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Na Ilha de CARAS, Henri Castelli fala da separação, de filhos e do futuro

Ator também está se dedicando a estudos de interpretação e ao bar do qual é sócio

CARAS Publicado em 18/03/2014, às 16h58 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Henri Castelli - César Alves
Henri Castelli - César Alves

Os expressivos olhos azuis de Henri Castelli (36) não perdem brilho nem mesmo para falar sobre a delicada fase de sua vida afetiva. Recém-separado da jornalista Juliana Despirito (31), com quem teve Maria Eduarda (2 meses), o ator tenta lidar com a situação de forma serena e positiva. “Separação é sempre complicada. Mas conseguimos entender, a coisa maior que temos é nossa filha. Então, chegamos ao senso comum, o melhor era nos tornarmos amigos”, explica, na Ilha de CARAS. Para o galã, “a vida é feita de encontros e o meu com Juliana foi mais do que especial”. O momento também não é de se abrir para uma nova relação, mas de focar nas suas paixões: Duda e o primogênito, Lucas (7), da união com Isabelli Fontana (30). Longe da TV desde o fim de Flor do Caribe, em 2013, Henri também se dedica a estudos de interpretação em Los Angeles e ao badalado Dezoito Bar & Movement, do qual é um dos sócios, no Itaim Bibi, em SP.

– Por que acabou a relação?

– A gente não manda nestas coisas. Você se apaixona, às vezes até no primeiro dia, assim como desapaixona... Mas o sentimento de amizade não acaba, é eterno. Se a gente entende isso logo, como aconteceu agora, todos saem ganhando, mais ainda a criança.

– Está aberto a nova relação?

– Minha filha acabou de nascer, não penso nisso. Mas a vida rola. Também não tenho nada contra, ficar dizendo: “ah, nunca mais quero me relacionar”. Não há trauma. Mas não tenho que ficar procurando novo amor. Não procuro nada, só ser feliz. Estou bem, em momento ótimo.

– Que tal ser pai de menina?

– Fiquei bastante com Lucas bebê, somos bem ligados. Mas relações são diferentes. Não percebi ainda com Duda porque é pequena. Mas menina já nasce vaidosa, até o jeito de chorar é diferente. Difícil de falar, sou suspeito, mas ela é linda, aqueles olhos azuis...

– Imagina o assédio quando crescer, então...

– Não será problema. Sempre fui amigo dos meus sogros. O pai da Isabelli me adora até hoje. Não serei machista de ficar com ciúme. O que importa é vê-la feliz.

– Em 2011 você tatuou os nomes Lucas e Duda no braço. Já pressentia que seria pai dela?

– A do Lucas foi com a letra dele aos quatro anos. Já Duda eu escrevi. Sempre tive a sensação de que teria uma menina, não sei explicar. Talvez seja relacionado à reencarnação, à minha religião, espírita. Acredito muito nisso, talvez o acerto de alguma coisa na vida. Tinha que ter este encontro e sabia que era com alguém do sexo feminino.

– É um pai participativo?

– Faço tudo, não por obrigação, mas porque gosto. Aliás, não faço nada que não estou a fim, sou teimoso como uma mula. (risos) Por isso, dou palpite, ajudo em tudo. Fiz o enxoval da Duda, sei o que se usa e o que é bobagem. Criei o Lucas bebê em outro país. A criança dorme e mama, então, é mamadeira e berço, nada mais.

– Como Lucas viu a irmã?

– As coisas na vida vêm mesmo no momento em que devem acontecer, por mais que a gente ache que é a hora errada. Nunca é. O Lucas tem relação incrível com a Duda. E olha que o moleque tem personalidade forte, não faz nada que não esteja a fim. É um pouco igual ao pai. Mas dá para ver que é de verdade o carinho, o cuidado e a proteção com a irmã.

– Lucas é criado por pais separados... Ele entende bem isso?

– Não é separado. É junto. Não falam que ex-mulher é para sempre? Você fica amigo. Dizem que casamento não deu certo. Mentira! O meu deu, foram momentos incríveis e um filho lindo. Tem tanta gente junta há 40 anos infeliz. Nos EUA é pior, o cara prefere o carro à mulher...

– O que deixará aos dois?

– Sou muito livre, quero que sejam assim. Precisam ter a vida deles. Aprendem valores como amor próprio e vão me ensinar muito. Lucas será meu melhor amigo e a Duda, a mulher da minha vida.

– Deseja ter mais filhos?

– Talvez. Quem sabe, mais um. Acho que nasci para ser pai. Sou cuidadoso com quem gosto e até com quem não conheço. Às vezes, deveria cuidar mais de mim. Mas dos meus filhos, vivo para eles.

– O rótulo de galã incomoda?

– Não tenho o menor problema. Quando morei nos EUA, entendi que há espaço para todos. Quem disse que ator não pode ser bonito? Brad Pitt é excelente, Leo DiCaprio também. Rotulam muito. A gente nunca é unanimidade. Se sou galã, como dizem, vou fazer o melhor. Mas sou ator, posso fazer o que quiser. Trabalho e estudo para isso. Se não souber, aprendo.

– Como analisa sua carreira?

– Tenho o maior orgulho. São 15 anos de Globo e outros três só de teatro. Antes, de todos os empregos que tive, fui mandado embora. Fui office boy, trabalhei em funilaria, restaurante, imobiliária, loja. Era bom vendedor, mas, no fundo, sabia que não era meu lugar. Até que abriu vaga no bar do teatro Café Pequeno, Rio. Ganhava merreca. Mas gostava de estar ali, ver os ensaios, o espetáculo pronto. Fui estudar teatro, depois entrei na Globo aonde vou chegar, no mínino, a 20 anos, porque são mais quatro de contrato.

– Gostaria de morar fora?

– Estou em uma empresa que é uma das melhores do mundo, nunca vou largar. Isso é motivo de satisfação. Ninguém fica todo este tempo se não tiver algo a acrescentar. E tem muitas coisas para fazer. Vou passar duas temporadas agora estudando em Los Angeles. É importante estar se reciclando.

– Como vê o êxito do seu bar?

– Não nasci para ser empreendedor, mas conhecia os sócios e o projeto me conquistou. São Paulo é uma cidade de negócios e precisava de um lugar como o Dezoito, leve, para a pessoa descontrair após o trabalho. E posso fazer coisas na parte artística da casa.