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Sebastião Salgado olha para o ambiente

Redação Publicado em 08/06/2009, às 20h25 - Atualizado em 09/06/2009, às 18h25

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Gênesis - Reprodução / Sebastião Salgado
Gênesis - Reprodução / Sebastião Salgado
Sebastião Salgado ficou famoso por seu olhar que captou, por meio de rostos humanos, a opressão política e econômica nos países em desenvolvimento. Agora, o fotógrafo está imerso em outra missão: encontrar e clicar os vestígios intocáveis da natureza. O projeto, chamado de Gênesis, que começou há oito anos e já está mais da metade finalizado, mostrará os efeitos do desenvolvimento sobre o meio ambiente. Salgado busca, desde 2004, quando iniciou o projeto, fotografar temas naturais que tenham escapado ou sido resgatados das mudanças impostas pelas mãos dos homens. As fotografias mostram paisagens terrestres e marítimas, animais e tribos indígenas que representam um estado anterior e mais puro da natureza. Além disso, Salgado também fala de Gênesis como um retorno à infância, já que ele foi criado em uma fazenda no vale do Rio Doce, Minas Gerais, numa área de Mata Atlântica que sofreu terrível erosão e desmatamento. Em 1998, ele e sua esposa, Lélia, fundaram o Instituto Terra, em 600 hectares da propriedade, para realizar um projeto de reflorestamento. Sua esposa preside o instituto; ele é o vice-presidente e porta-voz. A ideia é voltar no tempo, e percorrer os caminhos como se eles nunca tivessem sido encontrados. Ele já visitou cerca de 20 lugares em cinco continentes. Para homenagear Darvim e suas pesquisas, Salgado deu o ponto de partida nas ilhas Galápagos. Para fotografar montanhas, tribos e espécies raras de animais, no ano passado, esteve dois meses na Etiópia. Todo o percurso de cerca de 800 quilômetros foi feito a pé. O projeto continua em busca de apoio, mas o fotógrafo brasileiro de 65 anos, apesar de cauteloso, é otimista em relação ao trabalho ambiental. Ele, que espera fazer diferença, acredita que um esforço mútuo é capaz de preservar o planeta. Pode não ser uma marca, mas seus projetos anteriores também mostravam a verdade que muitas vezes era ignorada. Trabalhadores, um projeto de sete anos concluído em 1992, apresentava imagens feitas em 26 países. Êxodos, publicado em 1999, após seis anos em cerca de 40 países, mostrava migrantes, refugiados e outras populações deslocadas.