Alok fala sobre a realização de seu 'Especial de Fim de Ano' em meio a momentos difíceis na sua vida pessoal
Emilly Nascimento Publicado em 17/12/2020, às 18h54 - Atualizado às 19h13
Nesta quinta-feira, 17, Alok promoveu uma coletiva de imprensa para dar detalhes de seu especial de fim de ano intitulado ALIVE. O show virtual será realizado no próximo sábado, 19 de dezembro, às 21h e será transmitido pelo seu canal oficial no YouTube e no Multishow. A apresentação contará com efeitos especiais cinematográficos e com um aparato tecnológico de ponta. Por conta disso, está sendo criada uma estrutura 4D interativa e de realidade aumentada em São Paulo, local onde o evento será feito.
“Eu não sou cantor e não tenho uma banda. Preciso ter alguma coisa ali aliada comigo, e no meu caso, é a tecnologia”, declarou o artista e falou sobre a preocupação com o uso de energia elétrica: “A energia que a gente está usando na live vai ser compensada. O que vamos gastar, a ZEG (empresa que produz energia de fontes renováveis) vai devolver pro mercado”, afirmou. O show contará também com a ativação do Laser Space Cannon, que é considerado o mais potente do mundo, podendo ser visto até mesmo do espaço.
Além disso, ALIVE marcará o início das atividades do Instituto Alok, que será focado em projetos de transformação social. Quando questionado sobre a sua motivação para a realização de tal feito, o artista abriu o coração a respeito de situações delicadas que passou em sua trajetória: “Tive algumas depressões na minha vida. Começou aos 9 anos de idade. Depois aos 12. Eu me questionava muito sobre o que acontece depois da morte, não conseguia achar respostas para os meus questionamentos. Aos 24 anos, já estava com dinheiro e popularidade, mas ainda sentia um vazio existencial enorme dentro de mim”, desabafou.
E prosseguiu, mostrando como essa situação fez com que ele desse um pontapé inicial para uma nova visão de mundo: “Conheci um médium chamado Andrei que acabou trazendo essa luz pra mim. Ele me salvou através das ações filantrópicas. Foi nessa conexão que consegui me conectar com o divino. Quero tentar mudar o mundo, e a gente vai mudar o mundo daquelas pessoas que estaremos contribuindo. Por isso faço o que faço, pra não voltar para aquele lugar que eu tava; de depressão, de angústia, de vazio existencial”, declarou. O DJ também anunciou a criação de um fundo de R$27 milhões de reais para dar início aos trabalhos.
Recentemente, Alok foi diagnosticado com coronavírus e sua filha, Raika, nasceu prematuramente. Isso quase fez com que o artista cancelasse o evento: “Quando tudo aconteceu foi muito rápido. Testei positivo e dois dias depois a minha filha nasceu. Naquele momento eu nem queria mais fazer a live. As primeiras 72 horas foram muito tensas. Eu não tava conseguindo comemorar”, relembrou.
Porém, com o passar dos dias e a recuperação de Raika e Romana, o DJ mudou de ideia: “Minha filha tava se desenvolvendo super bem e a minha esposa também. Nesse processo de retomada eu estava ouvindo as músicas que tinha preparado para a live, e isso tava me fazendo muito bem. A música tem esse poder. Todo mundo está vivendo um momento difícil por conta dessa pandemia. E eu sabia que poderia contribuir com o meu único instrumento, que é a música”, afirmou.
Apesar dessa fase delicada ter passado, o músico revelou que esse ainda é um assunto que o deixa frágil: “Até hoje falar sobre isso é um pouco difícil. Já presenciei alguns milagres na minha vida e esse foi mais um deles. Isso só reforçou ainda mais a minha conexão com o divino. Foi difícil, mas agora já ta tudo bem, a Romana já tá com a Raika e essas coisas foram me aliviando”, ressaltou.
Alok falou sobre a parceria que fez com o rei Roberto Carlos, que será exibida pela primeira vez durante o evento. O DJ fez um remix oficial do clássico ‘Jesus Cristo’: “Foi incrível trabalhar com ele. É um referencial não só como artista, mas também como ser humano. Eu não poderia deixar de homenagear o rei”, afirmou.
O artista revelou que esse show será um pouco diferente do que fez em maio deste ano. Neste, haverá uma pegada mais internacional, pois será transmitido para o planeta inteiro. O músico, que recebeu o título de ‘5º Melhor DJ do Mundo’ pela revista DJ Mag, falou sobre a sensação de representar o nosso país no exterior: “É uma doideira. Isso me traz uma grande responsabilidade. É um reflexo do trabalho feito por toda a minha equipe. O que acho legal disso tudo é saber que de alguma forma posso representar o Brasil. O brasileiro tá em todo lugar e eles me acolhem muito bem”, declarou.
Por fim, Alok revelou se no evento haverá a participação especial de sua família, como na primeira live: “Quero muito que a Romana participe, mesmo que por ligação”, declarou, mas o pequeno Ravi não dará as caras dessa vez: “Não vai ter Ravi por uma questão de horário. Ele dorme às 20h da noite e a live não vai ser em casa, além do som ser alto. Eu prefiro não expor ele a isso, mas estará presente em vibração”, completou.
