Primeira coleção criada pelo estilista Marc Jacobs após sair da Louis Vuitton

A primeira coleção criada pelo estilista Marc Jacobs após sair da Louis Vuitton, em 2013, era uma das mais esperadas da Semana de Nova York. Sob nuvens cenográficas que lembravam as desenhadas pelo pintor belga René Magritte, o público não se decepcionou. Viu um desfile de modelagens que emanavam conforto e um bem-sucedido mix de cores pastel com uma paleta de tons neutros, que variavam entre marrom, cinza, bege e branco. Peças claras, sóbrias e chiques. Até as volumosas jaquetas bombers pareciam ser aliadas da suavidade dos looks, completados por acessórios quase clássicos, com shapes elegantes e materiais suaves ao toque, como o suede. Uma vibração setentinha se insinuou nas calças flare, túnicas, vestidos de lantejoulas e nas malhas caneladas. Tudo bem mais minimalista do que a coleção anterior, que destacou roupas rebuscadas e escuras. Em relação a isso, Jacobs declarou que “há sempre uma reação ao que aconteceu antes. Queria manter tudo leve, suave e fresco”. Revelou ainda que se inspirou em mulheres como as atrizes Meryl Streep e Jessica Lange, “que têm uma espécie de força sem agressividade, independentemente da idade”. Aliás, foi a voz de Lange que o público ouviu no desfile, anunciando que “os dias felizes estão de volta, o céu está claro novamente”. O céu do estilista parece promissor. Este ano, ele quer abrir o capital de suas marcas na bolsa de valores e avisou que pretende mudar o nome da grife Marc by Marc Jacobs. Enquanto isso não acontece, ele agita o mercado com ações inusitadas, como a da pop store do Daisy, perfume de sua grife, inaugurada em Manhattan. A loja aceita posts e compartilhamentos nas redes sociais como forma de pagamento dos produtos. Jacobs mostra, assim, que está em sintonia com os novos tempos e tem ousadia de sobra.