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Atleta de ouro: a promessa no salto de Angelo Assumpção

Perto do sonho olímpico, ginasta da seleção conta como amadureceu antes do tempo

CARAS Publicado em 01/03/2016, às 07h34

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Na Ilha de CARAS, o caçula da Seleção, ouro no salto em etapa de São Paulo da Copa do Mundo, em 2015, diz que dará o seu máximo para estar na Olimpíada do Rio, em agosto - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO
Na Ilha de CARAS, o caçula da Seleção, ouro no salto em etapa de São Paulo da Copa do Mundo, em 2015, diz que dará o seu máximo para estar na Olimpíada do Rio, em agosto - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO

Aos 2 anos de idade, Angelo Assumpção (18) já dava indícios sobre suas aptidões. Inquieto, adorava subir em árvores e muros e pular no capô do carro nas brincadeiras no bairro Cidade A. E. Carvalho, onde foi criado, na zona oeste de São Paulo. Mas foi em 2006, quando assistia à apresentação de ídolos da ginástica, como Daiane dos Santos (33) e Diego Hypolito (29), que decidiu: “Eu quero um dia ser eles!”.

E não demorou muito. Integrante da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Masculina desde 2012, ele já desponta como umas das maiores promessas do esporte. Em 2015, ganhou ouro no salto na etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica. Além disso, tornou-se amigo de Daiane e de Diego, com quem treina. “A experiência que ele passa para mim é incrível”, avalia, na Ilha de CARAS.

O objetivo de Angelo, agora, é estar na lista dos convocados para a Olimpíada Rio 2016. Dos 12 atletas da Seleção, seis serão escolhidos pela Confederação Brasileira de Ginástica, em junho, sendo um reserva, a partir de avaliações e competições.

Imaginava um dia estar disputando vaga para participar de uma Olimpíada e ainda no Brasil?
Nunca. Eu tinha vontade de ser um grande atleta, como a Daiane, o Diego. Esse era o sonho mais próximo. Com o tempo, as coisas começam a andar, você vai competindo, almejando sonhos maiores, como participar de uma Copa do Mundo, de um Mundial... Mas uma Olímpiada, não tinha noção, ainda mais em casa, com as pessoas de quem você gosta, a família perto. Sem palavras!

Qual sua rotina de treinos?
A gente chega ao ginásio às 8h30 e sai umas 18h, 19h, seis vezes na semana. Só há uma pausa às quartas-feiras e aos sábados à tarde. Além de todos os aparelhos, fazemos preventivo contra lesões, musculação, fisioterapia...

Com o tempo, acaba aprendendo a lidar melhor com a dor?
É difícil encontrar um atleta de esporte de grande rendimento que não sinta dor. Quando você inicia na ginástica, tem muitos daqueles exercícios de flexibilidade. É uma das primeiras coisas que enfrentamos. Dizem: “Vai, puxa mais...” A gente chora tanto... Então, aprendi a lidar com isso desde cedo. No final, sempre vale a pena, principalmente quando você sobe ao pódio e consegue vencer também a si mesmo.

Não sente falta de programas comuns à sua idade?
É preciso abrir mão de muita coisa, até de ficar com a família, namorar, balada. Mas é por um sonho que tenho. Deve-se pensar nisso mais lá na frente do que de imediato. Vida de ginasta vai até 30, 35 anos, no máximo. Mas o próprio esporte faz a gente ser mais disciplinado com horário, compromissos. Sempre digo: o ginasta, quando criança, é um adolescente e, quando adolescente, já é adulto. Você precisa ter maturidade antes do tempo. E eu ganhei isso muito com a ginástica.

Angelo Assumpção