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'Ano que vem eu vou soltar a franga', diz Luciana Gimenez

Renan Botelho Publicado em 24/12/2012, às 09h01 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Luciana Gimenez - Vagner Campos
Luciana Gimenez - Vagner Campos

Com um filho pequeno em casa, Luciana Gimenez (42) voltou a acreditar na magia do Natal. “Ter uma criança, que vai esperar o Papai Noel, que vai acordar no dia seguinte para ver se ele comeu o biscoitinho e deixou o presente... Isso traz uma magia especial. Ano passado o Lorenzo (1 ano e 10 meses) não entendia muito. Mas esse ano ele já fala até ‘ho ho ho’”, conta a apresentadora, que é casada com o sócio e VP da RedeTV!, Marcelo de Carvalho (51), pai de Lorenzo. Luciana também é mãe de Lucas (13), da relação com o roqueiro Mick Jagger (69), dos Rolling Stones. A família vai passar o feriado reunida em casa e deve seguir para Nova York no Ano Novo.

Luciana recebeu a CARAS Online no seu camarim na RedeTV!, enquanto se preparava para gravar o Especial de Natal do Superpop, que irá ao ar nessa noite do dia 24. Em um balanço sincero sobre 2012, ela diz que teve um ano ‘pesado’. “O ser humano aprende mais na dor do que na paz. E foi um ano difícil para todo mundo, para as pessoas à minha volta, para minha família, para mim”, resume ela, que fez aniversário em novembro e sente-se pronta para uma nova fase, mas confessa ter medo de envelhecer: “Queria ter parado jovem, aos 19 anos. Meu bumbum estava no auge.”

Confira a entrevista:

- Você acredita na magia do Natal?
É uma pergunta difícil. Eu fico um pouco decepcionada porque eu acho que o Natal perdeu um pouco o sentido. As pessoas perderam um pouco a noção e ficaram consumistas demais. Agora eu gosto muito, como eu tenho criança pequena em casa, aí mudou um pouco de cara. Ter uma criança, que vai esperar o Papai Noel, que vai acordar no dia seguinte para ver se ele comeu o biscoitinho e deixou o presente... Isso traz uma magia especial. Ano passado o Lorenzo não entendia muito. Mas esse ano ele já fala ‘ho ho ho’.

- E o Lucas ainda manda cartinha para o Papai Noel?
O Lucas fala que acredita, mas com 13 anos eu já não sei se ele acredita mesmo.

- O que vai comprar para eles de presente?
Eu dou um monte de coisa para o Lucas, mas ele nunca pede nada. Ele não é consumista. Sempre dei tudo. Acho que se a criança merece, você pode dar. Se fosse uma criança consumista, eu ia segurar mais, por não ser, ele sempre ganhou tudo que queria. Tem que fazer o equilíbrio. O Lorenzo está viciado em Galinha Pintadinha. Esses dias ele viu um menino no playground com uma sandália da Galinha Pintadinha e ele queria arrancar do pé do menino. É normal, né? Todo homem gosta de galinha e começa assim, já com dois anos.

- Você está com programa novo, filhos, marido, fazendo sucesso... O que falta na sua lista de presentes do Papai Noel?
Que medo! Não fala assim que eu saio correndo. Está faltando um pouco de liberdade, com tanta coisa assim pra cuidar (risos). Mas não me pergunta isso, porque eu sou sempre uma pessoa à procura de algo.

- Por isso mesmo a pergunta...
Acho que falta equilíbrio. Isso você só aprende quando chega no final da vida, mas daí você morre (risos). 

- E um presente material?
Não falta nada, mas sonho em fazer uma viagem para Índia. Mas aí é mais que um presente, é conseguir juntar as famílias para conseguir ir. Eu com o Mick, o Marcelo com a ex, e dar certo para ir a família toda.

