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A jogada da vida comove Oscar Schmidt

O reconhecimento do mundo aos recordes no basquete e à sua luta contra o câncer

CARAS Publicado em 11/08/2016, às 07h59

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Diagnosticado com tumor no cérebro, Oscar mostra positividade na Ilha de CARAS. - SELMY YASSUDA
Diagnosticado com tumor no cérebro, Oscar mostra positividade na Ilha de CARAS. - SELMY YASSUDA

Ele foi apelidado de Mão Santa pela precisão nos arremessos e por ter alcançado a incrível marca de 49737 pontos em 32 anos de basquete, um recorde mundial. Reverenciado na cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, quando ajudou a carregar a bandeira olímpica com outras lendas do esporte, Oscar Schmidt (58) também é um vencedor longe das quadras. Há cinco anos, descobriu um câncer no cérebro e luta para superá-lo. Após duas cirurgias e tratamentos espirituais, o tumor desapareceu. “Fui fazer um exame recente e sumiu! Espero que não volte”, festejou ele, que continua se submetendo a sessões de quimioterapia mensalmente.

Na Ilha de CARAS, Oscar mostrou que o problema de saúde foi apenas mais um capítulo na sua história. Cheio de disposição e humor, descreveu sua rotina intensa, marcada por palestras e compromissos com o canal Fox Sports: está no ar com o reality show Família Schmidt, comenta a Olimpíada e, após o evento, terá um talk show, Na Sexta com Oscar. “Quer saber? Não guardo mais nada. Gasto todo dinheiro que ganho. Fico devendo ainda. Tudo para viver melhor. A qualidade de vida o que é? Ganhar e ter tempo para desfrutar do patrimônio”, garantiu ele, que continua sendo o maior jogador de basquete do Brasil de todos os tempos, tendo disputado cinco Olimpíadas e visto seu nome escrito no hall da fama do esporte, nos EUA. “Meu sonho era participar de uma competição importante como esta no Brasil. Mas não foi possível. Agora, eu vou torcer muito”, antecipou.

O que representa o basquete na sua vida?
Agradeço a Deus por tudo o que consegui através do esporte. Foi a parte mais importante da minha vida. Conheci minha mulher, Maria Cristina, e tivemos filhos, Felipe e Stephanie.

Foi uma ousadia ter jogado até os 45 anos?
Ah, mas tudo doía. Dói tudo até hoje. Joelho, tornozelo, quadril. O corpo sente o esforço.

Após saber do câncer, procurou levar uma vida mais suave?
Tranquila, não. Porque sempre fui muito brigão. Começou a discutir, vou até o fim. Antes vivia bem e agora vivo muito melhor.

Como está a sua saúde?
Está boa. Faço quimioterapia todos os meses. Acho que vou fazer a vida toda. Também fui atrás de tratamentos, como o de João de Deus. O papa me abençoou. Só fico com medo quando vou fazer ressonância. O bichinho (tumor) pode voltar. No momento, não tenho nada.

Tem medo da morte?
Sim, lógico. É um horror pensar nisso. Mas faço tudo para que não aconteça, tudo mesmo.

Você teve alguma sequela?
Não e todos os dias agradeço a Deus por isso.

Ainda joga basquete?
Para quê? Só vou me irritar. Fui ao meu limite o tempo todo. Após me aposentar, nunca mais peguei na bola em uma quadra. Brincar de basquete, jamais. Vou brincar de futebol porque lá está previsto, posso ser ruim.

Quais são seus planos?
É viver o momento. E intensamente.