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Na Ilha, Letícia Sabatella reflete sobre experiência: "Envelhecer é uma curiosidade, não preocupação"

Ao lado da mãe, Marilza, a atriz confessa que maternidade foi divisor de águas

Tatiana Ferreira Publicado em 23/02/2018, às 07h48 - Atualizado às 07h58

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Letícia Sabatella revela que não descarta ter mais filhos - FABRIZIA GRANATIERI
Letícia Sabatella revela que não descarta ter mais filhos - FABRIZIA GRANATIERI

Encantada com a natureza, Letícia Sabatella (46) não pensou suas vezes ao aceitar o convite para a Ilha de CARAS. “É tudo maravilhoso! Você ouve os passarinhos e o vento. Momentos relaxantes, um bálsamo no meio de tanta demanda dessa vida urbana que a gente leva. Queria passar um mês neste paraíso”, elogiou a atriz. Ao lado de sua mãe, Marilza Ribeiro Sabatella (72), a quem se refere como o seu primeiro amor, Letícia se define como um ser maternal e contou que não descarta a ideia de ter mais filhos.

Casada há quatro anos com o ator Fernando Alves Pinto (48), a atriz é mãe de Clara (23), de seu antigo relacionamento com o ator Ângelo Antônio (53). “De vez em quando vem aquela vontade...”, desabafou ela.

– Como define sua relação com Fernando?

– Sou casada com uma pessoa que é um amigo, que eu gosto de estar perto, a gente ri muito, se diverte, ao mesmo tempo se apoia. Eu e Nando refletimos, buscamos melhorar coisas, aprendemos um com o outro, nos respeitamos. Erramos e acertamos, consertamos e vivemos. Tenho uma relação muito mais madura do que já tive antes.

– Você gosta da maternidade?

– Me sinto uma eterna aprendiz em relação à maternidade. Recebo da Clara muita ajuda e informação que vem dela, do seu olhar. Sou uma admiradora dessa pessoa, minha filha, que nasceu e me trouxe o reconhecimento do amor mais verdadeiro. Minha mãe, posso dizer, foi meu primeiro amor. A Clara foi o divisor de águas. É o amor que mais me abriu para a capacidade de amar as pessoas.

–Se arrepende de não ter tido mais filhos?

– Não me arrependo, mas eu adoraria ter mais filhos, sim. De vez em quando vem aquela vontade... Um filho é sempre uma experiência de algo divino concretizado. Eu vejo como algo sagrado e precioso.

– Ser mãe novamente ainda é uma possibilidade?

– Sempre é, existem diversas maneiras. Acho que sou bastante maternal. Quem sabe?

– Você sempre foi um ícone  de beleza. Envelhecer é uma preocupação?

– Envelhecer é uma curiosidade, não é uma preocupação. Existem as preocupações naturais, das dificuldades que você vai tendo com o passar dos anos. Mas, ao mesmo tempo, até então, eu tenho tirado proveito disso como atriz. Envelhecer tem me dado também muitos ganhos. E não é uma demagogia.

– O que, por exemplo?

– Conquisto tons da minha voz que são menos infantis, que são mais interessantes. Conquisto a elaboração de diversos movimentos, várias conquistas mentais, emocionais, e isso tem sido um barato e um grande bálsamo em decorrência de muitas outras coisas.

– E o lado negativo?

– Tem o sentimento da melancolia que se amplia, da saudade, e também a sensibilidade às perdas que você vai tendo. Talvez seja o que me preocupa mais: a perda de um mundo em torno de mim, de pessoas que eu amo, que são importantes e que inevitavelmente o impermanente se apossa. Às vezes, eu tenho que ficar descobrindo saídas para estar em paz constantemente e não sofrer demais com as perdas.

– É comum atores dizerem que buscam características internas para compor seus personagens. Tem o seu lado vilã?

– Tenho consciência demais para me tornar uma vilã. Reconheço minha capacidade de agressividade, de indignação, de mágoa e de sentir. A sensibilidade é um forte em mim. Mas não chamaria isso de vilania, usaria o termo de sombra, que existe.

– Você defende sua personagem dizendo que a amargura dela vem de opressões vividas ao longo da vida. Já passou por alguma situação parecida?

– Sim, enquanto mulher já passei por situações de opressão. Enquanto pessoa, como sou sensível, também passei. Já reconheci situações aviltantes de opressão.

– Esta não é a primeira vez em que vive uma amante em novelas. Na vida real, já dividiu seu amor com outra pessoa?

– De maneira alguma. Não suportaria e muito menos toleraria. Posição muito difícil esta. Jamais me colocaria nesta situação. Não saberia lidar com isso.