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Com 'New', Paul McCartney consegue se reinventar aos 71 anos de forma original

O disco, que vazou na internet nesta quinta-feira, 10, deve ser lançado oficialmente no próximo dia 14 de outubro

Cassio Delmanto Publicado em 10/10/2013, às 18h10 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Paul McCartney - Reuters
Paul McCartney - Reuters

O que ainda resta para SirPaul McCartney fazer?

Aos 71 anos, dos quais mais de 50 totalmente dedicados à música, bilhões de discos vendidos, shows lotados em todos os cantos do planeta -- nada menos que Os Beatles e Os Wings em seu currículo --, e considerado pelo Guinness World Records como compositor de maior sucesso da história da música, provavelmente não lhe resta mais nada. Mas ele não pensa assim. E somos gratos a ele por isso!

Seu novo disco, New, que será lançado oficialmente no próximo dia 14 de outubro, é o reflexo direito de um artista que não somente vive de sua música, mas por ela e para ela.

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Ao contrário de tantos artistas consagrados que tentam recriar a mesma fórmula de seus sucessos em cada novo disco, a discografia solo de McCartney é um nítido exemplo de alguém que não tem medo de experimentar e dar asas à própria criatividade.

New é um nítido exemplo disso. Para decidir quem iria produzir o novo álbum, Paul fez uma seleção entre 4 produtores: Mark Ronson, que foi produtor de Amy Winehouse e DJ no casamento de McCartney com a norte-americana Nancy Shevell em 2011; Paul Epworth, produtor da cantora Adele e vencedor do Oscar pela canção tema de Skyfall; Ethan Jones, produtor do Kings of Leon e Ryan Adams; e Giles Martin, filho do lendário produtor dos Beatles, Sir George Martin.

Entretanto, Paul gostou de todos. E assim nasceu New, numa mistura de produtores musiciais, estilos e ideias, rendendo canções tão dicotômicas quanto o som marcante, no que talvez seja o melhor trabalho de McCartney em vários anos.

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Save Us, a canção que abre o álbum, é um rock vigoroso dotado de um riff de impacto, com uma indisfarçável pitada pop, enquanto New, a canção título, é um pop divertido e alegre, que pega fácil e encanta por sua peculiar sonoridade, que remete aos períodos psicodélicos de Paul com os Beatles.

Já em Early Days, mesmo ouvindo-a pela primeira vez, temos aquele gostinho de familiaridade, como se conhecêssemos essa canção há vários anos. E aí atua a genialidade de Paul McCartney. Adotando um vocal mais frágil, mas ainda poderoso e marcante, a canção é bastante sentimental, e soa quase como um novo hino.

E tão distante desta está Queenie Eye, outra canção pop sofisticada de refrão tão animado e grudento quanto New, ou a acústica Everybody Out There, que tem tudo para se tornar uma canção forte para a participação do público quando tocada ao vivo.

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Em Alligator, McCartney canta que “todos estão ocupados sendo melhores que ele”. É verdade. Sua qualidade musical única e a sonoridade de suas canções são influência para muitos outros artistas. O difícil é encontrar alguém que o supere.

Sem dúvida, a combinação de quatro distintos produtores jovens não somente ajudou a moldar esse trabalho inédito e inovador de Paul McCartney, esculpindo com atenção cada música como um exemplar de estilo quase próprio, como deu frescor ao músico naquele que promete ser seu melhor trabalho em anos.

E somente um artista que já não precisa provar absolutamente nada, como Paul McCartney, é capaz de se reinventar, aos 71 anos, com algo realmente novo.