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PARIS BY CIBELE: Do sombrio ao solitário

Stéphane Rey-Gorrez reúne em exposição imagens retocadas de pontos turísticos de Paris e as transforma em imagens surrealistas

Redação Publicado em 02/12/2009, às 19h04 - Atualizado em 04/12/2009, às 13h09

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Os quiosques do Rio Sena na exposição de Stéphane Rey-Gorrez sobre Paris - Divulgação
Os quiosques do Rio Sena na exposição de Stéphane Rey-Gorrez sobre Paris - Divulgação
Mesmo quase no auge do inverno, Paris nos inspira e faz encher os olhos de água a todo o momento. Desde o Sena, que, tranquilo em suas margens, atrai os olhares mais incautos dos turistas, o inigualável pain au chocolat (para não dizer do croissant), os cafés e suas cadeiras de palha, que nos proporcionam o prazer de tomar uma taça de vinho e deitar o olhar, quase em transe, nos charmosos passantes, vestidos com seus casacos pesados e echarpes... Fora o sem-número de museus e galerias de arte, a bela arquitetura dos predinhos estilo Haussmannien, e até (pasmem!) o aroma de algodão-doce que sai dos túneis das estações do metrô (tirando o fato de que os parisienses seguem a linha "não me olhe, estou de mau humor e com frio" dentro dos vagões, é sempre uma aventura utilizar esse meio de transporte super eficiente, que serve toda a cidade e banlieue - periferia). Com tantas opções em lazer, arte e cultura por aqui, escolher uma entre tantas não é tarefa das mais fáceis. Mas uma bela exposição chamou a atenção da imprensa local. Trata-se do trabalho Paris, un Autre Regard, do fotógrafo e gráfico Stéphane Rey-Gorrez, de 36 anos, que fez uma série de imagens de alguns dos mais incríveis pontos turísticos da cidade, como a Torre Eiffel, Montmartre e sua Sacré-Coeur, Moulin Rouge, Arco do Triunfo, Notre-Dame, Louvre, L'Opéra e o próprio Sena, com seus quiosques recheados de quadros e souvenirs, entre outros. Após retoques digitais, o artista retira os personagens das cenas e as transforma em pinturas surreais, dotadas de uma iluminação com um quê de fantasmagórico. A cidade ganha uma visão estranha, irreal, sombria, completamente solitária. "Paris, uma das cidades mais lindas do mundo devido à riqueza de seus monumentos, à história vitoriosa de seu passado e à diversidade cultural que nos oferece, nos submete a uma formidável reflexão sobre sua arquitetura e o lugar do Homem no seu seio", resume Rey-Gorrez, que começou sua carreira como retocador de imagens em agências publicitárias. A exposição está em cartaz até o dia 10 na Galerie Photo-Originale (24, rue Molière - 75001/ Metrô Palais Royal- Pyramides/ Telefone: 01 42 57 25 26)