- Quem você gostaria que lhe tirasse no 'Amigo Secreto'?
Podia ser um vizinho russo do pai do Lucas [o Roman Abramovich,dono do Chelsea], que tem um barco gigante, para convidar eu e o Marcelo. Ele tem que convidar gente bonita, engraçada, o Marcelo entretém todo mundo, é leonino.

- E um 'Amigo da Onça' que você não gostaria de tirar?
Esse daí eu não quero nem pensar. Uma coisa que é aprendi é a não pensar nas coisas ruins e focar nas coisas boas.

- Lembra de alguma aventura de Ano Novo?
Lembro de um ano em que eu saí pelada. Eu me vesti de renda, toda de branco. Estava com um negócio por baixo tampando, mas foi um escândalo na praia de Copacabana, na época. Agora está todo mundo usando. Mas eu não sou muito wild. Eu não bebo. Se eu beber uma caipirinha, eu caio de sono.

- E como foi 2012 para você? 
Esse ano foi muito difícil. Foi um ano de muito aprendizado. O ser humano aprende mais na dor do que na paz. E foi um ano difícil para todo mundo, para as pessoas à minha volta, para minha família... Não foi um ano difícil em um aspecto só. Foi um ano pesado. As coisas não fluíram como costumavam fluir nos outros anos. No meu caso, foi um ano de acreditar que as coisas, às vezes, não são como a gente quer, mas a gente tem que crer no nosso talento, na nossa perseverança. Se você tem talento, você sempre vai conseguir chegar em algum lugar.  Em 2013 vai ser um ano muito mais legal, porque quando você passa por um momento contido assim, só tende a melhorar. Este ano foi muito contido para mim, em despesas, em relação a muito blá blá blá... Foi um ano mais introspectivo. Mas ano que vem eu vou soltar a franga.

- Réveillon passado você usou preto. Não acredita em simpatias? 
Devo acreditar, porque eu uso figa, olho grego, pimenta... Esse ano foi fogo. Mas não faço nenhuma específica na virada. Eu gosto de usar cor, de passar de branco, mas ano passado estava em Nova York e não tinha como usar branco naquele frio. Este ano eu queria passar com o pé na areia, mas não vai rolar. Acho que o Marcelo vai me levar para o frio de novo.

- Em 2013, tem algum lado da Luciana que ninguém conhece que você pretende mostrar?
Todo mundo já me conhece. Mas sempre existe alguma coisa. Sou muito engraçada, mas acho que o povo já ri da minha cara. Ri da minha cara ou ri comigo, não ligo. Acho que palhaço tem que dar risada junto. Ninguém sabe do meu lado intelectual, ninguém sabe que eu sou tímida e ninguém acredita nisso. Às vezes eu entro nos lugares quieta, no canto, e todo mundo acha estranho. Não sou de chegar e causar. Sou mais discreta, mas as pessoas criam na cabeça que não sou assim. Se eu quisesse ter feito escarcéu, eu tinha feito tanto. Um dia escrevo um livro, mas tem que morrer alguns personagens antes (risos).

- E o que te faz fazer um escarcéu?
Gente que machuca animal. Também não gosto de falsidade, odeio gente duas caras, gente que não aprende com os próprios erros, e gente que não luta contra a preguiça, porque todo mundo tem preguiça. Eu tenho preguiça, mas você tem que lutar contra e correr atrás. O tempo está passando. Não gosto de corpo mole.

- Você fez 42 anos recentemente. Sente a pressão do tempo passando?
Acho péssimo. Quem gosta de envelhecer? Queria ser que nem o Dorian Gray [personagem do livro O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde].  – ‘Ah, mas todo mundo tem que envelhecer’ – Dane-se! Queria ter parado jovem, aos 19 anos. Meu bumbum estava no auge. Aliás, com 19 eu estava meio rechonchuda, mas aos 30, eu pararia ali. Acontece que quando sua cabeça está muito boa, o bumbum vai caindo. A troca não é justa.