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Superação de Priscila Camargo após acidente

Superação com autoconhecimento

Redação Publicado em 16/05/2011, às 16h38 - Atualizado em 18/06/2011, às 02h05

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Na Ilha de CARAS, a atriz explica por que ficou 11 anos longe da TV após sofrer um grave acidente de carro e viver uma experiência que define como sobrenatural. - Leandro Pimentel
Na Ilha de CARAS, a atriz explica por que ficou 11 anos longe da TV após sofrer um grave acidente de carro e viver uma experiência que define como sobrenatural. - Leandro Pimentel

Sofrer um acidente de carro e ter uma experiência sobrenatural de quase morte não traumatizaram a atriz Priscila Camargo (55). Em meio à busca para compreender o que vivenciara, ela encontrou sua verdadeira vocação, a de contar histórias. "Estava saindo da gravação da novela Direito de Amar, da Rede Globo, exibida em 1987, quando bati com o veículo. De repente, senti meu corpo flutuar e ouvi uma voz dizer: 'Viu o que você fez com sua vida? Você se foi.' Minutos depois, despertei e já estava no hospital fazendo uma cirurgia. Graças a Deus, me recuperei e decidi entender o que tinha se passado naquele dia. Tive contato com o sufismo, uma prática de autoconhecimento feita através de contos, e me apaixonei. Resolvi que ganharia a vida contando histórias", revelou ela, na Ilha de CARAS. A descoberta a transformou radicalmente. De fervorosa militante política cheia de teorias céticas, ela se transformou em uma mulher espiritualizada e conectada à natureza. "Costumo dizer que esse incidente foi a melhor e a pior coisa que poderia ter acontecido, uma espécie de segunda chance. Teve sofrimento, claro, mas também benefícios. Depois desse fato, passei a ser uma buscadora do meu próprio eu, e assim, tornei-me melhor com as pessoas que me cercam, livre de preconceitos e tomada pela paz", explicou. - Você tem 35 anos de carreira. Como foi ficar afastada da TV por 11 anos, de 1996 a 2007, para ser contadora de histórias? Tem algum arrependimento? - Não. Contar histórias faz muito bem ao meu coração. Mas nunca abandonei a profissão de atriz, misturo muitos elementos de dramaturgia nas apresentações dos contos. Acho que durante todo esse tempo em que estive longe, fui discreta nas minhas sinalizações de que gostaria de voltar a atuar, o que ocorreu em Paraíso Tropical. Depois, fiz uma participação na novela Cama de Gato, de 2010. Com a enfermeira Valdete, de Ti Ti Ti, que terminou em março deste ano, passei a mostrar de forma mais clara às produções que desejo continuar na televisão. - Por que só agora? - Várias vezes me perguntei se ainda sabia fazer TV. Além disso, tinha medo de a novela interferir nos meus trabalhos com os contos e vice-versa. Agora, sei que uma coisa agrega à outra. Interpretar histórias, uma atividade tão lúdica e bonita, só me ajudou como atriz. Hoje em dia, sou bem mais concentrada, experiente e segura com as minhas profissões. - E esses contos, você cria ou já existem? Qual o público? - Sou eu que invento. Muitas estão no meu livro Caldeirão de Histórias. Na verdade, são histórias para a família inteira. (risos) O primeiro que criei foi para adultos. Só que as crianças que acompanhavam seus pais também amavam. Então, bolei os específicos para a plateia infantil. Além do livro, já lancei seis DVDs. - Qual é a maior recompensa desse trabalho? - Tocar um coração que está mais endurecido, principalmente o dos adultos. Porque o da criança é fácil. Ela não tem barreiras nem está condicionada. O adulto é mais difícil de se deixar levar, de bem, quando se embala, ele volta a ser pequeno, recupera o tempo de felicidade plena, de inocência, de liberdade... Isso é muito compensador para mim. Posso dizer que é um momento mágico mesmo, já que as histórias fazem com que todos esqueçam suas idades. - Você já disse que é conectada à natureza. De que forma? - De onde moro, vejo o mar, a montanha e vários animais passam pelas janelas da minha casa. Tem um macaquinho que come na minha mão quase todos os dias... Enfim, agradeço minhas conquistas e felicidades à mãe natureza. Sou muito contente por isso. - Como é sua alimentação? - Considero-me uma vegetariana não radical. Na minha casa, não entra carne vermelha. Como mais peixe e, de vez em quando, um frango. Gosto muito de saladas, verduras e frutas. É muito bom se alimentar do que a terra nos oferece. Adoro colher frutas no pé. Nos liga ao chão, nos energiza... - É vaidosa? Tem cuidados especiais com a pele e o corpo? - Sou, mas tenho limites. Medito, faço alongamentos e ginástica localizada. Dou atenção especial à pele. Tenho uma boa dermatologista, nunca durmo com maquiagem e uso bons cremes, além de filtro solar. - Está em busca de um amor? - Seria ótimo viver um romance. Me separei em 2002, e, desde então, tive alguns namoros, mas que não duraram muito tempo. Sinto falta de ter uma pessoa, alguém com caráter, boa índole e que seja companheiro. É sempre melhor estar a dois do que só. Mas a ausência de uma paixão não chega a ser um problema, fico sozinha na boa. - Não ter filhos foi opção sua? - Gostaria muito de ter sido mãe. Até terminei um casamento porque meu então marido não dividia comigo essa vontade. Mas acho que Deus não quis. Não fico questionando por quê. - Nunca pensou em adotar? - Já pensei, sim. Mas seria melhor se tivesse um companheiro ao lado. É muito complicado cuidar de uma criança sozinha, sem a presença da figura masculina. - E quais são seus próximos projetos profissionais? - Vou fazer uma turnê com o espetáculo Histórias da Mãe África. Vamos passar por Brasília, Goiânia e Porto Velho, no mês que vem, e ainda por Rio Branco, Macapá e Manaus, em agosto.