Moda=MadonnaDudu Bertholini, da grife Neon, caminha de um lado para o outro da área vip à beira do palco de
Madonna. Parece procurar o melhor ângulo para assistir à apresentação do show
Sticky & Sweet, na noite passada, 17 de dezembro, no Estádio do Morumbi. Madonna é notória por lançar modas e apontar tendências. E os profissionais da área estão ali para acabar com qualquer dúvida que exista: a modelo
Giane Albertoni, os estilistas
Alexandre Herchcovitch,
Tufi Duek, e tantos outros da turma fashion.
Vantagens do camarote
Na pista VIP, umas 2 mil pessoas diante do palco. Privilegiadas em comparação às outras 65 mil que assistem a apresentação do gramado e das arquibancadas. Mas teve ainda a turma vip que preferiu acompanhar mais de longe, no camarote:
Ivete Sangalo,
Luana Piovani e
Daniel entre eles. O time do camarote tem outras vantagens, além de terem ao seu dispor bebida e petiscos. Chegam ao estádio de van. Quem foi de carro tinha de pagar R$ 100 para estacionar perto do estádio.
Vaias para Luana ou para a popstar?
Entrevistas com
Luana Piovani?
"Vamos logo que eu quero beber", diz a atriz para uma jornalista após responder a algumas perguntas. Vaias do público como as que recebeu no Maracanã? Não para Luana. O público vaiou o atraso de quase uma hora para o início do show. Sobrou para o DJ de Madonna, o badalado
Paul Oakenfold, que aparentemente contrariado com as vaias abaixou o som, e deixou o palco sem dizer adeus.
Bem-nascidos
Pergunta recorrente entre jornalistas no camarote:
"qual a sua música preferida da Madonna?". Resposta padrão:
"todas".
Rita Guedes,
Ellen Rocche,
Alexandre Barillari,
Iran Malfitano,
Fafá de Belém. Convidados espalhados pelos camarotes. A sociedade paulistana também compareceu.
Álvaro Garnero,
Mario Bernardo Garnero,
Michel Saad,
Kika Rivetti, e
Ruth Malzoni aguardam o início do show.
Rainha vira súditaIvete Sangalo é a incontestável Rainha do Pop Brasileiro, mas essa é uma noite fora do comum. A Rainha do Pop mundial se apresenta. E até Ivete, que já reuniu platéias maiores, reverencia Madonna. Máquina fotográfica na mão, com o bom humor que lhe é peculiar, a baiana se declara fã da Material Girl.
Fenômeno eclipsado
O jogador
Ronaldo, também apareceu. Qual sua música preferida e se é fã não se sabe, já que não falou com a imprensa. E os repórteres estavam curiosos para saber o que o atleta fazia em São Paulo, já que a mulher está prestes a dar a luz no Rio de Janeiro. Mas não demorou para a imprensa esquecer o Fenômeno e concentrar as atenções no outro fenômeno: a senhora de 50 anos que subia ao palco, esnobando os críticos que dizem que ela está velha para seguir a carreira.
Chapéu ou cartola?Bruna Lombardi, usa um chapéu de boiadeiro.
"Se Madonna usa cartola, por que não?", diz maliciosamente um fashionista.
Vamos pular
Tic-tac, tic-tac. O show vai começar. Gritos na área VIP. A sempre contida turma da moda vai à loucura quando Madonna surge no palco
cantando
Candy Shop. Giane Albertoni pula e dança entusiasmada.
Karina Bacchi, em um visual que lembra a Madonna nos anos 80, usa um vestido preto e um colar vermelho na cabeça prendendo os longos cabelos loiros. Material Girl rip? No palco Madonna pula corda, corre de um lado para o outro, simula sexo com uma guitarra e beija uma dançarina na boca. Extasiada, Karina pula agarrada à grade da área VIP.
Não é erótica, é aeróbia
Madonna se notabilizou pela polêmica e eroticidade no palco. O auge foi a turnê
The Girlie Show, que em 1993 passou pelo Brasil. Baseada no disco
Erótica, simulava até orgias no palco. Mas a eroticidade é coisa do passado. Agora madona não é erótica, é aeróbica. A vitalidade da cantora sempre esteve lá, mas a moça gordinha dos anos 80 agora é um mulherão com músculos torneados e nenhum sinal de gordura no corpo.
Quem sabe faz ao vivo (ou não)
Na estréia no Rio de Janeiro Madonna escorregou e foi ao chão. Causou espanto a voz dela ter permanecido inalterada durante a execução da
música. Seria playback?
Elthon John comprou briga com a cantora ao dizer publicamente que ela dubla. A assessoria dela, na época negou, hoje ninguém parece se importar muito. Em músicas como
Borderline a voz fraca da cantora fica mais evidente.
Jesus, no palco e nos bastidores
No palco aparece a palavra
Jesus no telão. É uma provocação à igreja, dizem. Nos bastidores estaria outro Jesus,
Jesus Luz, um modelo que trabalhou com Madonna em um ensaio para a revista W, realizado no Rio de Janeiro nessa semana. Teria um brasileiro conquistado o coração da cantora? Pouco provável. Um produtor da cantora inclusive dá risadas quando questionado sobre o assunto. A julgar pela resposta dele, o jogador de beisebol
Alex Rodrigues ainda ocupa o lugar principal no coração de Madonna.
O escolhido da deusa
No momento "interativo" da apresentação Madonna pede a um fã que escolha uma música.
"O que você quer ouvir?", pergunta ela. Márcio, responde um fã.
"Matcho?", diz a cantora confusa. No final, a pedido de
Márcio Costa Velho, de 26 anos, ela cantou
Like a Virgin. Errou a letra e se justificou:
"Sempre esqueço as letras das músicas velhas".
Cronometrado
Madonna está mais simpática do que nos outros shows no Brasil. Conversa com a platéia, diz que também ama o público, que está apaixonada por São Paulo, contente por terminar a turnê no Brasil. E exatamente duas horas após o início do show, Madonna encerra sua apresentação. Enquanto parte da platéia ainda aguarda esperançosa por um bis, a cantora já está em seu carro, escoltada pela PM, rumo ao hotel Hyatt, onde fica sua suíte.
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