidiano da maioria das pessoas, ressignificando hábitos e até mesmo celebrações especiais.

Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, Camilla Camargo contou um pouco sobre como tem lidado com o isolamento social, abordando as adaptações que tem feito para conciliar todas essas transformações com os cuidados com o filho, Joaquim, de apenas um aninho.

''Mudou tudo! A gente teve que se dividir entre cuidar do Joaquim e encontrar formas de realizar os afazeres da casa. Foi um tempo de adaptação pra poder organizar tudo'', afirmou a atriz, que tem compartilhado os últimos dias somente com o filho, o marido, Leandro Lessa e, quinzenalmente, com o enteado, Antonio. ''A gente fica muito chateado com o fato da criança muito pequena não poder ter o convívio com os familiares, com outras crianças'', acrescentou, referindo-se aos desafios que enfrenta com o herdeiro.

''Todas as minhas amigas que são mães sentiram diferença. A criança começou a ficar mais apegada! O Joaquim acabou voltando a dormir na minha cama porque não queria mais dormir na caminha dele'', apontou. ''Além dessas diferenças  no comportamento, por ele ficar só comigo e com o pai o tempo inteiro, ele tava exigindo mais, foi justamente na fase que ele começou a andar. Ao mesmo tempo, eu tinha que tentar otimizar o tempo pra poder cuidar da casa'', completou.

Com tantas atividades para conciliar, Camilla revelou que no início teve dificuldades de identificar seus próprios limites: ''Tudo teve que se readaptar e no começo eu exigia muito de mim, no sentido de que eu precisava dar conta de arrumar a casa e deixar tudo em ordem'', contou. ''Com criança pequena e cuidando de uma casa, realmente toda hora vai ter alguma coisa pra fazer ou alguma coisa fora do lugar, não tem jeito! A gente tem que relaxar''.

''No começo dava pra fazer as coisas enquanto ele dormia, mas o sono dele modificou muito! com a pandemia, ele começou a dormir pior, tudo ele acordava, às vezes eu não conseguia fazer muita coisa com ele dormindo, então tive que remanejar pra descobrir formas de fazer com ele acordado'', disse ela, contando também que decidiu adotar maneiras mais práticas de manter os cuidados necessários em dia, como aproveitar a companhia do pequeno para se exercitar.

''Costumo malhar com o Joaquim acordado. É muito engraçado porque toda hora que eu deito pra fazer algum exercício ele deita em cima de mim, então eu faço abdominal com ele deitado mesmo! Às vezes eu até uso ele como peso'', contou. ''Vou adaptando, se ele quer colo, eu pego ele e faço agachamento com ele ou uso ele de pesinho mesmo!''.

Firme e forte em sua quarentena, Camilla deixou bem claro que o pequeno representa sua maior prioridade no momento: ''Minha prioridade é ele, então a minha rotina é a dele,  a hora que ele costuma dormir, comer… o resto eu vou adaptando'', revelou ela, que, inclusive, teve de adaptar a festinha de um ano de Joaquim ao contexto atual. ''Festa de um aninho é mais pros pais do que pro filho, né. Mas, mamães de primeira viagem nunca querem deixar passar o aniversário de 1 ano do filho. A gente tinha pensado em fazer uma coisa pequena, eu não queria fazer essas festas enormes porque não vejo necessidade disso pra uma criança tão pequenininha! Queria fazer uma coisa só para os amigos mais próximos ou então só pra família''.

''No final das contas acabou sendo super pequenininho. Eu tive pessoas que me ajudaram enviando as coisas pra cá e eu só coloquei na mesa, tudo bonitinho! Ficou só eu, meu marido, ele e meu enteado mesmo, só nós quatro e a família participou online. A gente fez videochamada com a família inteira, todos estavam lá por vídeo, cantaram parabéns. Eu fiquei feliz que não passamos em branco. Quando ele crescer ele vai poder compreender que era um momento que a gente tava fazendo tudo aquilo pensando nele, na segurança dele'', relatou.

''Quando você tem filho, é impressionante como a gente vira segundo ou terceiro plano. Esquece tudo, a gente só pensa na criança, no bem-estar deles, na saúde deles'', disse ela, explicando também que seu maior medo em relação ao coronavírus vem da hipótese de ter que se distanciar do pequeno. ''O medo que eu tenho é de me afastar do meu filho por conta do corona. A gente é mãe, a gente quer estar perto. O medo é esse e ele vai entender que tudo isso é pra segurança dele''.

Sobre possíveis aprendizados trazidos neste momento delicado, a artista falou sobre a grande oportunidade de exercitarmos um olhar mais generoso em relação ao outro: ''As pessoas estão caindo na realidade de que a gente precisa pensar no coletivo. É um momento muito difícil, só quem viu o Covid de perto sabe como é avassalador e devastador. É delicado a gente até pensar que pode tirar algo de positivo. O que a gente pode aprender e é que vivemos muito pensando que temos todo o tempo do mundo, mas a gente não tem. A gente não sabe como é que vai ser o dia de amanha'', afirmou.

''Temos que valorizar os pequenos momentos, valorizar oportunidades de poder comemorar com a nossa família e de ter ela perto de nós. Não deixar de dizer para as pessoas o quanto elas são importantes, o quanto amamos e claro, pensar num todo, ser um pouco mais gentil com o próximo é pensar mais no outro, ser mais solidário, se colocar mais no lugar do outro'', acrescentou.

Por fim, ela chamou a atenção para a necessidade de valorizarmos ainda mais aquilo que temos ao nosso redor, procurando colocar em prática ações que, muitas vezes, permanecem somente em um discurso pronto: ''Eu acho que essa é uma ótima oportunidade para abrir os olhos, não só da boca pra fora, porque existe muito um discurso sobre empatia, mas temos que colocar em prática mesmo'', disse. ''Do fundo do coração, espero que tudo isso sirva para que se pense em como a gente precisa cuidar do que está ao nosso redor, do nosso planeta. Como a gente consegue viver com menos, como dá pra ter uma vida mais simples e dar importância ao que é válido mesmo, ao que é, de fato, importante'', concluiu.

Receba notícias da CARAS Brasil no WhatsApp! Para fazer parte do canal CLIQUE AQUI!