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Ana Botafogo se declara ao namorado e diz que não pensa em se aposentar dos palcos

Longe da aposentadoria, a bailarina Ana Botafogo celebra na ilha de CARAS o namoro e a trajetória profissional

Redação Publicado em 29/05/2013, às 15h59 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Ana Botafogo - César Alves
Ana Botafogo - César Alves

Se há uma palavra que não está no vocabulário de Ana Botafogo (55) é aposentadoria. Cheia de vigor físico, a grande estrela do balé clássico nacional e primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro desde 1981 chegou até a fazer um espetáculo especial de “despedida” dos palcos, em agosto de 2012, porém sua grande paixão foi mais forte e ela não resistiu em aceitar novos convites. “Nunca vou parar efetivamente. No ano passado, deixei os grandes espetáculos, mas acredito que sempre estarei no palco, nem que seja para fazer participações”, disse ela, que completou em janeiro 37 anos de brilhante carreira. A vida amorosa da bailarina também está completa, ao lado do advogado Edson Pinto (55), com quem está namorando há pouco mais de um ano e meio. Mas, assim como se retirar dos palcos, casamento também não está nos planos dela. Na Ilha de CARAS, os dois confirmaram ser eternamente namorados. “É outro momento de vida, quando os dois já estão encaminhados. Espero que fiquemos muitos anos juntos, sendo companheiros, e isso será conquistado no dia a dia. Temos planos de ser felizes”, afirma a estrela do balé brasileiro, que, semana passada, arrebatou a plateia paulistana com duas récitas de Cisnes, de Anselmo Zolla (46).

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– Como vai o seu namoro?

– É ótimo, um namoro eterno e na ponte aérea, já que ele mora em São Paulo e eu, no Rio. Tem sido ótimo. Cada um tem sua vida profissional, mas a agenda se ‘encontra’ para o lazer. Coincidentemente, tenho ido muito a São Paulo trabalhar. Os paulistas têm me ajudado neste quesito. (risos)

– Como é o Edson namorado? 

– Ele é super da paz, calmo, carinhoso e romântico. Uma gracinha! Desde que a gente se conheceu, toda vez que ele vem me encontrar, traz uma rosinha. Às vezes, a rosa é paulista! Ele me traz uma rosa no avião, mas traz! Ele é muito carinhoso. Tem um pouco mais de um ano que nos conhecemos, mas parece que faz muito mais. É difícil conhecer 50 anos da vida de alguém em tão pouco tempo Por isso, sempre temos novidades um para o outro.

–Pensam em se casar?

– Acho que já não há mais essa cobrança. Chega um momento da vida em que o plano é ser feliz, estar bem com as famílias de ambos os lados. É um relacionamento relativamente curto, mas este mesmo tempo é  diferente aos 20 e aos 50 anos. Estou viúva há 12 anos (Ana perdeu o segundo marido, Fabiano Marcozzi, em 2001; e o primeiro, Graham Bart, em 1998) e encontrei alguém que tem tudo a ver comigo, as mesmas afinidades, gostamos de viajar e de aproveitar os bons momentos da vida.

– Quais os seus planos para festejar o Dia dos Namorados? 

– Não há, pois estaremos cada um em um lado. É meio de semana e complicado! Comemoramos depois. Temos a regra que todo encontro é uma comemoração.

– Você se encantou com a capela da Ilha. É religiosa?

– Sou católica praticante, Edson também, e estamos sempre indo à missa quando estamos juntos. É um momento muito bom. Ali, agradeci pela vida maravilhosa que tenho. Todo dia é dia de agradecer. Quando comecei minha carreira na Europa, Deus era minha ligação com meu mundo aqui no Brasil, já que não dispúnhamos de internet. Ele sempre ocupou minha vida.

– Você também se sente próxima da natureza?

– Gosto muito, mas são poucas as oportunidades que tenho de estar ao ar livre. Fui uma menina criada na cidade, no Rio de Janeiro, mas gosto muito da natureza. Adoro nadar e gosto muito de poder ter este contato.

– Como você cuida do corpo?

– Por mais que a gente queira ser vaidosa, tem certo limite. Passo o dia todo suada, trocando de malha, tomando banho. Não tenho cuidados especiais, mas faço musculação, pilates, tenho dermatologista há cinco ou seis anos e Papai do Céu me ajudou a conservar a pele. Sigo uma boa alimentação e cuido muito dos pés porque são meus instrumentos de trabalho. Não entro em tumulto e não uso sandália na rua para não pisarem no meu pé. Cuido deles de 15 em 15 dias em uma podóloga. Tenho um ortopedista há mais de 30 anos.

– Pensa em se aposentar?

– Acho que, enquanto estiver no palco, não conseguirei. Por enquanto, diminuí o ritmo. Ano passado resolvi dar um descanso para o corpo. Quero acabar bem, feliz, sem machucados. É um corpo ‘ralado’, macerado, bem usado e que aguentou bem. Mas não posso parar de vez, tenho agenda cheia até o fim do ano. Sempre digo que vou parar, ia ser ano passado, mas quero aproveitar mais um pouquinho. Esse ano já assumi compromissos. Tenho muitos exercícios, ensaios e quero continuar isso.

– O que vem pela frente?

– Tenho o espetáculo Logos Diálogos com o violoncelista Dimos Goudaroulis, um trabalho bem contemporâneo, que devemos estrear em outubro. Também vou criar dois pas de deux com um coreógrafo argentino, de músicas e poemas de Ferreira Gullar. Vou fazer participação de quatro ou cinco números do Carlinhos de Jesus e vou dançar coreografia com a música Paciência, do Lenine, ainda sem data de estreia.

– Depois de fazer Páginas da Vida, voltaria às novelas?

– Agora que estou reduzindo o ritmo da dança, é uma possibilidade, se eu for convidada. Gostei muito da experiência e foi um convite superinusitado. A Elisa era uma professora de dança e se rolar um novo convite, vou pensar com carinho, mas só a partir do final do ano, depois que eu me desvencilhar dos compromissos.

– Se emocionou ao ver o livro infantil Aninha Quer Dançar, inspirado em você?

– Foi algo muito especial. Acho que precisamos ter uma literatura infantil sobre dança. Cacau Hygino fez uma historinha linda de uma menina que quer ser bailarina. Não é sobre minha vida, mas fala de uma menina com muita perseverança para ser bailarina e que luta por este ideal. Tem uma mensagem linda e muito importante. Remete à minha força de vontade e à determinação da menina bailarina que fui.