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Fashion / SPFW

Filha de fundadores da Ford Models lança cartilha contra exploração no exterior

Entre os problemas encontrados pelas embaixadas, como irregularidade migratória e passaporte falsos de modelos, muitas são ingênuas e acabam nas mãos de agentes e empresários sem ética

Redação Publicado em 15/06/2012, às 15h14 - Atualizado em 18/06/2012, às 10h28

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Katie Ford - Gabriel Chiarastelli
Katie Ford - Gabriel Chiarastelli

Presidente da Katie Ford Foundation e filha dos fundadores da Ford Models, Katie Ford passou pelo São Paulo Fashion Week para falar um pouco sobre algumas das principais atividades brasileiras no exterior: a ida de jovens profissionais do País para o exterior, para trabalhar como modelo e jogadores de futebol. De acordo com a empresária, "pessoas muito jovens são enganadas todos os dias, por causa do sonho de chegar ao exterior e conquistar fama, dinheiro e um espaço no mercado".

Nesta quinta-feira, 14, ela apresentou a cartilha Orientações para o Trabalho no exterior – Modelos, Jogadores de Futebol e Outros Profissionais Brasileiros, produzida pelo Mininstério das Relações Exteriores, com o objetivo de ensinar estes profissionais quais os melhores caminhos que eles devem tomar quando desejam se aventurar fora do país. "Tem muita gente que não é séria nesse mercado. É importante saber que esse tipo de pessoa sempre terá um argumento para enganar aquela pessoa pobre, que sonha crescer na vida, ganhar dinheiro, ajudar a sua família. Todo lugar onde há pobreza, há profissionais dispostos a enganar jovens", explicou, em passagem pelo Lounge CARAS no SPFW.

A semana de moda também foi o palco para a primeira exibição de um vídeo de alerta e conscientização sobre os riscos da emigraçao, produzido pela Ford Models. Entre os problemas encontrados pelas embaixadas, como irregularidade migratória e passaporte falsos, está ingenuidade de acabar nas mãos de agentes e empresários sem ética, que podem levar ao tráfico de pessoas, a redes de prostituição, entre outras enrascadas. A modelo Bárbara Berger também participou do vídeo e comentou sobre os perigos da profissão.

"Imagina, quando eu era mais nova, com 13 anos, um desses bookers visitou a minha cidade. Disse que eu tinha de mudar o nariz, que era muito masculinizado, mudar a boca, por causa de uma pequena cicatriz que eu tenho. Em resumo, acabou comigo. Fico imaginando, o que teria acontecido comigo caso eu tivesse entrado no mercado com o auxílio desse tipo de gente", disse. Ela também contou que vive ouvindo histórias de meninas que vão para a Europa sem nenhum tipo de suporte e acabam caindo nas garras de aproveitadores. "Todo mundo sonha em ser Gisele. Mas precisa de trabalho muito sério para chegar lá", disse.