LUIZA TOMÉ CURTE A FAMÍLIA NA ILHA

por Janaina Pellegrini "Quando estou com meus filhos, viro criança", diz Luiza Tomé (42), enchendo de beijos seus herdeiros: Bruno (7) e os gêmeos Adriana e Luigi (2). Assim que chegou à Ilha de CARAS, em Angra dos Reis, acompanhada também do marido, o empresário Adriano Facchini (40), a atriz correu com a família para o mar, andou de caiaque e explorou a propriedade. "Haja fôlego, né?", suspira Luiza, mais tarde. "Mas eu sou sempre assim. Levo eles para o meu quarto e brincamos de jogar travesseiros, pula-pula na cama. Ser mãe não é só chamar a atenção deles, tem que dar todo carinho do mundo", ensina. E a questão é como fazer isso sem descuidar do marido, pois a atriz conta que não mede esforços para manter acesa a paixão de 12 anos. Jantares a dois e encontros românticos são ingredientes indispensáveis na união. "Você tem que se tornar excitante para o seu marido e vice-versa. Hoje em dia o apelo é grande. Não dá para bobear", acredita ela, recordando que uma crise de ciúmes quase pós fim ao casamento durante a gestação dos gêmeos. Passada a turbulência, o relacionamento ficou ainda mais forte. É nessa fortaleza que Luiza buscou coragem para encarar um grande desafio profissional. Depois de 22 anos na Globo, ela apostou no projeto teledramatúrgico da Record e entrou no elenco da novela Cidadão Brasileiro, de Lauro César Muniz (67), autor que também trocou a emissora carioca pela paulista. - Como é trabalhar na Record?Luiza - Estou surpresa com tudo na emissora. Eu já tinha trabalhado com Lauro antes, e sei que a equipe está forte e empenhada para que o projeto dê certo. Adoro ter trabalhado na Rede Globo, talvez um dia eu volte para lá. Mas, na Record, estou perto do meu marido, dos meus filhos e da minha casa, que é em São Paulo. - Essa vontade de estar mais próxima tem alguma relação com a crise no seu casamento? Você disse que a união quase acabou...Luiza - Foi bobagem, eu estava no início da gravidez dos gêmeos e extremamente sensível. Só que o homem não tem a sensibilidade da mulher. A crise foi porque tive ciúmes do meu marido. Sabe, não é fácil passar por uma gestação. Você fica sem trabalhar e seu corpo vai tomando outras formas. Você ganha o bebê e o corpo não volta. A cobrança é grande e vivo da minha imagem. E o marido sempre diz que você está linda (risos). - Como foi a superação?Adriano - Passou e tudo ficou bem. Se não fosse amor que sentimos um pelo outro, não estaríamos mais casados. E a Luiza me deu o maior presente do mundo, meus três filhos lindos. O que mais? Um apoio incondicional. Se o homem não tiver uma mulher que o ajude, ele vai fazer o quê da vida? Luiza - É isso: só o amor supera tudo. E amadurecemos muito. Eu e Adriano sabemos conviver com nossas qualidades e defeitos. - Como está a relação hoje?Adriano - Mais pé no chão. Vivemos uma cumplicidade e um amor verdadeiros. Esse papo de "só tenho olhos para você e você para mim" é uma questão de se respeitar e se fazer respeitar. Nossa propostaé de uma união duradoura. Luiza - Uma delícia! Casamento tem que ter diálogo: lavar a roupa suja mesmo e ver o que está acontecendo. Os casais não fazem muito isso mas acho que é um dos segredos de uniões duradouras. Não s é fácil conviver e educar filhos. - Como educam as crianças?Luiza - Procuramos não discordar nem brigar na frente deles. Procuramos também dar desde já o senso exato de direção do que é bom e ruim e do que é certo e errado. Acredito que, no futuro, a escolha deles possa ser menos cheia de curvas, pois não ouviram tantas opiniões diversas o tempo inteiro. - Como você é como mãe?Luiza - Sou uma companheira e tanto para os meus filhos. Leio muitos livros sobre educação, para sempre aprender. E procuro dar muito carinho para eles. Brinco, beijo, cheiro, curto mesmo quando tenho tempo. Vivo tentando conciliar as três mulheres que sou: a mãe, a esposa e a profissional. - E como concilia?Luiza - Mulheres são guerreiras e sabem se dividir. Eu sou uma mulher que precisa trabalhar. Acho que não seria boa mãe e nem boa esposa ficando dentro de casa. Sou independente desde novinha. Sou a caçula de três e fui aquela que enfrentou barreiras, brigou com os pais e bateu o pé impondo o que queria. Minha mãe desejava que eu fosse advogada e eu sonhava ser atriz. Ok, eu disse, sem problema: vou fazer os dois cursos. E foi o que fiz. Essa é a minha filosofia de vida: lutar pelo que a gente acredita.